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sexta-feira, janeiro 29, 2010

AMOR SEM LIMITE

AMOR SEM LIMITE
De: Ysolda Cabral


Meu amor transcende ao desejo
Não! Não.
Vou recomeçar:

Meu amor transcende a Vida,
E fica num espaço único,
Sem nenhum vazio.

Sem fim ou limite,
Tudo lá é eterno,
É bonito...

Em seus descaminhos,
Meu amor é meu Guia,
E me acarinha,
Lendo minhas, suas poesias,
Para eu dormir e sonhar...

Com o dia que,
Definitivamente juntos,
Poderemos ficar.

Publicado no Recanto das Letras em 29/01/2010
Código do texto: T2057722

quarta-feira, janeiro 27, 2010

APELO

APELO
DE: Ysolda Cabral


Em qualquer tempestade...
Adapta-me!
Em qualquer situação...
Encara-me!
Em qualquer dificuldade...
Aquieta-te!
Acalmo-te.
Sou o amor em ti ...
Lembras que somos um?
Então, não te privas de mim!
Pois, do jeito que sou,
Vou te amar até o fim.


Publicado no Recanto das Letras em 27/01/2010
Código do texto: T2053895

terça-feira, janeiro 26, 2010

NA REDE DO DESTINO

NA REDE DO DESTINO
De: Ysolda Cabral


Olhando o meu retrato,
Preso na rede do destino,
Questiono o meu tino...

Lembrando alguns momentos,
Vividos como se fossem os últimos,
Choro e dou risada.

Contudo...

Sei que estou diferente,
Daquela que ora vejo,
Presa na bela rede.

Não no sentido literato,
Isso veio comigo,
De espaços natos,
Nunca imaginados de fato.

Estou diferente,
Por não sonhar como dantes.

Porém no peito há esperança,
De ser feliz novamente,
Mesmo que seja;
Por apenas um Ato.


Publicado no Recanto das Letras em 26/01/2010
Código do texto: T2052958

segunda-feira, janeiro 25, 2010

RESPINGOS DE AMOR E SANGUE

RESPINGOS DE AMOR E SANGUE
DE: Ysolda Cabral



A indiferença e a inércia são aparentes,
Um vulcão as vias da erupção,
É um acontecimento bastante previdente.

Então não facilite e nem duvide,
Você não sabe o que é um coração
Apaixonado, solitário e valente.

Um coração assim é um perigo a vista,
Um perigo realmente iminente,
Uma bomba-relógio em contagem regressiva.

De repente... BUM!!!!!

Em pedaços, por todos os lados,
Respingando amor e sangue,
Colorirá qualquer passante...

Mesmo aquele que, como você,
Sempre foi, é e será um amigo intrigante.

**********

PS. Tema sugerido e eu adorei!!!


Publicado no Recanto das Letras em 25/01/2010
Código do texto: T2049723

domingo, janeiro 24, 2010

CORAÇÃO DE TOURO


CORAÇÃO DE TOURO
De: Ysolda Cabral


Como um coração como o teu,
Malandro, saltimbanco ágil...
Ficou apenas na morada
Que o destino escolheu?

Consideras as travessuras,
Das brincadeiras inventadas na poesia,
Suficientes para achar que tua vida valeu?

Ora, meu amigo, deixa disso!
Não sabes que a pontada no peito do “touro”
Foi apenas um aviso tolo?

O amor há muito estava ali!
Pois ali era o seu lugar.
Mesmo morto e enterrado,
Por que o fostes acordar?


*****


PS. Inspirado no belíssimo poema " Para Ela" do nobre escritor recantista Paullino Vergetti Neto.

*****

Publicado no Recanto das Letras em 24/01/2010Código do texto: T2047952

sábado, janeiro 23, 2010

VONTADE DE MORRER

VONTADE DE MORRER
De: Ysolda Cabral


Pela maneira dela ser,
Se não é doida e nem poeta,
Responda-me quem souber:

É um ser extraterrestre?
Uma irresponsável qualquer?
Uma perdida no mundo,
Com fama de bem-me-quer?

Ah, meu amigo!
Responda-me se puder:

Que sina triste é essa,
De parecer sempre alegre,
Quando o coração dela padece?

Pela maneira dela ser...
Responda-me quem souber:

Como pode uma mulher,
Que ama desesperadamente,
Ter vontade de morrer?

Publicado no Recanto das Letras em 23/01/2010
Código do texto: T2046486

sexta-feira, janeiro 22, 2010

LUCIDEZ INSANA



LUCIDEZ INSANA
De: Ysolda Cabral


Depois de longa espera,
Ansiosa e intensa,
A paixão a revela.

Trêmula de saudade,
Uma saudada doída, mas bela,
Até lhe completa...

E nos preparativos do reencontro,
Planeja, sonha, espera...

De repente a lucidez dita à regra.

Você chora, entristece, emudece,
E, obediente... Impotente...
Abre mão da quimera...

Continuar seu caminho,
Indiferente e inerte,
É apenas o que lhe resta.


Publicado no Recanto das Letras em 22/01/2010
Código do texto: T2045667

MALABARISTA DE SINAL

MALABARISTA DE SINAL
De: Ysolda Cabral


Tatuagem no braço,
Bermuda de lista,
Camiseta azul,
Liberdade a vista;

Lá estava o malabarista...

