Seguidores

segunda-feira, dezembro 24, 2007

MINHA MENSAGEM DE NATAL



Minha mensagem de Natal


Queria neste Natal que todas as pessoas se presenteassem entre si com sentimento verdadeiro, sem hipocrisia, sem maldade, sem violência, sem artimanha, sem traição e sem julgamento... Queria que, neste Natal, todos tivessem “o pão, o vinho, o azeite e o sal” sobre a mesa e que eles permanecessem de forma a eliminar a fome, a miséria e a ignorância nos quatro cantos do mundo de uma só vez... Queria que, neste Natal, houvesse um efeito arrasador sobre todas as coisas ruins, para todo o sempre... Queria que a partir deste Natal, todos ficassem livres de dores, de rancores, de vaidades inúteis, tolas e que, o amor e o respeito, por tudo o que tem vida, passasse a existir de fato e se tornasse nitidamente real.
Feliz Natal !

Ysolda de Lira Cabral Albuquerque

terça-feira, dezembro 18, 2007

FLOR DE CACTO




FLOR DE CACTO
DE: YSOLDA CABRAL


Hoje não vou chorar
E nem de coisa alguma
Vou reclamar.

Hoje estarei irreconhecível...
Mandarei toda tristeza embora.
Vou é passear
E esquecer completamente,
Tudo que for sofrível
Frio ou quente.

Hoje será um dia diferente.
Não serei nem gente!
Ser gente é muito chato
E de gente chata,
Eu não mais agüento!

Serei qualquer coisa:
Um pássaro?
- Não!
Serei uma flor de cacto!
E, se tocar em mim,
Disparo com o vento.
Neste momento, então;
Serei pássaro!

Que ninguém tente
Entender, argüir,
Pedir, sorrir,
Fugir ou fingir...
Afinal, eu hoje,
Não estou nem aí!

domingo, dezembro 16, 2007

VOU INDO




VOU INDO
DE: YSOLDA CABRAL


O frio invade o ambiente
Envolvendo tudo
Que nem dele pertence.

A atmosfera é pesada,
A respiração fica forçada,
Insistente e lenta.

Se sente...

A esperança se esvaindo,
A fé, se ainda há, indo...
Busca-se, com esforço,
Sua volta,
Mesmo com revolta.

E, sem quase pensamento,
Reza-se uma ladinha triste,
Arrastada e bem remota
Que, não afasta o agouro,
O qual, sem piedade, nos sufoca.

Escutar o vazio...
É meio louco,
Meio bobo,
Meio partido de destino.
Até parece infindo.

E é assim que vou indo...
Para mais um Natal,
Desconfiando que, talvez,
Tudo isto seja imortal.

Portanto, para você:
Um Feliz Natal!!!!

sábado, dezembro 08, 2007

FAÇO NÃO



FAÇO NÃO
De: Ysolda Cabral



Hoje a tristeza e a alegria
Esbarrou em mim
Sem dó nem compaixão
Encararam-se frente a frente
Sem me deixar opção

Fiquei entre as duas
Equilibrando-me bravamente
Para não piorar
A inusitada situação
Uma chorava
A outra não

Eu no meio das duas
Sentindo uma enorme afobação
Esforçava-me para sair
Daquela tremenda confusão

Quando senti chegar à esperança
E como num passe de mágica
Acalmou meu desvairado coração

Que louca sou
Por me deixar envolver
Por fortes e contraditórias emoções
Entretanto elas acontecem
A minha total revelia
E acho até covardia
Querer bani-las do meu dia-a-dia
Isto eu não faço não!




sábado, dezembro 01, 2007

LÁGRIMA NO CHÃO




LÁGRIMA NO CHÃO
De: Ysolda Cabral

Quando uma simples pisadela,
Na unha do dedo do pé,
Deixa-te caído no chão,
Chorando que nem criança,
A coisa é mesmo séria
E tem função.

O que fazer então?
Ter unhas de felino
Não diminuirá a dor ,
Que não vem da alma
E, sim de uma vida,
Sem muita consideração...

Absorção:
Não é a solução.
Gelo no dedo do pé
E grito de solidão...
Não passa a dor,
Vez que ela
Não vem do dedo
E sim do coração.

O tempo pára
E a dor só aumenta.
Contudo logo vem o alívio.
Você se levanta
E não lamenta,
Nem por um segundo,
As lágrimas que lavaram
Seu meticuloso chão.

Sem contemplação,
Você segue no mesmo caminho,
Sem muito sonhar com o destino,
Que quando se apresenta,
É sempre numa perigosa
E traiçoeira contramão.

quarta-feira, novembro 14, 2007

ESPETACULAR E NOBRE


ESPETACULAR E NOBRE
DE: Ysolda Cabral


Mais uma etapa cumprida
Com determinação e garra.
Garra tão própria dela,
Que ontem era apenas menina.
Agora é toda quase completa...

Completa como se eterna...
E é terna na terra que é dela.
Pisando firme e sempre reta,
Assim: há de ser sempre ela.

Ela, ontem menina,
Que hoje termina uma etapa,
Regada de flores,
Perfume, alegria, música e cores,
Só para comemorar a nova era.

Era bem definida,
Que ao ser percorrida,
Tornar-se-á indefinida,
Trazendo mais desafio,
Seu ingrediente preferido,
Para poder ser vencido por ela.

Parabéns minha linda,
Por todos os obstáculos
Até agora conquistados.
Desejo-lhe sorte
E que seja sempre forte,
Para vencer os novos desafios
Assim: toda espetacular e nobre.

PS. Hoje Colação de Grau do Ensino Médio - Colégio Motivo



quarta-feira, novembro 07, 2007

SEM FINAL




SEM FINAL
De: Ysolda Cabral

Meu amigo vou contar:
Continuo acreditando.
- Caso contrário,
Iria desmoronar...
Como sou dura na queda,
Posso mil vezes cair
E, com certeza,
Volto a caminhar...

Caminhar por verdejantes pastos,
Saboreando o sabor de viver e de estar...
Neste mundo meio louco,
Porém cheio de magia,
Poesia, angustia e alegria,
Que me leva sempre à mesma certeza,
De querer nele ficar...

Sou como a hortelã de minha jardineira:
Reproduzo-me a cada dia.
Seja através do sorriso de minha filha,
O qual me faz querer e desejar,
Dias melhores e mais bonitos
Sem tanto pelejar...

Pelejando daqui...
E pelejando dali:
Vivo mesmo a achar
Que viver é muito bom,
Um presente Divinal.
Do qual aproveito todos os sinais,
Esperando, com tranqüilidade,
E, sem nenhuma pressa,
O inevitável Sem Final.




domingo, setembro 23, 2007

HORA DE REGAR








HORA DE REGAR
De: Ysolda Cabral




Hoje a tarde estava quente e ensolarada,
Deixando minha hortelã meio sonolenta
E sem vontade de perfumar.
Eu me deixei por ela contagiar
E resolvi cair na cama,
Para dormir sem sonhar...

De repente o tempo pára.
Tudo fica quieto e estático.
Som algum se faz ouvir.
A vontade de dormir vence facilmente.
E me leva pra lugares,
Nunca imaginados por mim.

Queria apenas dormir...
Lugar algum queria ir!
Senti vontade de voltar,
Mas algo não me deixava vir...

Tentei acordar;
- Não conseguia!
Tentei gritar;
- Não podia!
Tentei chorar;
- A lágrima não caia!

De repente...
O vento soprou,
Minha hortelã reagiu
E me acordou
Envolvendo-me,
Com seu suave perfume,
Como se assim falasse:
Hei, dorminhoca,
Acorda que a noite chegou!

domingo, setembro 16, 2007

PARCO IMAGINÁRIO



PARCO IMAGINÁRIO
De: Ysolda Cabral


Você pode achar que lembrar
É viver do passado
Para se lamentar
E encontrar desculpas
Para não lutar...

