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sábado, julho 28, 2007

COR QUE O VELUDO NÃO TEM



Cor que o veludo não tem
De: Ysolda Cabral


A tarde está silenciosa e fria.
Chove e minha jardineira de hortelã,
Verde, bonita e cheirosa,
Adora.

Olho para ela daqui,
Sinto que ela me olha de lá.
E me faz um carinho,
Mandando-me um cheiro gostoso,
Misturado de terra, chuva e do mar.

Seu verde é da cor da esperança.
Suas folhas aveludadas,
Lembram-me quando em criança,
Vestia-me do mais lindo veludo,
Fosse ele de qualquer cor.
Só não podia ter cor de lembrança.

Lembrar às vezes é até bom...
Coisas boas, leves, engraçadas e soltas.
Só não gosto de lembrar,
De coisas tristes.
Pois é perda de tempo
Que nos fazem sofrer a toa.

Lá fora continua chovendo.
Os cheiros se misturam,
A cor do dia também.
Meu coração chora...
E se continuar assim,
Vou é parar muito além...

Portanto mando agora,
A tristeza embora,
Para bem longe de mim.
Fui feita de alegria,
De amor e harmonia...
Não agüento mais,
Nenhuma agonia.
Só assim, ficarei bem.




quarta-feira, julho 18, 2007

Y A U A N N A




Hoje é Seu Aniversário!


Já lhe dediquei tantas poesias!
Todas tão insignificantes...
Até mesmo muito bobas,
Diante do poema vivo;
Que para mim é você.

Hoje, mais um aniversário,
Mais um ano de muita felicidade,
Principalmente;
Porque tenho você.

Dizer-lhe que é meu presente de Deus;
Você já sabe.
Dizer-lhe que seja feliz sempre;
É bobagem...


Mas, dizer-lhe que amo você;
Independente de tempo...
De lugar e em qualquer condição;
É relevante e verdade.

Feliz aniversário filha linda!
Que você comemore sempre esta data,
Lembrando-se de agradecer,
O presente maior que Ele lhe deu:
A VIDA.

PS. Seu pai, antes de sair para o trabalho,

Deixou-lhe um lindo buquê de botões de rosas,

Para, juntar-se a você . :)




quinta-feira, julho 12, 2007

JARRO SEM FLOR






Jarro sem Flor
De: Ysolda Cabral

Ando tão triste comigo mesma,
Que nem percebo o tempo passar.
Ele passa tão rápido,
Deixando em mim sua marca,
Só para se mostrar.

Tempo mostrado...
É mesmo tempo temperado,
De passado marcado,
Por momentos vagos,
Não muito claros,
Que nos deixa vazios,
Como um jarro sem flor.
- Nossa que horror!

O tempo não pára,
Não perdoa,
E nem consola.
Apenas ameniza,
Uma ou outra dor.

Penso que sou sua dona,
Mesmo sabendo que não sou.
Resolvo então lutar,
Não me entregando,
A sua força e vontade,
Só para me consolar.

E me consolando,
Vivo a viver e a penar.
E deste jeito,
Não vale a pena sonhar.
Mas o surpreendente é que sonho,
Pois não consigo parar.


O tempo pode deixar,
Em mim suas marcas...
Mas, os meus sonhos,
Ele jamais marcará!




quarta-feira, julho 04, 2007

INÁRA CABRAL


INÁRA

Inára é como água cristalina.
Pura, bela, clara e calma,
Como um regato,
Da floresta mais encantada,
Que possa existir nos contos de Fada.

Ela é uma irmã completa.
Um favo de mel!
Sempre presente na vida de todos nós.
Entretanto, se preocupa demais.
E fica braba quando digo:
Pára Inára e viva mais!

Passa o dia,
Passa a noite,
Passa o tempo...
E ela não olha para trás,
E nem se importa,
Só pensa em nós!

É um Anjo de Guarda,
Com muita serventia.
Achar isto certo,
É mesmo egoísmo e covardia!

Por isto lhe peço,
Irmã caçula e muito amada,
Se esqueça um pouco de nós,
Continue o Anjo que é,
Mas sem muita serventia.

Coloque o seu vestido mais bonito,
O seu perfume preferido,
E vá comemorar,
Seu aniversário,
Com muita alegria.

terça-feira, julho 03, 2007

GOSTO DO FRIO


Gosto do Frio
De: Ysolda Cabral


Ah, adoro o frio!
Entretanto, um frio leve,
Que me leve aonde eu for,
Com muita disposição e amor.


Que me deixe bonita,
De bochecha rosada,
Sem precisar de nada.

Que eu possa vestir,
Roupas quentes
E bem confortáveis.
Para andar pelas ruas,
De vilas e cidades...

Um frio gostoso,
Que traga ao corpo,
Um arrepio feliz.
E bem agasalhado,
Afaste até mal olhado,
De qualquer infeliz.

Infeliz que não sabe,
Sentir coisas boas,
E tenta nos deixar,
Como ele pensa e diz:

Que não somos iguais,
Que queremos ser mais,
Que nos sentimos os tais;
Quando tentamos apenas,
Ser feliz e ter paz...


domingo, julho 01, 2007

NADA SEI




Nada Sei
De: Ysolda Cabral

Olho à minha volta e o que vejo,
São formas sem sentido,
E logo esqueço.
Parece que estou noutro lugar,
Onde só há beleza,
E nenhuma certeza.

Certeza de onde estou,
Do que sou,
Pra onde vou,
Como vou,
E se realmente sou...

Sei que sou de paz,
Não sou de guerra.
Sou da alegria,
Não da tristeza.
Disto estou certa.

Sou do canto,
E me encanto,
No meu canto,
Quando canto.

Os meus sentidos,
Só emito,
Quando sinto,
Que serão por mim,
Ouvidos...

Só sei se é certo,
O que é certo,
Quando erro.
E isto não acontece,
Quando quero.

Ah, como meu querer é incerto!