Sob os raios de sol,
Da linda manhã quente,
Olhos azuis que sabe e sente,
O mistério que há em nós;

Lá estava o malabarista...

Gestos seguros,
De quem sabe o que quer e o que faz,
Lá deixei;

O malabarista e seus sinais.


Publicado no Recanto das Letras em 22/01/2010
Código do texto: T2044538

quinta-feira, janeiro 21, 2010

DEUS DA CHUVA - UM APELO


DEUS DA CHUVA - UM APELO
De: Ysolda Cabral


Fora de época a chuva cai...
Permitindo idas,
Impedindo vindas,
E muitos ais...

- Quem serás?

Oh! Deus controverso
Que em meus versos
Soa estranho e adverso,
- Onde estás?!

Que queres de nós,
Pobres e Indefesos mortais?!

Somos culpados por tua ira,
- Eu sei!
Mas nem todos nós!

Então consideras
Os que não são tão iguais,
E pára essa chuva
Pra não matar ninguém mais.


Publicado no Recanto das Letras em 21/01/2010
Código do texto: T2042549

quarta-feira, janeiro 20, 2010

TEMPO SORRATEIRO

TEMPO SORRATEIRO
De:Ysolda Cabral



Aos vinte e poucos anos,
Sua vida é mesmo um sonho.
A paixão lhe faz bonita,
Tudo lhe entusiasma e motiva.

As tristezas logo passam,
E, como num passe de mágica,
As decepções são superadas,
E os objetivos se firmam.

O Tempo passa sorrateiro...
Impotente você constata,
Os enganos cometidos.

Aí não há reza que dê jeito,
Não adianta desespero,
O que está feito está feito.


Publicado no Recanto das Letras em 20/01/2010
Código do texto: T2041024

terça-feira, janeiro 19, 2010

TROVÃO RAIVOSO


TROVÃO RAIVOSO
De: Ysolda Cabral


Exausta fui dormir...
Sem sonhos acordei,
Num dia que chorava,
Como muitas vezes chorei...

Raivosamente o Trovão advertiu:
Melhor parar com esse chororô,
Senão mandarei mais relâmpagos,
Parar ligeiro essa dor.

Comecei a refletir...
Como será que o Relâmpago,
Iria parar tanta dor...?

De repente um clarão forte no Céu...
Mais que depressa fiz uma oração,
Pedindo a Natureza que pelo amor de Deus,
Parasse de chorar, senão o mundo ia acabar.

Surpresa Ela parou... Eu me levantei...
E sem nenhuma compreensão descobri que;
Quem chorava era eu.


Publicado no Recanto das Letras em 19/01/2010
Código do texto: T2038504

sexta-feira, janeiro 15, 2010

PECADOS DO MUNDO

PECADOS DO MUNDO
De: Ysolda Cabral


Hoje acordei cedinho, cedinho,
Antes de o sol nascer,
Mas meu “coral”, em harmonia,
No palco de lindas árvores,
Já cantava o seu “Bom Dia”.

Este é um dos momentos,
Que mais gosto do dia;
- O amanhecer –

É nesse momento que renovamos,
A teimosa esperança que, em nós,
Insiste firmemente em não morrer.

Respiro fundo, faço com fé uma oração,
- Sem revolta, sem questionamento –
Pedindo a Ele pelo povo do Haiti,
Tão terrivelmente castigado,
Pelos pecados do mundo.

- Só pode ser!

**********

Publicado no Recanto das Letras em 15/01/2010
Código do texto: T2030520

quarta-feira, janeiro 13, 2010

SAUDADES

14 de janeiro de 2010.

terça-feira, janeiro 12, 2010

IOIÔ DE ALEGRIA

IOIÔ DE ALEGRIA
De: Ysolda Cabral


Ah, estou tão contente!
Tão contente que me sinto flutuar,
Como se estivesse apaixonada,
E ainda fosse adolescente.

Não, não comente!
É só hoje que me sinto assim.
Eu prometo solenemente.

Não, não se assuste,
E nem se ausente.
Logo estarei aqui novamente.

Veja! Nem chove e nem faz sol,
E o dia me parece um lindo girassol

A noite logo, logo chegará,
E o Céu bastante estrelado,
Me lembrará o seu olhar.

Brincando comigo,
Como se eu fosse um Ioiô,
Entendi que o Universo,
Só para me fazer feliz,
Recorreu ao complô.



Publicado no Recanto das Letras em 12/01/2010
Código do texto: T2025782

quinta-feira, janeiro 07, 2010

DOCES LEMBRANÇAS


DOCES LEMBRANÇAS
De: Ysolda Cabral


O seu olhar,
Em suave carícia...

A sua voz,
Sem nem falar de nós...!

O seu sorriso de menino,
De todos os sorrisos o mais bonito.

Riquezas guardadas,
Na memória da alma,
Com especial carinho.

**********

Publicado no Recanto das Letras em 06/01/2010



Código do texto: T2014026

terça-feira, janeiro 05, 2010

MEU MUNDO



MEU MUNDO
De: Ysolda Cabral

Não estou triste,
E nem estou contente.

Não estou doente,
E nem estou reticente.