Talvez você tenha até razão
Em nesta façanha acreditar.
Entretanto, muitas vezes,
As lembranças levam você
A se entender ou a se encontrar.

Reencontrar-se não é fácil,
Mesmo quando o encontro
É ajustado e marcado.
Mesmo assim algo pode falhar...

E quando a falha acontece
Você sofre calado, sozinho,
Violentado, sofrido
E completamente aniquilado.

Tenta juntar os pedaços,
Que não são mais encontrados.
Então você se sente morrer
Num canto qualquer,
Do seu parco imaginário.


sexta-feira, setembro 14, 2007

FRAGMENTOS DE LEMBRANÇAS




FRAGMENTOS DE LEMBRANÇAS
De: Ysolda Cabral


Pequenos fragmentos de lembranças
Em frações de segundos
Consegue nos levar no tempo
E nos trazer de volta
Sem mágoa
Porém no peito
Uma tristeza imensa ...


Pequenos fragmentos de lembranças
Deixa-nos sonolentos
Quase sem movimento
Sem depósito de mantimento
Para reserva do alimento
Que a alma precisa para ocupar
O seu espaço do agora ...


Agora que já passou da hora
Que dissimulada engana
E as pequenas faltas
Deixa-nos aniquilados
Sofridos e amargurados
Com vontade de sermos
Qualquer coisa
Menos o que somos agora...

quarta-feira, agosto 29, 2007

INCOERÊNCIA











Poesia composta aos 23 ( acabei de encontrar o original com a data de 19/03/1977 )







INCOERÊNCIA
De: Ysolda Cabral

O ídolo cai,
O homem aparece,
O poeta se impõe.
Alegria, euforia, tristeza...

Surpresa,
Impacto,
Curiosidade,
Felicidade!
Remorso,
Ou decepção?

Sentimento de culpa...

Vontade de ficar perto,
De não estar,
De estar longe,
De não ficar...
De conter a fera,
De não conter...
De não contar,
Para não mostrar...
Vontade de viver,
Viver o quê e pra quê?

Sentir, sonhar, flutuar...
Pés no chão cansados,
Sofridos, magoados;
Má interpretação,
Simulação,
Saudades,
Insanidade,
Ou inspiração?

Solidão...

Descoberta,
Constatação,
Descrença é a justificação?

Medo da quietação
Respiração parada
Coração disparado
Mentes e corpos,
Inflamados e acelerados;
Representação?

Carência...

Uma lágrima apenas...
Tudo desaparece,
A calma se faz...
Silêncio!
Esquecimento,
Indiferença é PAZ?






PS - Por dentro não mudei e isto é incoerente.



sábado, agosto 25, 2007

AMOR DE SOBRA


AMOR DE SOBRA
De: Ysolda Cabral

Hoje as asas do meu coração
Foram irremediavelmente quebradas.
Não poderei mais voar...
Também não poderei mais cair...
Também não poderei mais chorar...
Talvez... Louca que sou,
Poderei ainda sorrir.
Sorrir de sorriso puro,
Como puro é meu coração
Mesmo quebrado, dilacerado,
Triste e inconformado
Com os desencontros de encantos
Que a vida promete,
Mas não dá.
Paro e penso: se meu coração tem asas quebradas;
Porém minha cabeça está louca para voar
O que me impede de ir rumo a algum lugar
Onde minha tristeza será curada,
Minha alegria restaurada
E as asas do meu coração
Quem sabe...
Não venham a cicatrizar?
Alguém pode pensar: é mal de amor...
- Não é isto não Senhor!
Amor tenho de sobra para dar.
A questão é que,
Hoje poucos querem saber
De amizade sincera,
Sentimento verdadeiro
E Fé.

domingo, agosto 19, 2007

ELA É UM ROUXINOL

DILÇA E ALÍRIO CABRAL
NOSSOS PAIS QUANDO NAMORADOS




ELA É UM ROUXINOL
De: Ysolda Cabral


Hoje é um dia especial
E muito cheio de alegria.
Não cabe tristeza, dor, agonia...
Saudade e nem melancolia.

Hoje só lembranças bonitas.
E se houver saudades...
Serão de coisas boas
E muito fáceis de recordar;
Revivendo cada uma delas...

Terraço de casa em festa...
Violão... Bandolim...
Muita conversa em prosa,
Rimas ricas e engraçadas
E em tudo só beleza e harmonia.

E através do raro,
E belo canto de nossa Rouxinol
Que, nos acaricia
E ainda cuida de nós,
Suas crias,
Geradas na semente de sua sabedoria.
Somos todos uma só energia.

Quando lhe digo:
Você é minha mãe preferida.
Você fica toda faceira!
Sua face serena e bela sorrir,
E com jeito, ainda de menina,
Olha para mim e pergunta:
E você tem outra mãe, minha filha?!

Parabéns, mamãe, pelo seu aniversário,
Que Deus nos conceda a graça de tê-la
Por muitos anos mais.
E, quando apagar a velinha do bolo,
Feche os olhos e peça a Ele:
Outros tantos mais!

Amamos você do fundo do coração.
Seus,
Inára, Íris, Ilo, Ysolda e Yara ( filhos )
Ytana, Humberto,Yrama e Yauanna ( netos )
Ylana ( bisneta chegando)
Ângela ( nora ) Ângela Arruda ( sempre amiga )
Benjamin Cavalcanti, Humberto Siqueira ( Genros)
Rodrigo Fernandes ( pai de Ylana )

PS. Papai, ainda compondo para você belas canções de amor, diz:
Dilça, vamos caminhar juntos e de mãos dadas sempre.


quinta-feira, agosto 16, 2007

ENFERMARIA E SONHOS





Enfermaria e Sonhos
De: Ysolda Cabral


Cá estou novamente,
Não no mesmo lugar,
Mas na mesma situação...
De agonia, de ironia,
E de espera,
Daquilo que é muito
Ruim esperar.

Escuto pranto,
Risos e muitas falas...
E nas paredes falsas,
Muitos toques.
Entre eles o silêncio,
Tentando se fazer notar.

É preciso que ele aconteça,
Para se refletir e melhorar.
E assim a esperança,
De tudo que se sabe,
Impossível alcançar,
Talvez só por um instante,
Venha a nos socorrer e aliviar...

Do meu canto,
Inconfortável e franco,
Tento me encostar
Nos meus sonhos,
Cada vez mais raros
E difíceis de sonhar.


domingo, agosto 05, 2007

SEM COMPARAÇÃO


Sem Comparação
De: Ysolda Cabral


Gosto de tudo que é belo
E em tudo há seu toque
Não compare
Apenas sinta
A verdade

Feche os olhos
Bem suavemente
E não lamente nunca
O que sente

A música é sublime
O amor não reprime
A saudade não mente
E você que agüente

Agüente até não mais puder
Logo algo acontecerá
E você perceberá
Aonde você está
E com certeza entenderá
Todo o porquê

Não tema
Não ceda
Não venha a entontecer
Tentando-se enganar
Pois isto jamais acontecerá

Irei até o fim
Pensando ser assim
Que a vida não é só isto
Que vivemos
Que vemos
Que sentimos
É muito mais,
Enfim.


sábado, julho 28, 2007

COR QUE O VELUDO NÃO TEM



Cor que o veludo não tem
De: Ysolda Cabral


A tarde está silenciosa e fria.
Chove e minha jardineira de hortelã,
Verde, bonita e cheirosa,
Adora.

Olho para ela daqui,
Sinto que ela me olha de lá.
E me faz um carinho,
Mandando-me um cheiro gostoso,
Misturado de terra, chuva e do mar.

