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quarta-feira, agosto 29, 2007

INCOERÊNCIA











Poesia composta aos 23 ( acabei de encontrar o original com a data de 19/03/1977 )







INCOERÊNCIA
De: Ysolda Cabral

O ídolo cai,
O homem aparece,
O poeta se impõe.
Alegria, euforia, tristeza...

Surpresa,
Impacto,
Curiosidade,
Felicidade!
Remorso,
Ou decepção?

Sentimento de culpa...

Vontade de ficar perto,
De não estar,
De estar longe,
De não ficar...
De conter a fera,
De não conter...
De não contar,
Para não mostrar...
Vontade de viver,
Viver o quê e pra quê?

Sentir, sonhar, flutuar...
Pés no chão cansados,
Sofridos, magoados;
Má interpretação,
Simulação,
Saudades,
Insanidade,
Ou inspiração?

Solidão...

Descoberta,
Constatação,
Descrença é a justificação?

Medo da quietação
Respiração parada
Coração disparado
Mentes e corpos,
Inflamados e acelerados;
Representação?

Carência...

Uma lágrima apenas...
Tudo desaparece,
A calma se faz...
Silêncio!
Esquecimento,
Indiferença é PAZ?






PS - Por dentro não mudei e isto é incoerente.



sábado, agosto 25, 2007

AMOR DE SOBRA


AMOR DE SOBRA
De: Ysolda Cabral

Hoje as asas do meu coração
Foram irremediavelmente quebradas.
Não poderei mais voar...
Também não poderei mais cair...
Também não poderei mais chorar...
Talvez... Louca que sou,
Poderei ainda sorrir.
Sorrir de sorriso puro,
Como puro é meu coração
Mesmo quebrado, dilacerado,
Triste e inconformado
Com os desencontros de encantos
Que a vida promete,
Mas não dá.
Paro e penso: se meu coração tem asas quebradas;
Porém minha cabeça está louca para voar
O que me impede de ir rumo a algum lugar
Onde minha tristeza será curada,
Minha alegria restaurada
E as asas do meu coração
Quem sabe...
Não venham a cicatrizar?
Alguém pode pensar: é mal de amor...
- Não é isto não Senhor!
Amor tenho de sobra para dar.
A questão é que,
Hoje poucos querem saber
De amizade sincera,
Sentimento verdadeiro
E Fé.

domingo, agosto 19, 2007

ELA É UM ROUXINOL

DILÇA E ALÍRIO CABRAL
NOSSOS PAIS QUANDO NAMORADOS




ELA É UM ROUXINOL
De: Ysolda Cabral


Hoje é um dia especial
E muito cheio de alegria.
Não cabe tristeza, dor, agonia...
Saudade e nem melancolia.

Hoje só lembranças bonitas.
E se houver saudades...
Serão de coisas boas
E muito fáceis de recordar;
Revivendo cada uma delas...

Terraço de casa em festa...
Violão... Bandolim...
Muita conversa em prosa,
Rimas ricas e engraçadas
E em tudo só beleza e harmonia.

E através do raro,
E belo canto de nossa Rouxinol
Que, nos acaricia
E ainda cuida de nós,
Suas crias,
Geradas na semente de sua sabedoria.
Somos todos uma só energia.

Quando lhe digo:
Você é minha mãe preferida.
Você fica toda faceira!
Sua face serena e bela sorrir,
E com jeito, ainda de menina,
Olha para mim e pergunta:
E você tem outra mãe, minha filha?!

Parabéns, mamãe, pelo seu aniversário,
Que Deus nos conceda a graça de tê-la
Por muitos anos mais.
E, quando apagar a velinha do bolo,
Feche os olhos e peça a Ele:
Outros tantos mais!

Amamos você do fundo do coração.
Seus,
Inára, Íris, Ilo, Ysolda e Yara ( filhos )
Ytana, Humberto,Yrama e Yauanna ( netos )
Ylana ( bisneta chegando)
Ângela ( nora ) Ângela Arruda ( sempre amiga )
Benjamin Cavalcanti, Humberto Siqueira ( Genros)
Rodrigo Fernandes ( pai de Ylana )

PS. Papai, ainda compondo para você belas canções de amor, diz:
Dilça, vamos caminhar juntos e de mãos dadas sempre.


quinta-feira, agosto 16, 2007

ENFERMARIA E SONHOS





Enfermaria e Sonhos
De: Ysolda Cabral


Cá estou novamente,
Não no mesmo lugar,
Mas na mesma situação...
De agonia, de ironia,
E de espera,
Daquilo que é muito
Ruim esperar.

Escuto pranto,
Risos e muitas falas...
E nas paredes falsas,
Muitos toques.
Entre eles o silêncio,
Tentando se fazer notar.

É preciso que ele aconteça,
Para se refletir e melhorar.
E assim a esperança,
De tudo que se sabe,
Impossível alcançar,
Talvez só por um instante,
Venha a nos socorrer e aliviar...

Do meu canto,
Inconfortável e franco,
Tento me encostar
Nos meus sonhos,
Cada vez mais raros
E difíceis de sonhar.


domingo, agosto 05, 2007

SEM COMPARAÇÃO


Sem Comparação
De: Ysolda Cabral


Gosto de tudo que é belo
E em tudo há seu toque
Não compare
Apenas sinta
A verdade

Feche os olhos
Bem suavemente
E não lamente nunca
O que sente

A música é sublime
O amor não reprime
A saudade não mente
E você que agüente

Agüente até não mais puder
Logo algo acontecerá
E você perceberá
Aonde você está
E com certeza entenderá
Todo o porquê

Não tema
Não ceda
Não venha a entontecer
Tentando-se enganar
Pois isto jamais acontecerá

Irei até o fim
Pensando ser assim
Que a vida não é só isto
Que vivemos
Que vemos
Que sentimos
É muito mais,
Enfim.