Contudo estou diferente.
Até me olhei no espelho!

- Me vi frente a frente... Sem medo.

Respirei fundo,
Retrospectiva de cada segundo.

Flores de sonho,
Raios de Sol,
Luz da Lua,
Brilho de estrela...

O teu olhar,
Meu mundo.


Publicado no Recanto das Letras em 05/01/2010
Código do texto: T2012124

domingo, janeiro 03, 2010

ALMA PENADA



ALMA PENADA
De: Ysolda Cabral

Terceiro dia do ano,
Do nada me entristeço, me constranjo.
Crio mágicos – lindos sonhos –
E continuo esperando, me enganando...

Até quando, me pergunto.
E eu mesma me respondo:
Enquanto a minha alma
Abrigar um amor desesperado.

Tento exterminá-lo e não consigo!
Parece mais um propósito,
Ou talvez uma mandinga...

Desfazê-la quem souber, por favor, me diga!
Ou a punição será nefasta:
A de ter para sempre uma alma penada
.

quinta-feira, dezembro 31, 2009

PRESSÁGIO




PRESSÁGIO
De: Ysolda Cabral


O sorriso enxuga a lágrima
A vontade diz para o sentimento
Ser esquecido, diluído ou triturado

Jogado em lugar desconhecido
Pra nunca mais ser encontrado
Isto feito, tudo haverá de ter um jeito

A flor continuará bonita e perfumada
A lua continuará no Céu encantando
Os verdadeiramente apaixonados

Não haverá muita alegria
Todavia a tristeza será banida
E o sofrimento será esquecido

A vida seguirá um curso
De forma mais definida

No próximo ano
Não haverá sonho
Nem pesadelo

Os enganos serão esquecidos
O sono será apenas descanso
Para um acordar com sentido.

Feliz 2010!


Publicado no Recanto das Letras em 31/12/2009
Código do texto: T2005096

TIM...TIM!!!




TIM...TIM !!!
De: Ysolda Cabral



Finalmente o ano de 2009 chega ao final!

Milhões de graças!!!

- Que ano mais complicado!

Estou tão contente com a perspectiva de um ano novo melhor que, não caibo em mim... As roupas estão todas apertadas! (Rsrs)

Ate as de lika, stretch, cotton... Que saudade do ban-lon, da helanca, do conforto da pantalona Saint-tropez, da calça Lee... - Não, não sou velha, jamais serei. Sou saudosa das coisas boas, duráveis e confortáveis. Não gosto de coisas descartáveis.

Desejo um ano de 2010 livre do pesadelo da vaidade doentia das pessoas, da mentira, da falsidade, da violência, da competição idiota e desleal, da falta de caridade, humanidade, bondade... - Livre da inveja, do mal olhado, da falta de Deus.

Desejo um ano de 2010 com o “globo” arrefecido, se possível como no começo.

Ah, o começo deve ter sido tudo tão lindo!

Ar puro, tudo verdinho, água livre de todas as impurezas. Os pássaros, os animais, a mulher, o homem... O amor verdadeiro com a sintonia do deslumbramento para o desdobramento da vida...

Ah, a Vida! O presente mais perfeito e mais bonito.

Feliz Ano Novo!

TIM... TIM...


Publicado no Recanto das Letras em 30/12/2009
Código do texto: T2002765

QUE TRAIÇÃO !!!








QUE TRAIÇÃO!
De: Ysolda Cabral


A tristeza é imensa... É tremenda...
O sorriso é sempre o mais bonito, não contido!
Caprichado na cara de pateta que não faço.

O peito é enorme...
Mesmo assim já não cabe a decepção, a amargura
E explode em lágrimas que não aliviam,
Mais parece punição...

O período é de contrição, reflexão...
Balanço de vida, alma sofrida e sem esperança,
Te maltrata, se vinga e teu Anjo não vacila,
Te abandona em completa solidão.

Que ingratidão...!
Amava e cuidava do meu “Anjo” com toda devoção.
Agora, quando mais preciso me abandona,
Me deixa solta, em desalinho, entregue a minha própria sorte
Sem remorso ou arrependimento.
Que traição!!!!


Publicado no Recanto das Letras em 29/12/2009
Código do texto: T2001553

PARA NÃO PERDER ARQUIVOS







PARA NÃO PERDER ARQUIVOS
De: Ysolda Cabral


Do nada retrato a cena sempre por um acaso.
Com ela retratada analiso e acho tudo tão engraçado!

Bobagem espalhada, por vezes, causa um dano danado,
E, como nunca me engano melhor deixar este item de lado.

Se tiro fotos, componho uma canção...
Acabo recebendo de “presente” um vírus;
E lá se vão todos os meus registros!

A essas alturas convém:

Voltar à velha Kodak, a boa e eficiente máquina IBM;
Papel ofício, lápis grafite, caneta bic, carbono, uma caixa de clips.

Sempre é útil uma borracha, um corretor líquido, uma fita adesiva,
Um grampeador, um perfurador e pastas “AZ” de “A” a “Y”.

Munida de tudo isso garanto um arquivo seguro,
Limpo de todos os “bichos”, com índice e assino.