Seu verde é da cor da esperança.
Suas folhas aveludadas,
Lembram-me quando em criança,
Vestia-me do mais lindo veludo,
Fosse ele de qualquer cor.
Só não podia ter cor de lembrança.

Lembrar às vezes é até bom...
Coisas boas, leves, engraçadas e soltas.
Só não gosto de lembrar,
De coisas tristes.
Pois é perda de tempo
Que nos fazem sofrer a toa.

Lá fora continua chovendo.
Os cheiros se misturam,
A cor do dia também.
Meu coração chora...
E se continuar assim,
Vou é parar muito além...

Portanto mando agora,
A tristeza embora,
Para bem longe de mim.
Fui feita de alegria,
De amor e harmonia...
Não agüento mais,
Nenhuma agonia.
Só assim, ficarei bem.




quarta-feira, julho 18, 2007

Y A U A N N A




Hoje é Seu Aniversário!


Já lhe dediquei tantas poesias!
Todas tão insignificantes...
Até mesmo muito bobas,
Diante do poema vivo;
Que para mim é você.

Hoje, mais um aniversário,
Mais um ano de muita felicidade,
Principalmente;
Porque tenho você.

Dizer-lhe que é meu presente de Deus;
Você já sabe.
Dizer-lhe que seja feliz sempre;
É bobagem...


Mas, dizer-lhe que amo você;
Independente de tempo...
De lugar e em qualquer condição;
É relevante e verdade.

Feliz aniversário filha linda!
Que você comemore sempre esta data,
Lembrando-se de agradecer,
O presente maior que Ele lhe deu:
A VIDA.

PS. Seu pai, antes de sair para o trabalho,

Deixou-lhe um lindo buquê de botões de rosas,

Para, juntar-se a você . :)




quinta-feira, julho 12, 2007

JARRO SEM FLOR






Jarro sem Flor
De: Ysolda Cabral

Ando tão triste comigo mesma,
Que nem percebo o tempo passar.
Ele passa tão rápido,
Deixando em mim sua marca,
Só para se mostrar.

Tempo mostrado...
É mesmo tempo temperado,
De passado marcado,
Por momentos vagos,
Não muito claros,
Que nos deixa vazios,
Como um jarro sem flor.
- Nossa que horror!

O tempo não pára,
Não perdoa,
E nem consola.
Apenas ameniza,
Uma ou outra dor.

Penso que sou sua dona,
Mesmo sabendo que não sou.
Resolvo então lutar,
Não me entregando,
A sua força e vontade,
Só para me consolar.

E me consolando,
Vivo a viver e a penar.
E deste jeito,
Não vale a pena sonhar.
Mas o surpreendente é que sonho,
Pois não consigo parar.


O tempo pode deixar,
Em mim suas marcas...
Mas, os meus sonhos,
Ele jamais marcará!




quarta-feira, julho 04, 2007

INÁRA CABRAL


INÁRA

Inára é como água cristalina.
Pura, bela, clara e calma,
Como um regato,
Da floresta mais encantada,
Que possa existir nos contos de Fada.

Ela é uma irmã completa.
Um favo de mel!
Sempre presente na vida de todos nós.
Entretanto, se preocupa demais.
E fica braba quando digo:
Pára Inára e viva mais!

Passa o dia,
Passa a noite,
Passa o tempo...
E ela não olha para trás,
E nem se importa,
Só pensa em nós!

É um Anjo de Guarda,
Com muita serventia.
Achar isto certo,
É mesmo egoísmo e covardia!

Por isto lhe peço,
Irmã caçula e muito amada,
Se esqueça um pouco de nós,
Continue o Anjo que é,
Mas sem muita serventia.

Coloque o seu vestido mais bonito,
O seu perfume preferido,
E vá comemorar,
Seu aniversário,
Com muita alegria.

terça-feira, julho 03, 2007

GOSTO DO FRIO


Gosto do Frio
De: Ysolda Cabral


Ah, adoro o frio!
Entretanto, um frio leve,
Que me leve aonde eu for,
Com muita disposição e amor.


Que me deixe bonita,
De bochecha rosada,
Sem precisar de nada.

Que eu possa vestir,
Roupas quentes
E bem confortáveis.
Para andar pelas ruas,
De vilas e cidades...

Um frio gostoso,
Que traga ao corpo,
Um arrepio feliz.
E bem agasalhado,
Afaste até mal olhado,
De qualquer infeliz.

Infeliz que não sabe,
Sentir coisas boas,
E tenta nos deixar,
Como ele pensa e diz:

Que não somos iguais,
Que queremos ser mais,
Que nos sentimos os tais;
Quando tentamos apenas,
Ser feliz e ter paz...


domingo, julho 01, 2007

NADA SEI




Nada Sei
De: Ysolda Cabral

Olho à minha volta e o que vejo,
São formas sem sentido,
E logo esqueço.
Parece que estou noutro lugar,
Onde só há beleza,
E nenhuma certeza.

Certeza de onde estou,
Do que sou,
Pra onde vou,
Como vou,
E se realmente sou...

Sei que sou de paz,
Não sou de guerra.
Sou da alegria,
Não da tristeza.
Disto estou certa.

Sou do canto,
E me encanto,
No meu canto,
Quando canto.

Os meus sentidos,
Só emito,
Quando sinto,
Que serão por mim,
Ouvidos...

Só sei se é certo,
O que é certo,
Quando erro.
E isto não acontece,
Quando quero.

Ah, como meu querer é incerto!

domingo, junho 24, 2007

MAIS UMA VEZ DANCEI


Mais uma vez dancei
De: Ysolda Cabral


Passou Santo Antonio,
Passou São João.
Passou a vontade,
De conferir a animação.

Logo chegará São Pedro,
Que passará também,
E eu vou dizer:
Ainda bem!

Ano retrasado foi chato.
Ano passado também.
Este ano foi pior ainda,
Pois não fiz, nas festas juninas,
Nem a comida que comi.

E mesmo assim...
Alguns quilos eu ganhei.
Se tivesse dançado um forrozinho,
Ou um xaxado, bem caprichado...
Teria me saído é muito bem.

É que sou de Caruaru seu moço!
E lá, o que é que tem?



sábado, junho 23, 2007

CINCO IRIS


Cinco Íris
De: Ysolda Cabral

Andava meio sem inspiração,
Um cansaço anormal e enfadonho,
Bem no centro do meu coração.
É que tudo estava fora de lugar,
E não dava para vislumbrar,
Nenhuma direção.

Dormir ou acordar?
Muito para fazer...
E nenhuma vontade,
Fazia-me mover do lugar.

Seria apenas um sonho,
A me levar por caminhos,
Incertos e inversos,
Dos caminhos percorridos,
Na lucidez do certo?

Campanhia toca!
Ouço e prontamente levanto.
Abro a porta e dou de cara,
Com quatro íris encantadas.
Duas, na face de minha irmã Íris,
E duas, bem pequenas,
Nos seus braços.
Somando todas, s
ão cinco.

Naquele momento vi claramente,
O amor de Íris pelos animais.
Trazia em seus braços,
Sua nova cachorrinha,
Que veio para se fazer amar,
Sem precisar fazê-la,
Esquecer sua linda amiga Belinha.

Valeu minha irmã!
Cuide bem de sua nova cachorrinha,
Que só alegria a todos nós dará.
Que nome ela terá?
- Chica, Tica, ou Lica?
Que importa qual será?
O importante é que você tem
Muito amor para dar.


sábado, junho 09, 2007

SAUDADES





Saudades
De: Ysolda Cabral

Hoje estou triste mais que o normal.
Muita gente amiga e querida está saindo do Orkut.
Umas se despediram.
Outras, de tanta tristeza, não tiveram coragem.