Palavra de uma ex secretária executiva.
Ufa, já tinha até me esquecido! (risos)

Publicado no Recanto das Letras em 29/12/2009
Código do texto: T2001015

sexta-feira, dezembro 25, 2009

NOITE DE NATAL



NOITE DE NATAL
De: Ysolda Cabral


No espaço da solidão
Minha alma está em Paz
Na linda noite de Natal

Da varanda vejo o Céu
Repleto de estrelas
Faço uma oração
E agradeço de todo coração

Sinto a brisa que vem do mar
Se achegar devagarzinho
Fazer-me um carinho
E sapeca seguir seu caminho

Respiro fundo e percebo
Todo o amor que há em mim
Uma lágrima... Um sorriso...

Sou assim.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

DEZEMBRO 2009




NOTÍCIAS EM TEMPOS NATALINOS




Bebê de seis meses cai dos braços do pai por acidente do sétimo andar
A bala perdida achou o filho da família que era feliz
Motorista invade calçada, atropela seis crianças e mata
Nas favelas, o comércio do crime prospera
Avião com 150 a bordo se parte em dois após pouso forçado
Meia de “desgovernado” bate carteira
Comandante passeia
O povo esperneia, se desnorteia e não adianta cara feia
Há uns com sede, outros morrendo afogados
Tudo de ponta cabeça e você diz vou bem obrigado?!

Natal...

O pé de acácia está florido, bem no meio do “palco”
O cacto nasceu no asfalto
O dia está lindo com pessoas sorrindo, indo e vindo
Alguns dormindo, outros acordados, correndo, andando, trabalhando, amando
Você sente ternura, esquece as intrigas, as mentiras, os desencontros
Volta a ter esperança
É a Vida se renovando.



Feliz Natal para você e os seus.

Ysolda Cabral
**********

terça-feira, dezembro 22, 2009

O CACHO DE ACÁCIA


O CACHO DE ACÁCIA
De: Ysolda Cabral



Pende o cacho de acácia,
Na manhã confusa e solitária.

Tão lindo e desamparado!
Temo que seja espatifado.

Penso em colhê-lo.
Sua altura inacessível,
Me manda esquecer,
Deixá-lo...

Colo desamparado,
Jarro e mãos vazias,
Sonho acabado.

Publicado no Recanto das Letras em 21/12/2009
Código do texto: T1989017

sábado, dezembro 19, 2009

AFERIÇÃO POÉTICA IV







AFERIÇÃO POÉTICA IV
DE: LUGANO & YSOLDA


SONETO EM AGRURAS

Como quem canta dores... Eu canto.
- São versos tristes e amargurados -
É como fosse um canto amaldiçoado,
De angústia; Tristezas; E desencanto.

Nasce dentro de mim... E em pranto,
Faço-o, à luz de versos, confessado.
É como algo em mim... - Agoniado -
Que busco encontrar e não encontro.

Mas assim, inda assim, vou cantando
Tentando achar em mim, procurando
O que eu não sei ao certo em buscar.

Mas que é preciso seguir buscando,
Tentando, dentro de mim...Tentando
Tentando definitivamente encontrar.

Lugano

**********

SONETO EM INTERAÇÃO



Enquanto o poeta canta dores... Choro.
Seus versos cantados são amargurados
Que mais parecem meus... Então lhe rogo:
- Ah! Por Deus, não me exponha deste modo.

Trago tristeza, desencanto e eu canto,
Pois há em mim um amor desesperado,
Que deve ser urgentemente liquidado,
Nem que pra isso tenha que morrer de fato.

Contudo sonho e às vezes confesso;
O desejo de ser flor e sem espinho,
Pra perfumar a alma do meu amado.

E, com franqueza de quem não sabe mentir,
Jurando por tudo e sem medo de ir:
Prefiro sofrer a nunca ter amado.


Ysolda Cabral


Publicado no Recanto das Letras em 19/12/2009
Código do texto: T1986096

quinta-feira, dezembro 17, 2009

OLHANDO PARA O CÉU


OLHANDO PARA O CÉU
De: Ysolda Cabral


A saudade ainda existe,
O amor é quase palpável,
A certeza de que somos um
É incontestável.

Chovendo ou fazendo sol,
O dia está mais bonito,
Com cores bem definidas.

Nos jardins as flores,
Estão mais perfumadas,
E, eu me sinto mais bonita.

A noite olho para o Céu,
Vejo o brilho do seu olhar,
Em todas as estrelas...

Sorrio e durmo tranqüila.


Publicado no Recanto das Letras em 17/12/2009
Código do texto: T1982756

APENAS RESTOS




APENAS RESTOS
De: Ysolda Cabral


No frasco, restos de perfume...
Essência.

No diário, restos da rosa...
Significativas marcas.

Na pele pálida...
Restos de beleza clássica.

Na terra...
Restos mortais.

Na alma, amor sem saudade...
Vida!


Publicado no Recanto das Letras em 16/12/2009
Código do texto: T1981016PERGUNTAR OFENDE?

PERGUNTAR OFENDE?


PERGUNTAR OFENDE?
Ysolda Cabral


Considerando o período (Natal, Ano Novo, Vida Nova) quando estamos imbuídos dos mais nobres e relevantes sentimentos de fraternidade, caridade cristã, humanidade... Repletos de amor pelo próximo e preocupados com o futuro sob todos os aspectos; fico a pensar:

Quando os meninos sairão das ruas?
Quando os idosos serão tratados com respeito e dignidade?
Quando a discriminação será extinta?
Quando as diferenças serão superadas?
Quando a fome será aplacada?
Quando deixaremos de ver tanta gente desempregada?
Quando haverá moradia e boas escolas para todos?
Quando a educação será generalizada?
Quando a medicina será de fácil acesso?
Quando a paz reinará entre os povos?
Quando a alegria será legítima?
Quando o amor deixará de ser confundido?
Quando o mal será dizimado?
Quando será que a Terra voltará a ser Paraíso?

Quando o homem entender que não é o próprio Deus?

Que todos tenham um Natal de consciência tranqüila.



Publicado no Recanto das Letras em 14/12/2009
Código do texto: T1977691

domingo, dezembro 13, 2009

FELIZ NATAL



Feliz Natal e um Ano Novo repleto de Paz.

Até a volta!

sexta-feira, dezembro 11, 2009

BAILANDO NO INFINITO



BAILANDO NO INFINITO
De: Ysolda Cabral


Bandeiras brancas
Balançam no azul do Céu
Livres e soltas
De uma sexta-feira qualquer...

Fixo o olhar
São as janelas de vidro do edifício
Que banhadas pelos raios de Sol
Levam-me até o infinito...

Bailo sem pressa
O ritmo quem dita
São as brancas nuvens
Que pairam no ar... Tão lindas!

Relaxo, corrijo o espírito
E digo-lhe: aquieta-te!
Ainda estamos aqui.


Publicado no Recanto das Letras em 11/12/2009
Código do texto: T1972265

quarta-feira, dezembro 09, 2009

SENTIMENTO

SENTIMENTO
DE YSOLDA CABRAL


Há metamorfose em tudo.
Entristeço... Enluto...
Na essência não mudo.

Contudo...
A indiferença magoa,
A transformação não é única.
Nunca!

A cada minuto uma perda,
Que você perceba.
Não! Deixa... Esqueça...

Não desapareça...
Não me perca...

Na incerteza sonho...
E se de você esqueço;
Simplesmente morro.


Publicado no Recanto das Letras em 09/12/2009
Código do texto: T1968483

domingo, dezembro 06, 2009

UM QUÊ DE MISTÉRIO



UM QUÊ DE MISTÉRIO
De: Ysolda Cabral


A música é triste e melancólica
O som do violino chora
O piano não consola

O TIC TAC do tempo é impiedoso
A espera é angustiante
E há no ar um quê de mistério

O medo ronda, espreita, alucina
E no fundo da alma há esperança
Que se lança, mas não adianta

Cai por terra vencida
E chora silenciosa
Pelo adiantado da hora.

**********

Publicado no Recanto das Letras em 06/12/2009
Código do texto: T1964115

HIPNOSE DA VIDA




HIPNOSE DA VIDA
De: Ysolda Cabral



O “Senhor dos Anéis”
Coronéis... Cordéis...
Sem réis...

Conto de fada,
Conta a Carochinha.
Branca é a neve,
Cinderela só aos Domingos.
Contos perdidos!

Chapeuzinho Vermelho,
O Gato de Botas,
O Gigante de Sete Legras,
João e Maria...
Quem diria!

Brincam de roda as meninas,
Belinda...
Nos céus as bexigas.
Que lindas!

E eu ainda aqui,
Sob a hipnose da vida.


Publicado no Recanto das Letras em 06/12/2009
Código do texto: T1963655

sábado, dezembro 05, 2009

QUE PENA




QUE PENA
De: Ysolda Cabral


Se não existe saudade
Nada valeu ou vingou

Não é desamor
Não é dissabor

Se não existe saudade
Nada significou

Não é indiferença
Não é maledicência

Se não existe saudade
Não foi amor de verdade

Que pena...


Publicado no Recanto das Letras em 05/12/2009

Código do texto: T1961542

quinta-feira, dezembro 03, 2009

A REVANCHE




A REVANCHE
De: Ysolda Cabral


A cara do Tempo de frente,
É de poucos amigos:
Nublada, pesada e contida,
Pra não soltar sua ira...

Ainda...

Olhando de perfil,
A cara do Tempo me diz,
Ter chegado o momento de mudar,
Sob pena de tudo acabar...

Sem Vida.

Não queria a Cara do Tempo,
Sem o frescor das plantações,
Sem o azul e o branco do Céu,
Sem o verde transparente do mar...

Ah! Saudades do Mar...

Queria a poeira das estrelas,
Visível pelos raios de sol,
Ou em noites de lua cheia...

Casas sem paredes e sem telhas...

Não queria o pó da poeira,
Revolta da terra nua e em chagas,
A bailar sobre a mesa...

Areia...

A Cara do Tempo não nega,
E por mais que se segure,
Um dia ela nos pega...

E a revanche acontece.
*********

Publicado no Recanto das Letras em 03/12/2009
Código do texto: T1958013

quarta-feira, dezembro 02, 2009

IMUNE A MALDADE


IMUNE A MALDADE
De: Ysolda Cabral


Com a sensação de asfixia,
Um aperto enorme no peito,
Achando que nada tem jeito,
Busco aquela força e me ergo.