Por que será que coisas boas e puras,
Logo desaparecem e as que não prestam,
Proliferam, facilmente, por todos os cantos,
Calando a alegria e trazendo só desencanto?

Por que será que há mais dor que amor?
Por que será que continuo achando que,
Para tudo há um jeito,
Quando tudo está mesmo sem jeito?

Por que será que não paro de sonhar
E de querer calar o pranto?
Por que será que sinto saudades,
Hoje de mim, quando menina,
mesmo quando não havia encanto?

terça-feira, maio 15, 2007

ESTOU FELIZ




Estou Feliz
De: Ysolda Cabral

Não!
Sou feliz mesmo quando não estou.
Sou do sol e sou de lua também.
Não sou diferente de ninguém.

Sim!
Tenho tristezas e alegrias,
Decepções e alergia,
A quem não sabe que para a vida,
É apenas aprendiz.

Claro...
Que sinto saudades!
Não esta saudade triste e solitária,
Que a maioria sente e fala,
Dizendo ser depressão.

Agora é a hora!
Ser feliz é um estado de espírito,
E quero sempre tê-lo,
Mesmo o que o dia seja árduo e torto
Não desisto dele não.

Solidão?
Sinto não!
Tenho tanto o que lembrar,
Tenho tanto pra fazer,
Que não dá para sentir,
Isto não!

sexta-feira, maio 04, 2007

NOSSA SENHORA


Para: Ela Nossa Senhora
De: Ysolda Cabral

Ando com uma série de problemas.
Pedi a Nossa Senhora do Desterro,
Que falasse com Seu Filho Jesus,
Intercedendo por mim,
Para Ele me conceder um alento.

Ela imediatamente foi até Ele,
E como Mãe Lhe falou.
Ele prontamente atendeu,
Pois não havia outro jeito!

E assim acabo de receber,
A Graça de um pouco de sustento,
Nesta minha caminhada,
Que muito alívio trás,
À minha alma.

E desta forma agradeço,
A Graça alcançada.
Peço então a você que,
Por favor, não desista,
Tenha paciência
E muita fé.
E assim...
Tudo afinal passa.

MEU REFLEXO


Meu Reflexo
De: Ysolda Cabral


Para não perder o chão,

Resolvi ele polir,

Para que brilhasse muito...

E me fazer sorrir.


Queria no meu chão,

O brilho que a lua dar,

Sem nenhum esforço ao mar.


Então peguei uma vassoura,

Um balde com bastante detergente,

Uma toalha bem fofinha,

E ele foi lavar.


Depois de bem lavado,

Enxuto e bem limpinho,

Passei-lhe a cera indicada,

E fiquei a espera dele secar.


Peguei meu violão,

E comecei a tocar e a cantar.

E o chão passou a me esperar...


Depois de longo tempo,

Lembrei-me dele.

E, com muita pena,

Larguei meu violão...

E fui polir o chão.


Quando o brilho começou a aparecer,

E eu a me alegrar,

Sem nenhum tombo levar,

Já que eu era a lua,

E ele era o mar...


As pernas ficaram bambas...

A cabeça meio tonta e a rodar.

Fui correndo para o banho,

E caí depressa na cama,

Nem vi o chão brilhar...

Mas tive lindos sonhos,

Isto eu posso assegurar
************************************
Para: Minha amiga Ysolda
De: Valéria Brasil
"A lua cheia tão linda,
também brilha no meu chão...
passei o dia inteirinho
limpando com água e sabão!
Pensei: - Vou escrever pra minha amiga!
E dizer-lhe por compaixão:
- Será que nos duas querida!
Temos a mesma missão??
Se não for
eu toco em frente,
não me assusto,
nem me abalo,
Penso somente:
- se de tudo nós duas,
não temos nada igual!
Temos o sentimento
muito terno e fraternal.

quinta-feira, maio 03, 2007

NOITE DE LUAR


Noite de Luar
De: Ysolda Cabral

Nunca tinha visto a Lua assim...
Só e bela!
O céu com poucas estrelas,
Todas brilhando para ela.

Bela como nunca,
Pergunto-me:
Será que alguém,
Esteve mesmo nela?

Tão pura e sem nenhuma mácula,
Enorme e bem amarela,
Eu olho para ela,
E ela olha para mim,
Sorrio e digo assim:
Que bom tê-la hoje só para mim!

Seu reflexo acaricia suavemente o mar,
E ele fica bem sereno e quieto,
Se deixando acariciar,
Sem nenhum protesto.

Fico boba de ver,
Como ela neutraliza sua força...
Até o vento parece se aquietar,
E nenhum segredo querer contar.

Continuo a olhar para ela,
Aprendendo a escutar...
E a voz do meu coração,
Naquele momento diz:
- Fica tranqüila...
Jamais ninguém esteve lá!

segunda-feira, abril 30, 2007

PARABÉNS CARUARU




150 ANOS DE CARUARU
De: Ysolda Cabral


Por ser seu aniversário,
Você foi promovida,
A capital de Pernambuco
Por um mês...
- Mais que insensatez!!!

Você que sempre foi “País”
Passar a Capital,
Por um mês?!
É mesmo coisa injusta...
Digna de uma boa luta!
E de luta entendo bem.

Se quiser encarar,
É só me convidar!
E com facilidade,
Muita alegria e felicidade,
Mostro logo ao povo todo,
O que Caruaru ainda tem.

Preciso mesmo ir até aí...
Para organizar a festa,
Dos seus 150 anos,
No próximo dia 18 de maio de 2007,
Já que estive na dos 117.

E aproveito para lembrar ao Neto,
Que Lira combina com a rima,
De uma cidade linda,
Que é sua,
Mais é minha também.

Parabéns Caruaru!
Capital de todo o mundo!

Na foto pela ordem: Angélia, Miss Gravatá; Rosimery, Miss Caruaru 1973, Jotta Lagos, Cronista Social à época; Eu, Miss Caruaru 1974, a garota que está junto de mim eu não lembro e por último, minha querida amiga, Fátima Leite, Miss Arcoverde 1974.














domingo, abril 22, 2007

SOU GUERREIRA


SOU GUERREIRA



Tudo novamente recomeçar,
Sem nada modificar,
É um grande desafio,
Mesmo para quem vive a pelejar.

Pelejando daqui,
Pelejando dali...
Vivo mesmo a balançar.

É, como na canção...
Que diz:
“Como uma onda no mar”...

Mar nunca calmo,
Sempre muito bravo,
Que tento dominar.

E, mesmo conseguindo,
Sem rumo e sem direção,
Não é fácil de chegar...

Me perco no caminho,
Busco até um retornar...
Porém, sem bússola,
E sem destino...

Nado... Corro... Ando...
E termino me encontrando,
Pois não me deixo derrotar.

domingo, abril 15, 2007

SEM SEGREDOS


SEM SEGREDOS


Sem segredos escrevo.
É como falar, sorrir, cantar, dançar e sonhar...
Se estou contente, que é o meu normal,
Escrevo leve e solta.
Se estou chateada, escrevo besteira,
E logo me sinto inteira.

Para mim, não tem conversa.
Idade, credo, argumento...
Que me faça ser diferente
Daquilo que sou.

Sou um dia de cada vez.
Sou sol que aquece no frio.
Sou frio quando o tempo está quente,
E sou uma fera quando alguém mente.

Sou até mar...
Às vezes bravo,
Às vezes calmo,
Às vezes lindo,
Às vezes feio,
E, às vezes muito cheio...

Sou até como o vento,
Sem contar os seus segredos.
E por todos os lugares aonde vou,
Só levo alegria e frescor...
Pois sou tão cheia de amor,
Que não sinto ódio, mágoa ou rancor.
E assim... Eu sou.

sábado, abril 14, 2007

QUERO UM CHAPÉU


QUERO UM CHAPÉU


Queria hoje um chapéu,
Que esquentasse bem minha cabeça.
E quando eu o tirasse,
Imediatamente sentisse,
Todo o prazer,
De uma cabeça fresca...