Respiro fundo, sinto o mundo,
Solto o ar devagar até me acalmar,
Livro-me dos maus pensamentos,
E logo me sinto leve a caminhar.

Na deriva desse momento,
Elevei o pensamento,
E me livrei do tormento.

Agora, imune a toda maldade,
Tenho certeza de que finalmente,
Sou senhora de minha vontade.


**********
Publicado no Recanto das Letras em 02/12/2009
Código do texto: T1956168

terça-feira, dezembro 01, 2009

NÃO CONTO




NÃO CONTO
De: Ysolda Cabral


Sem direção
Sem atenção
Sem consideração
A vida me leva na contramão

Com insistência
Com prepotência
Com insolência
A vida não é brincadeira

Preste atenção
A vida me esquece
Mas eu não me esqueço dela não

Vou seguir sempre o caminho
Escolhido pelo meu destino
Nas curvas e nos precipícios
Paro um pouquinho, finco o pé
Deixo minha marca e sigo com fé

Não me entrego ao desencanto
A desilusão me dá ânimo
Sempre mato o desengano
E os sonhos eu não conto.


Publicado no Recanto das Letras em 01/12/2009
Código do texto: T1954360

domingo, novembro 29, 2009

"NUM DIA DE DOMINGO"



"NUM DIA DE DOMINGO"
DE: Ysolda Cabral


Não espere
A espera é angustiante

Não projete
Os projetos enlouquecem

Não se iluda
A ilusão nada muda

Não vacile
A vacilação deprime

Não se irrite
A irritação lhe deixa feia e triste

Não se queixe
Mas não deite e nem se deleite

Não se entregue
A entrega entontece e não enobrece

Não desista
Sempre insista

Está chovendo
É a vida se renovando... Acontecendo
“ Num dia de Domingo”.



Publicado no Recanto das Letras em 29/11/2009
Código do texto: T1950607

sábado, novembro 28, 2009

LINDO CASAMENTO

Rubinho e Claúdia - Foto Yauanna


LINDO CASAMENTO


Como uma das primeiras convidadas
Para o casamento desse primo querido
Quase um filho, lindo e amigo
Vi-me numa grande enrascada

Como participar de um evento tão lindo
Se o coração anda partido e desiludido
E se até meu sorriso anda meio entristecido?!
Seria coisa da idade?

No dia do enlace - 27/11/2009 - dia que amanheceu lindo
Estava animada para ir a festa e dela participar
Disposta até a cantar melhor e mais bonito que o primo
Com certeza eu iria encantar (Rsrs)

Mas logo a pressão subiu
O coração disparou
Numa infeliz taquicardia
Coisa de quem está na “puberdade”
E, os planos foram por água abaixo

Daí a razão de deixar no Orkut,
Que haveria de ter alguma serventia,
Meus votos de felicidades

Rogando a Deus que essa união nos traga,
Pelo menos mais um Rubinho e uma Claudinha
Para a vida ficar mais alegre e mais bonita
E a minha amada tia completamente realizada.

Com beijos e abraços,
Ysolda

sexta-feira, novembro 27, 2009

VÁ PELA SOMBRA E BEM DEVAGAR

VÁ PELA SOMBRA E BEM DEVAGAR
De: Ysolda Cabral



Esta é uma mensagem de auto-ajuda.
Opa! Auto-ajuda coisa nenhuma.

Começarei novamente:

Esta é uma mensagem pra lhe ajudar.
Preste bem atenção:

Se alguém lhe aborrece e lhe ignora,
É porque você simplesmente incomoda.
Será que são justas as razões?

Para quê saber se isso não importa?
Algo vai mudar?
Isso levaria ao confronto,
E é assim que começa a discórdia.

Relaxe! Deixe pra lá...
Esquente não!
Do jeito que você fizer,
Não irá mesmo agradar!

Pare de se preocupar!
Continue seu caminho,
E por mais que ele tenha espinhos,
Você em algum lugar,
Certamente chegará.

Não olhe para trás.
Confie em você!
Pois Ele com você sempre não esteve?!
Do quê mais você há de precisar?

Adiante é sua meta,
Vê se não se estressa,
E lembre-se:
Vá pela sombra e bem devagar.



Publicado no Recanto das Letras em 27/11/2009
Código do texto: T1947293

quinta-feira, novembro 26, 2009

QUE BRILHO SERÁ ESSE




QUE BRILHO SERÁ ESSE
De: Ysolda Cabral


Na minha frente algo brilha intensamente,
Vez ou outra foge do meu campo de visão,
Como a flutuar no vento.
Penso: será um mini disco voador?
Uma pedra preciosa?
O orvalho que não evaporou?
Ou será uma estrela cadente que na noite passada,
Não conseguiu retornar pra sua galáxia?

Adianto-me...
Sigo firme...
Fixo o olhar...
Não temo o brilho e nem o pensamento.
Os sentidos aguçados, como sempre,
Não mentem, apenas sentem...

O brilho aumenta...
Nada mais confunde a minha mente.
A sensação é de sossego...
É de descanso...
É de silêncio...

A indiferença abençoada se faz presente.
Com suave leveza ... Envolvo-me...
Entrego-me... Elevo-me... Observo-me...
E sem meu consentimento acordo,
Sem sonho e sem tormento.



Publicado no Recanto das Letras em 26/11/2009
Código do texto: T1945026

terça-feira, novembro 24, 2009

DIA QUE PARECE OUTRO




DIA QUE PARECE OUTRO
De: Ysolda Cabral


Amanheceu lindo...
Disposta e sorrindo acordei,
Respirei com gosto o cheiro da manhã
E foi assim que hoje me levantei.

Alonguei, rezei e de repente chorei,
Chorei por lembrar o tempo de menina,
Quando a vida me esperava,
Não havia urgência pra nada,
Assim era o que eu pensava.

Não tinha que engolir sapos...
Não tinha que colar pedaços,
E, o compasso do dia,
Quem ditava era eu.

Agora tudo parece distante,
O tempo carregou no horizonte,
O sol nasceu, desapareceu,
E o dia me parece bem diferente,
Daquele que hoje nasceu.


Publicado no Recanto das Letras em 24/11/2009
Código do texto: T1941286

domingo, novembro 22, 2009

ALMA PURA - HOMENAGEM A MEU IRMÃO

Angela e Ilo - Foto Yauanna


ALMA PURA
EM HOMENAGEM A ILO MEU IRMÃO
De: Ysolda Cabral


A pureza da alma quando legítima,
Transparece no semblante da pessoa,
Como um adorno de beleza infinita.

De tão linda é perfeita.
Ilumina qualquer ambiente,
O tornando um verdadeiro santuário,
Abençoando o coração da gente.

A pureza da alma quando legítima,
Não precisa de nada.
Ela é tudo que existe de mais verdadeiro,
E sem medo caminha em qualquer estrada.

Vi muitas vezes a pureza da alma do meu irmão,
De tão nítida chega a arrepiar,
E duvidamos até que ela exista neste plano conturbado,
Onde reina os equívocos de fato e muita solidão.

Ele nem se dá conta da alma que tem.
Ás vezes a esconde com rompantes,
Num faz de conta de uma ira que logo passa,
E tudo se torna motivo de gostosas risadas.

Não guarda mágoa e nem rancor,
Qualquer coisa lhe contenta,
Quando discute, não cede fácil.
Mas, acaba compreendendo sua bobagem.
E se faz perdoar com sinceridade.

Assim é meu irmão que na última sexta-feira,
Vinte de novembro de dois mil e nove,
Em cerimônia simples e bela,
Numa Igreja Evangélica,
Com a linda Ângela se casou.

Que você e Ângela, sejam muito felizes,
Sempre com Deus no coração.
E que Ele perdoe a gravata vermelha e branca,
Cores do seu time que lhe dá pouca alegria e muita desilusão,
Usada pelo “noivo” que decorava o enorme e delicioso bolo,
Sem dó e sem nenhuma compaixão.

(Rsrs)

**********
Comentário deixado por Yara ( nossa irmã) que não poderia deixar de vir para cá. Transcrito na íntegra:

" Ysolda
Nosso irmão poderia se chamar serenidade. É um exemplo para todos nós que corremos tanto e a nada chegamos, tão eufóricos somos! Ele, calmamente vai realizando seus sonhos e nos mostrando como simples é encontrar e passar felicidade.Tivemos uma das mais belas lições de vida que poderíamos ter. E, como se não bastasse, agradeceu a todos que compareceram a linda cerimônia e pediu a Deus que abençoasse todos nós, pobres mortais, que infelizmente ainda não chegamos lá. Obrigada por registrar esse momento maravilhoso!
Yara "
E o de Inára vem pra cá também. :)
"Que mais poderia dizer? O nosso coraçao encheu de uma Paz serena linda e mágica. Momento mágicoAbençoado por Deus e na imensa riqueza da nobrezacaráter, dignidade humana e lucidez de espaço do nosso irmão abençoado por Deus! E monstrando a todos nós para que viemos!
Inára"

quinta-feira, novembro 19, 2009

ESTOU "ROSA CHICLETE"



ESTOU "ROSA CHICLETE"
De: Ysolda Cabral



Tem coisa que me indigna, revolta e que me deixa realmente muito irada. Um exemplo do que digo é aquela mãe que se recusa a amamentar seu filho por pura vaidade e toma todas as providências para que o leite seque rapidamente. Conheci uma dessas ontem e fiquei “rosa chiclete”. Até que ponto vai a vaidade, a mediocridade humana? Porque essas mulheres têm filhos?

Sei não... O mundo está mesmo de ponta cabeça.

Uma das coisas que mais me encantaram na maternidade foi justamente poder amamentar a minha filha. Fiquei inclusive muito chateada com meu peito – os dois – grande e quase inútil, uma vez que não “fabricava” leite suficiente apesar de todo o meu empenho. Tudo aquilo que me diziam que era bom comer para aumentar o leite, eu comia e com muito prazer. Comi tanto que engordei mais nesse período do que no da própria gestação.

Desta forma e complementando com leite prescrito pela pediatra, consegui amamentar a minha filha por 12 meses. E, simplesmente adorei. Este fato não deixou meu peito nem melhor e nem pior que antes. Deixou exatamente como sempre foi. – Que coisa!