Ah, queria mesmo um chapéu!
De abas largas, fortes e leves,
Para não sentir nenhum peso a mais,
Na minha pobre e vazia cabeça.

Se não fosse pelos cabelos,
Ela nada teria!
Mas nem cabelos de cores naturais,
Ela tem mais...
São tingidos de quase preto
Pois é toda branca a minha cabeça

Fico a pensar porque será,
Que pinto os meus cabelos...
Se o branco pesaria menos.
E isto, com certeza, aliviaria,
O peso da minha cabeça.

Cabeça, quente, pesada,
E sem nada
Não serve para nada.
Ferve é o juízo
E o tino desaparece,
Mas nada que um bom banho frio
Não venha a resolver
A assim vou estar pronta
Para uma nova e fresca cabeça.


sexta-feira, abril 13, 2007

SOU CANSAÇO


SOU CANSAÇO


Hoje estou tão cansada,
Que me dói tudo,
Até a alma!

As pernas estão fracas...
As costelas, como que quebradas,
Avisa à coluna que não se mexa...
E fique quieta.

As mãos, como se calejadas, não sentem nada.
A cabeça a zombar de mim,
Procura me ferir,
Com lembranças tristes...
Isto é mesmo o fim!

Então o coração reage e diz:
Sai daí que eu ainda estou aqui!
Bato forte e filtro o vinho da vida
Com muita rapidez,
E logo o envio para todos os cantos,
E faço tua cabeça,
Acordar para o sonho...
Mais uma vez.
Queres ver?

domingo, abril 08, 2007

DOMINGO DE PÁSCOA




DOMINGO DE PÁSCOA


Não devia nem pensar,
Em escrever neste momento.
Mas de alguma forma,
Tenho que desabafar,
Todo meu desalento.

Havia até decidido,
Nunca mais me entristecer,
Com absolutamente nada.
Mas a tristeza sempre me pega,
E me deixa desnorteada.

Ah! Como tenho raiva quando ela me ataca.
Queria dar-lhe um soco bem no meio da cara...
E ela rir de mim e me encara como quem diz:
Vai enfrente que a cara é tua mesmo!
Vê se assim não me enche!

Quanto mais envelheço.
Menos compreendo,
O que se passa em minha mente.
Quando percebo,
Tudo já passou,
E o estrago ficou.
E eu aqui,
Em pleno Domingo de Páscoa
A pensar:
Será que todo sofrimento Dele
Adiantou?

quinta-feira, março 29, 2007

SOU DO CONTRA



SOU DO CONTRA

DE:YSOLDA CABRAL




SE FOR PARA CHORAR,

SORRIO.


E SE FOR PARA SORRIR,


EU CHORO.


SE FOR PARA CALAR,


EU FALO.


SE FOR PARA FALAR,


EU CALO...




SE FOR PARA CORRER,


NÃO CORRO.


SE FOR PARA IR DEVAGAR,


VOU CORRENDO BRIGANDO,


CONTRA O TEMPO.


E SE ELE ME ATRAPALHAR,


NÃO ENTENDO!




NÃO QUERO SABER AONDE IR,


MAS QUERO IR A ALGUM LUGAR.


NÃO SEI PARAR PARA PENSAR,


SÓ SEI PARAR PARA SONHAR.


SÓ SEI SONHAR BEM DEVAGAR...




E SONHANDO DEVAGAR,


CORRO MUNDO,


CORRO TANTO!


QUE CHEGO A CANSAR.


E CANSADA FICO,


MAIS NUNCA DESISTO DE SONHAR.



quarta-feira, março 28, 2007

DUAS MENINAS


DUAS MENINAS

VOU CONTAR UMA ESTÓRIA DE DUAS AMIGAS:
DIZIAM QUE ERAM BONITAS, INTELIGENTES,
ELEGANTES, E MUITO CHARMOSAS.
NASCIDAS NUMA CIDADE,
PEQUENA DEMAIS PARA ENXERGAR,
A REAL BELEZA QUE HAVIA,
NA ALMA DAS MENINAS.


SEM DAREM IMPORTÂNCIA À APARÊNCIA.
ATÉ SE REBELAVAM.
VESTINDO O QUE QUERIAM,
FAZENDO ÀQUILO QUE GOSTAVAM.
RIAM, CANTAVAM, DANÇAVAM,
APAIXONAVAM-SE, ENGANAVAM-SE...
E TODA GENTE OLHAVA,
E SEM PENSAR FALAVA.


NÃO ERAM TÃO CHEGADAS.
APENAS CONHECIDAS.
ENTRETANTO, MUITO ÍNTIMAS,
POR SEREM MOTIVO DAS MESMAS FALAS.
DE UMA CIDADE LINDA,
E CHEIA DE IDAS E VINDAS.


HOJE SÃO AMIGAS DE VERDADE,
SEM MORAR NA MESMA CIDADE.
ESTÃO MAIS JUNTAS QUE ANTES.
DIVERTINDO-SE COM AS LEMBRANÇAS,
DE UMA ÉPOCA VIVIDA COM MUITA LEVEZA,
AUTENTICIDADE, DIGNIDADE,
SENSIBILIDADE, ALEGRIA,
COM NOBREZA DE CARÁTER.
E ISTO TUDO É REALIDADE!

segunda-feira, março 26, 2007

SÓ ARDOR



SÓ ARDOR


PROMETI PARA UMA AMIGA,
COMPOR UMA POESIA.
NÃO UMA POESIA QUALQUER.
UMA POESIA BEM PICANTE,
DAQUELAS DE ARREPIAR,
DE DEIXAR ÁGUA NA BOCA,
OU PRECISANDO DELA...
QUE DEIXASSE LÁGRIMAS NOS OLHOS,
E MUITA VONTADE DE CORRER MUNDO A FORA,
PENSANDO ATÉ QUE IRIA MORRER.


FOI QUANDO LEMBREI DE UMA OCASIÃO,
QUE TUDO ISTO ME ACONTECEU.
DEIXANDO-ME ALUCINADA,
SEM RUMO, SEM PRUMO,
SEM SABER PARA ONDE IR,
E NEM MUITO MENOS O QUE FAZER...


TUDO ACONTECEU NA BAHIA.
E A BAHIA TEM ENCANTOS,
CHEIOS DE MÁGIA,
QUE LHE CONTAGIA,
E SE VOCÊ NÃO TIVER,
MUITO CUIDADO,
PODE ATÉ SOFRER,
FULMINANTE CARDIOPATIA...


POIS NÃO É QUE,
NA LAGOA DO ABAETÉ,
CAI NA ASNEIRA DE PEDIR,
A UMA LINDA BAHIANA,
UM ACARAJÉ BEM CAPRICHADO!


ELA OLHOU-ME FACEIRA, TODA COQUETE...
E MUITO MATREIRA PERGUNTOU:
QUENTE OU FRIO?
E EU NA MINHA VIRGINAL INOCÊNCIA,
DAS COISAS DA BAHIA DE TODOS OS SANTOS...
E NELES CONFIANDO,
RESPONDI-LHE PRONTAMENTE:
EU QUERO É BEM QUENTE!
ELA RINDO ME RESPONDEU:
É PRÁ JÁ E VÊ SE AGUENTA,
PERNAMBUCANA RETADA!
AH! BAHIANA DANADA!






sábado, março 24, 2007

RESTO DE MIM


RESTO DE MIM



RESTA ESPERANÇA NA SOBRA DE MIM...
CAMINHO ANDADO,
NÃO É CAMINHO PERDIDO!
MESMO QUE EM CÍRCULO FECHADO,
SÓ TORNA O ENCONTRO ADIADO...



JAMAIS SERÁ EXCLUÍDO!
PODE SER MUITO SOFRIDO,
MAS NÃO SERÁ ESQUECIDO,
MESMO QUE,
NUNCA EXPERIMENTADO...


RESTA SAUDADE NA SAUDADE DE MIM...
DE MIM QUE NÃO SEI ONDE FICOU,
ENTRETANTO, EM NENHUMA PARADA,
PARADA FIQUEI...


SE RELUTEI, SÓ GANHEI!
SE ME ENGANEI,
CHOREI, SOFRI E NÃO MORRI...
APENAS VIVI!



AGORA NÃO RESTA NADA,
NO RESTO DE MIM?!
MAS ME VEJO ERGUIDA.
ALTIVA E PRONTA PARA IR!
SEM SENTIR MEDO ALGUM,
DO ENCONTRO DE MIM...


E SE PRECISO FOR,
ATÉ VOAREI AINDA MAIS ALTO!
POR LUGARES NUNCA VISTOS,
E NEM IMAGINADOS.
PARA QUE DE FATO,
EU TENHA CERTEZA,
QUE DE NADA PRECISO!


POIS A FELICIDADE,
COM CERTEZA EXISTE!
ESTÁ BEM AQUI!
ESTE AQUI...
BEM DENTRO DE MIM.


sexta-feira, março 16, 2007

TRÊS OU QUATRO


TRÊS OU QUATRO

O RETRATO NA PAREDE DO MEU QUARTO.
É MEU E NÃO PARECE COMIGO.
NÃO SEI BEM COMO ME VIA,
MAS DIRIA QUE AQUELA NÃO SOU EU.
EU QUE AGORA ESTOU AQUI...
E A QUE VEJO NO ESPELHO,
É DIFERENTE DE MIM.
ASSIM JÁ SOMOS TRÊS.
ISTO NÃO PARECE TÃO RUIM!


NÃO FALO DO ASPECTO,
TRANSFORMADO PELO TEMPO.
- PARECE ATÉ NÃO TER PASSADO!
E SE PASSOU NÃO FICOU LÁ.
SEMPRE TRAGO COMIGO,
AONDE QUER QUE EU VÁ!


NO FUTURO SEREI BEM MAIS...
ATÉ AGORA SOU TRÊS.
E, SE CONTAR COM A SOMBRA,
REFLETIDA PELA LUZ,
ACÊSA DO MEU QUARTO;
SOU QUATRO!
MAS SE DESLIGO,
LOGO DESAPARECE.
- NÃO ME ABALO!


E NO EMBALO DA PENUMBRA,
REFLETIDA PELA LUZ DA LUA,
ILUMINADA POR CADA ESTRELA DO CÉU,
ESPERANDO ADORMECER...
TODAS DESAPARECEM!
LOGO VEJO A ÚNICA,
QUE EXISTE DE VERDADE,
E QUE É GUARDADA DENTRO DE MIM...
DAÍ AGRADEÇO A DEUS,
POR SER ASSIM.

domingo, março 11, 2007

CHEIRO DE MINHA TERRA




CHEIRO DE MINHA TERRA


GOSTO DE SENTIR O CHEIRO DAS COISAS!
ATRAVÉS DELE, APRENDO MUITO...
DE MINHA VARANDA, SINTO O CHEIRO DO MAR,
E SEMPRE SEI COMO ELE ESTÁ;
SE CALMO, REVOLTO, LIMPO, OU COM SARGAÇO,
E, SE ELE ESTIVER ESTRAGADO,
FICO PREOCUPADA COM O SEU RETORNO AO MAR.

AO REGAR A JARDINEIRA DE MINHA JANELA,
PELO CHEIRO DA HORTELÃ,
SINTO SUA GRATIDÃO...
E, OLHANDO PARA ELA,
VEJO COMO FICA MAIS VERDE E BELA!

ISTO ME DEIXA
CHEIA DE SATISFAÇÃO.
ENTRETANTO,
ÀS VEZES ME PREOCUPA,
SE A QUANTIDADE DE ÁGUA FOI CERTA...

GOSTO DO CHEIRO DE MINHA CASA...
ELE É TÃO PECULIAR!
QUE ME DEIXA A PERGUNTAR;
SE O CHEIRO É MEU OU DELA...
POIS SEMPRE ME ACOMPANHA,
AONDE EU FOR MORAR!

OS CHEIROS SÃO DIVERSOS,
ALGUNS MUITO MATREIROS...
FEITOS PARA ORIENTAR...
DESORIENTAR...
ESTIMULAR...
OU SIMPLESMENTE PERFUMAR.
ALGUNS, QUANDO MISTURADOS,
TEMOS QUE TER MUITO CUIDADO...
PARA NÃO ENDOIDAR!

ELES FICAM,
DE ALGUMA FORMA,
BEM GUARDADOS...
E SÃO SEMPRE SENTIDOS,
QUANDO LEMBRADOS!

UNS ATÉ FAZEM CHORAR,
OUTROS ALEGRAM... ACALENTAM...
FAZENDO A SAUDADE ACALMAR,
E ASSIM VOLTAM A INEBRIAR!

HOJE ESTOU INEBRIADA,
PELO CHEIRO DE MINHA TERRA,
EM NOITES DE INVERNO,
QUANDO TUDO CHEIRA,
A BEM-QUERER,
DE SE SABER ESTAR...

sexta-feira, março 09, 2007

VALENTE MULHER



VALENTE MULHER


ONTEM OITO DE MARÇO,
DIA INTERNACIONAL DA MULHER,
MANTIVE-ME RECLUSA... ASSIM;
COMO SEMPRE FAÇO... ÀS VEZES.
PARA AVALIAR E SENTIR,
COM TODA INTENSIDADE,
O PODER QUE HÁ EM MIM.


RECEBI MUITAS MENSAGENS,
LI TODAS COM MUITO CARINHO E ATENÇÃO.
CADA UMA MAIS BELA QUE A OUTRA.
POR TODAS, SOU ETERNAMENTE GRATA,
E FICARÃO BEM GUARDADAS,
PRA SEMPRE NO MEU CORAÇÃO.


CORAÇÃO DE MULHER,
QUE CHORA E RIR...
DE ALEGRIA, TRISTEZA OU SAUDADE...
SEM NENHUMA VERGONHA,
OU CONSTRANGIMENTO.
SEM ESCOLHER LUGAR E NEM MOMENTO.
UM CORAÇÃO SEMPRE MUITO APAIXONADO,
E GRATO POR CADA BATIDA DELE VINDA,
QUE ME FAZ SEMPRE VIBRAR AO RITMO DA VIDA.


VIDA CONSTANTEMENTE MUDADA...
IGUAL AS ESTAÇÕES!
FEITA DE TEMPESTADES...
DE MAR... DE FOGO... DE VENTO...
FAZENDO INVERNO,
TRAZENDO INFERNO...
FAZENDO VERÃO,
PRIMAVERA E OUTONO,
O QUAL CHEGA SEMPRE TONTO,
E NEM SEMPRE TRAZ PERDÃO...


POR FORA A FORÇA É FRACA.
PRÓPRIA DA NATUREZA...
INCOMPREENSÍVEL,
E, MUITAS VEZES, INGRATA...
MAS... PARA QUEM TEM FÉ;
NADA ACABA!
APENAS SE MODIFICA...
E ISTO NÃO ASSUSTA,
NEM MUITO MENOS MATA...
NENHUMA VALENTE MULHER!

domingo, março 04, 2007

TARDE DE DOMINGO


TARDES DE DOMINGO



O AZUL SEMPRE ME LEMBRA O CÉU.
NÃO É QUALQUER CÉU!!
É O CÉU DO LUGAR DE ONDE VIM...
LÁ, EM TARDES QUENTES DE VERÃO,
DEITAVA NO QUINTAL DE CASA,
E FICAVA A OLHAR OS BELOS QUADROS,
DA MAIS PURA E BELA ARTE,
QUE COMO MÁGICA,
FICAVAM A SE FORMAR,
NUM CÉU AZUL QUASE ANIL...