Lembro, inclusive, uma estrofe de uma canção de ninar que compus para minha filha, em plena madrugada enquanto a amamentava, que dizia: “ lá vem o coelhinho, o macaquinho, o cachorrinho, o gatinho, atenção, mas podem voltar que leitinho tem mais não, o leite de mamãe é só de Yauanna e vem do coração e vem do coração....”

Como é que pode uma mãe abrir mão de um ato de amor tão fundamental para a vida e a saúde de seu filho?

E por falar em amamentação, acaba de nascer Dante, o filho do lindíssimo e jovem casal de amigos Micheline e João Carlos Negromonte. Que ele mame muito!
**********

Publicado no Recanto das Letras em 19/11/2009
Código do texto: T1932249

terça-feira, novembro 17, 2009

QUASE MEIA NOITE

QUASE MEIA NOITE
De: Ysolda Cabral


Com os cinco sentidos,
Distorcidos pelo cansaço,
Não tenho TATO!

Meto os pés pelas mãos,
E nada de bom eu faço.
Só estrago!

A VISÃO turva pelas lágrimas,
Lavam o meu rosto,
Salgam o PALADAR,
Queimam a minha boca.
Que transtorno!

A AUDIÇÃO percebe a música do vento,
Realçada pelo silêncio de quase meia noite,
E eu me envolvo...

O OLFATO capta o perfume suave,
Armazenado na “garrafa” da memória,
- cujo nome é Saudade -
É que me faz voltar no tempo...
E eu me acalmo.
*********

Publicado no Recanto das Letras em 18/11/2009
Código do texto: T1929782

sábado, novembro 14, 2009

O DIA DE AMANHÃ



O DIA DE AMANHÃ
De: Ysolda Cabral


Batucada no ar...
O ritmo é bom e contagiante.
Ela lá e eu aqui a " batucar" no meu teclado,
Um tanto gasto...
Um tanto irado comigo...
Uma vez que o tenho pouco procurado...

É que a inspiração anda longe de mim,
E a liberdade para compor anda meio limitada.
Culpa dos entendimentos truncados e distorcidos,
Que deixam qualquer poeta entristecido,
E sem vontade de nada.

Ele olha para o Céu e não vê a lua e nem as estrelas;
Vai ao mar e não sente vontade de mergulhar;
Encontra uma criança e não se enternece;
Tem um jardim e não sente o seu perfume em noite de primavera;
Do amor não quer notícia e da saudade quer distancia.

O poeta triste não quer conversa,
O dia de hoje pesa e a noite promete que, talvez, amanhã,
O dia seja diferente e lhe traga bons presságios
E as boas notícias que tanto espera.
*********

Publicado no Recanto das Letras em 14/11/2009
Código do texto: T1923842

sexta-feira, novembro 13, 2009

SEXTA FEIRA TREZE - UM DIA ESPECIAL




SEXTA-FEIRA TREZE - UM DIA ESPECIAL
De: Ysolda Cabral



Hoje resolvi revolucionar...
Joguei fora a cisma da sexta feira treze,
- dia que passei a amar -
E até sai de casa com pérolas a ostentar.

Sentindo-me disposta e descansada,
- apesar da noite mal dormida -
Cheia de ansiedade que não vou contar,
Encarei até o gato que vive a me espreitar.

Corajosa e segura da minha leveza;
Me levantei com o pé esquerdo,
Passei por baixo da escada,
E fiz outras proezas...

Entretanto, refletindo um pouco,
Constato que meu viver é muito tolo,
Meus sonhos são todos loucos,
E difíceis de realizar

E por consideração ao dia,
Melhor terminar a poesia,
Para não ter que chorar,
Por ter perdido a coragem
E também a alegria.
**********

Publicado no Recanto das Letras em 13/11/2009
Código do texto: T1921680

quinta-feira, novembro 12, 2009

IMAGINÁRIO EXIGENTE




IMAGINÁRIO EXIGENTE
De: Ysolda Cabral


A indiferença me rodeia
A ignorância me ameaça
A prepotência me sufoca
O dia hoje me mata

À noite não me comove
O amanhã é uma incógnita
O momento é esquisito
Preciso é ir embora

Embora pra bem longe
Aonde não exista tristeza
Nem a saudade que sinto agora

A alegria esteja sempre presente
E o amor não seja apenas sonho
Do meu imaginário exigente...


Publicado no Recanto das Letras em 12/11/2009
Código do texto: T1919657

quarta-feira, novembro 11, 2009

ESPAÇO DA ILUSÃO




ESPAÇO DA ILUSÃO
De: Ysolda Cabral


Há calma na alma...

Os sons são indiferentes...
A calma é envolvente.

Os sonhos permanecem lindos e nítidos.
Independentes do Tempo.

A reclusão, no espaço da ilusão,
Torna tudo mais intenso, mais bonito...
E o incenso é de manjericão.

A oração arrefece toda dúvida e sofrimento,
O coração, há pouco tão inquieto e oprimido,
Encontra afago na poesia,
E esquece toda tristeza e solidão.


Publicado no Recanto das Letras em 11/11/2009
Código do texto: T1918564

segunda-feira, novembro 09, 2009

SHOW DA VIDA



SHOW DA VIDA
De: Ysolda Cabral


Entre pedras,
Sol escaldante,
Sem água e sem nada,
A flor de cactos.