CÁ DE BAIXO EU IMAGINAVA,
O PORQUÊ DO PINTOR,
QUE NÃO SE VIA A OLHO NU,
SER TÃO INDECISO NAS ESCOLHAS,
DE SEUS BELOS QUADROS.
MAL TERMINAVA UM,
JÁ SE NOTAVA OUTRO,
EM SEU LUGAR...


CONSEGUIA PINTAR VÁRIAS TELAS,
QUE SE TRANSFORMAVAM NUM PISCAR.
APENAS COM UMA COR DE TINTA QUE IA BUSCAR,
NAS BRANCAS E IMACULADAS NUVENS,
QUE LHE SERVIAM DE MATÉRIA PRIMA,
PARA NOS PRESENTEAR,
NAS TARDES DE DOMINGO,
COM VERDADEIRAS OBRAS-PRIMAS!


LOGO ANOITECIA...
E O PINTOR IA DEITAR.
ERA DIFÍCIL PARA MIM,
DALI LEVANTAR.
POIS OS RESPINGOS DE SUA TINTA,
QUE CHAMAMOS DE ESTRELAS,
LÁ FICAVAM A BRILHAR...


EU QUERIA TANTO QUE UMA CAÍSSE...
PARA QUE EU PUDESSE PEGAR!
E COMO ISTO NÃO ACONTECIA,
FICAVA ALI A SONHAR.
HOJE TENHO DUAS LINDAS ESTRELAS,
NOS OLHOS DE MINHA FILHA
QUE SEMPRE ESTÃO A BRILHAR.

sábado, março 03, 2007

KARLA E WAGNER


KARLA E WAGNER



COM PUREZA,
BELEZA,
CHARME E ELEGÂNCIA...
MÚSICA SUAVE,
EM PERFEITA HARMONIA...
ÀS VINTE E UMA HORAS,
DE UMA SEXTA-FEIRA,
DO DIA DOIS DE MARÇO,
DO ANO DE DOIS MIL E SETE,
NA BELA CIDADE DE OLINDA,
CASAVA WAGNER E KARLA,
SOBRINHA, TAMBÉM, MINHA.


DO SEU BUQUÊ DE PERFUMADOS LÍRIOS,
DOIS RESOLVERAM SE DESGARRAR,
E AOS PÉS DOS NOIVOS CAÍRAM,
COMO A QUERER OS LEVANTAR,
PARA QUE, LITERALMENTE, FLUTUASSEM,
NO SONHO QUE ALÍ ESTAVAM A REALIZAR...


PADRE CULTO E MODERNO,
UM VERDADEIRO POETA.
ENTENDEU O CAPRICHO DOS LÍRIOS,
E, NA EMBRIAGUEZ DE SEUS PERFUMES,
DEIXOU O PROTOCOLO DE LADO,
E RESOLVEU IMPROVISAR.
FAZENDO DO CASAMENTO,
UM VERDADEIRO POEMA,
DE AMOR, ESPERANÇA E VIDA,
MUITA VIDA QUE AINDA HÁ DE CHEGAR...


NUNCA SE VIU CASAMENTO ASSIM,
COM LÍRIOS SAINDO DOS CAMPOS,
PARA ABENÇOAR,
UM JOVEM E BELO CASAL.
E APÓS O CUMPRIMENTO DA MISSÃO,
RESOLVERAM IR PARAR,
NAS MÃOS DE YAUANNA,
PARA ALÍ, ACONCHEGADOS,
ESPERAREM À PRÓXIMA UNIÃO.
COM MUITO AMOR E EMOÇÃO.



quarta-feira, fevereiro 21, 2007

VEJO AMOR


VEJO O AMOR


VEJO O AMOR TODOS OS DIAS,
AO OLHAR À MINHA FILHA.
E COMO ELE É LINDO!
LINDO QUE NEM ELA,
NA SUA BELEZA MAIS PURA...GENUÍNA...
E, AINDA DE MENINA...

OLHANDO PARA ELA PENSO:
O QUE PENSARÁ ELA?
QUAIS SERÃO SEUS SONHOS?
DEVEM SER BELOS, QUE NEM ELA!

E SEUS ANSEIOS MAIS INTIMOS?
COM CERTEZA, SÃO BEM LÓGICOS.
E OUTROS, NÃO!
PRÓPRIOS DA IDADE.

E OS ENGANOS... DESENGANOS...
DESENCANTOS...
QUE, PORVENTURA, A VIDA LHE TROUXER
E TRARÁ!
NÃO SERÃO SÓ SEUS! SERÃO TAMBÉM MEUS.

E MESMO QUE EU NÃO ESTEJA MAIS AQUI...
ESTAREI TORCENDO POR ELA.
QUE É VALENTE E GUERREIRA...
SABE GANHAR, OU PERDER, QUALQUER GUERRA...

COM DIGNIDADE, INTELIGÊNCIA,
RESPONSABILIDADE, SENSIBILIDADE,
HONESTIDADE, INTEGRIDADE,
E MUITA HONRADEZ.
AFINAL, ELA NÃO É O MEU PRESENTE DE DEUS?

domingo, fevereiro 18, 2007

UMA AVENIDA SÓ MINHA





UMA AVENIDA SÓ MINHA

SE EU HOJE TIVESSE VINTE ANOS,
IRIA, IMEDIATAMENTE,
COMPRAR A MAIS LINDA FANTASIA...
E PELAS RUAS SAIRIA,
A PROCURA DE MUITA ALEGRIA,
MUITA EMOÇÃO,
E, COM CERTEZA, ENCONTRARIA!

QUALQUER BATUQUE SERVIRIA,
PARA ALEGRAR MEU CORAÇÃO.
SERIA SAMBA NO PÉ,
FREVO COMO CANÇÃO,
ESPERANÇA EM TOTAL AÇÃO.

NÃO ME IMPORTARIA SE CHOVESSE,
FIZESSE FRIO OU CALOR.
NADA ESTRAGARIA
MINHA INTENSA EUFORIA.
FOSSE NAS RUAS DO RECIFE,
NAS LADEIRAS DE OLINDA,
OU NO MAR DA ALEGRIA,
DAS LADEIRAS DA BAHIA...

EM ESCOLAS DE SAMBA,
EU NÃO SAIRIA...
O TEMPO É MARCADO,
LIMITADO...
NÃO DARIA PARA MOSTRAR,
TODA A BELEZA DA MINHA ALEGRIA.
E DE REGRAS, LIMITES...
ESTOU CHEIA,
E, COM CERTEZA,
IRIA PREFERIR SER GARI
PARA, NO FINAL DA FOLIA,
NA LIMPEZA DA ALEGRIA,
FAZER O MEU CARNAVAL,
COM MUITA MAESTRIA.
AH! EU PEGARIA
AQUELA VASSOURA,
E COMO LOUCA
VARRERIA TODA TRISTEZA,
QUE PORVENTURA,
HOUVESSE PASSADO POR ALI...

ENTÃO DANÇARIA,
PULARIA,
SAMBARIA...
VOARIA FEITO PÁSSARO...
FADA...FEITICEIRA...
OU BRUXA-MADRINHA,
DA MINHA PRÓPRIA BATERIA.

E, POR TODA AVENIDA,
NAQUELE MOMENTO SÓ MINHA,
O MAIS LINDO
E ENCANTADO CARNAVAL,
EU TERIA!

sábado, fevereiro 17, 2007

CARNAVAL POR DENTRO




CARNAVAL POR DENTRO

HOJE NÃO DEIXE A TRISTEZA,
TOMAR CONTA DE VOCÊ.
SÓ DEIXE ENTRAR E SAIR DE VOCÊ,
MUITA ALEGRIA...
MESMO QUE SEJA,
EM FORMA DE ALEGORIA...
NÃO IMPORTA A MANEIRA DELA SER.
AFINAL, COMEÇA HOJE O CARNAVAL,
E NADA PODE SER IGUAL!

VISTA QUALQUER FANTASIA,
SE MOVIMENTE SEM PARAR,
E COM TODA HARMONIA
NO RITMO QUE LHE CHEGAR...
NÃO SE FAÇA DE ROGADA,
NEM MUITO MENOS ENVERGONHADA,
QUE VERGONHA HÁ NO ATO DE BRINCAR?

SEJA VOCÊ:
MAGRA OU GORDA,
VELHA OU MOÇA,
FEIA OU BONITA,
POBRE OU RICA,
SOLTEIRA OU CASADA,
OU TICO-TICO NO FUBÁ...
QUE MAL HÁ,
EM VOCÊ QUERER BRINCAR?

OUÇA O RUFAR DOS TAMBORES,
É O GRITO DE LARGADA!
A HORA É CHEGADA,
NÃO FIQUE AÍ PARADA,
CAIA NA FOLIA,
SEM PENSAR EM NADA!

BRINQUE MESMO PRA VALER,
UM CARNAVAL ESCANCARADO,
ALEGRE, COLORIDO E RITMADO
MESMO QUE ELE SEJA,
APENAS, DENTRO DE VOCÊ!


quarta-feira, fevereiro 14, 2007

QUERER NÃO É PODER


QUERER NÃO É PODER


ONTEM ESTAVA PESADA,
TRISTE E REVOLTADA,
CALADA E COM VONTADE DE CORRER,
CORRER PELO MUNDO A FORA,
SEM DESTINO,
SEM HORA,
SEM DIA DE VOLTAR,
E SEM SENTIR A SAUDADE,
QUE SINTO AGORA...

SAUDADE DAQUELAS DÚVIDAS,
DA ADOLESCENTE QUE FUI UM DIA.
SAUDADES DO PRIMEIRO BEIJO,
ROUBADO AO LUAR DE UMA NOITE FRIA...
SAUDADES ATÉ DAS ILUSÕES PERDIDAS,
NUNCA VIVIDAS E NEM REPARTIDAS.

HOJE ESTOU LEVE NA ALMA,
NA MESMA ALMA,
QUE LEVAVA ONTEM,
O PESO PESADO DO MEDO...
DO MEDO DO INCERTO,
DAQUELE INCERTO,
QUE, QUANDO CHEGA,
TOMA-NOS POR COMPLETO,
SE APOSSANDO DE NÓS,
COM JEITO DE NÃO QUERER,
LARGAR NUNCA MAIS.

AMANHÃ NÃO SEI COMO ESTAREI...
TALVEZ TRISTE,
TALVEZ NÃO SEI...
NÃO SEI POR NÃO SABER O QUE QUERER,
E SIM PELO SIMPLES FATO DE SABER,
O QUE QUERER E NÃO PODER.

QUERIA UM MUNDO MAIS JUSTO E IGUAL,
QUERIA O PLANETA AZUL,
E MAIS NATURAL.
QUERIA MUITO POUCO,
APENAS
A PAZ MUNDIAL!


segunda-feira, fevereiro 12, 2007

VIVER NA MATA




VIVER NA MATA


HOMENAGEM AO PEQUENO JOÃO HÉLIO


NÃO DÁ MAIS PARA SENTIR ALEGRIA,
NÃO DÁ MAIS PARA SE TER ESPERANÇA,
NÃO DÁ MAIS PARA SE TER TOLERÂNCIA,
NÃO DÁ MAIS PARA SE VIVER ASSIM!
SÓ MESMO NA IGNORÂNCIA...

IGNORÂNCIA
NO MAIS COMPLETO SIGNIFICADO DA PALAVRA.
E, PARA SE TER DÁDIVA TÃO GRANDE,
SÓ MESMO VIVENDO,
NA MAIS EMBRENHADA E DISTANTE MATA.
ONDE NÃO SE SAIBA NADA
E SE VIVA NUMA CONDIÇÃO SANTA.

SANTA E ABENÇOADA,
POR NÃO SE SABER DE NADA.
QUE NÃO ENCANTA...
MAIS QUE NÃO DESENCANTA...
NEM MUITO MENOS MATA.
QUEM SABE, DESTA FORMA,
NÃO SE TENHAM NOTÍCIAS TÃO MEDONHAS,
TÃO INEXPLICÁVEIS E INSANAS!

ACREDITAR QUE ALGO VAI MUDAR,
É LEDO ENGANO.
O QUE PODERÁ ACONTECER,
É A VIDA ANOITECER,
DE FORMA TÃO ESCURA,
QUE NINGUÉM MAIS PODERÁ VER...

LAMENTAR?
NÃO AJUDARÁ.
VOLTAR,
PARA TUDO NOVAMENTE ACONTECER?
NÃO!
POR FAVOR ME DEIXA LÁ.
NÃO QUERO NUNCA MAIS,
DESTE CÁLICE PROVAR.


***********************************



FATO OCORRIDO NA ÚLTIMA QUARTA-FEIRA NO RIO DE JANEIRO-RJ

QUE ESTARRECEU A TODOS NÓS


"Roubo de carro na zona norte do Rio de Janeiro terminou com a morte bárbara de um menino de 6 anos, arrastado e dilacerado por 14 ruas, do bairro de Oswaldo Cruz. Poças de sangue e pedaços de massa encefálica foram recolhidos em diversos pontos do trajeto de sete quilômetros percorrido pelos ladrões, que levaram João Hélio Fernandes Vieites, preso pelo cinto segurança, do lado de fora do carro."






sábado, fevereiro 10, 2007

PRECISO DE FANTASIA


PRECISO DE FANTASIA


ESTÁ CHEGANDO O CARNAVAL,
SERÁ QUE VOU PRECISAR DE FANTASIA?
QUE TAL ODALISCA, CIGANA,
BAILARINA OU COLOMBINA?
HUM... NÃO SEI...
A DÚVIDA É MESMO CRUEL!
NÃO PRECISA SER BONITA,
E SIM FENOMENAL!

QUE NELA NÃO CAIBA DESENGANO,
TRISTEZA OU DECEPÇÃO.
QUE TRAGA DE DETALHE,
UM MÍNIMO DE VERDADE, ALEGRIA,
PUREZA E EMOÇÃO.

EMOÇÃO QUE SAIBA CHEGAR
DEVAGARZINHO, PARA NÃO ASSUSTAR.
E ASSIM PERMANECER E SE PERPETUAR,
SEM RISCO DE FERIR OU MATAR,
UMA FOLIÃ DESPREPARADA,
POR NÃO TER TIDO TEMPO,
E NEM OPORTUNIDADE DE BRINCAR...

BRINCAR DE VERDADE,
SEM PREOCUPAÇÃO, CULPA OU SAUDADE.
APENAS COM MUITA VONTADE DE PULAR, OUSAR,
E SE ENCANTAR...
POR ALGO QUE AINDA,
QUEM SABE,
NÃO PODERÁ CHEGAR?

O CARNAVAL É ASSIM...
SEMPRE TRÁS SONHOS E PLANOS,
PARA SE FUGIR DA REALIDADE.
E, ASSIM, SE TER UM POUCO DE TOTAL FELICIDADE.
MESMO QUE NUNCA MAIS SE POSSA,
SER OUTRA VEZ FELIZ DE VERDADE.
E ISSO IMPORTA?