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sexta-feira, janeiro 25, 2008

APENAS CORAÇÃO



APENAS CORAÇÃO
De: Ysolda Cabral


Começo a entender a vida de forma diferente.
Julgar é mesmo uma grande asneira,
Pois ninguém sabe o que há no coração
Nem do mais achegado amigo,
Mesmo que ele seja,
Muito bonito e sorridente.

Pode ser que haja muita alegria e inocência...
Um coração puro de verdade,
Dentro de um peito ardendo de desejo
Para viver uma vida plena...
Assim: como se a vida fosse feita
De uma só existência.

O coração pode ser ...
Branco, preto, velho, moço,
Ou mais ou menos...
Todos têm um coração batendo
Dentro do peito.
Resta saber do quê ele é feito
Para se saber se tem algum jeito.

Nem sempre jeito se pode dar...
Mas, se o coração for bom de fato,
Valente e muito guerreiro...
Pode ele próprio encontrar um jeito
De continuar seu tum... tum...
Mesmo que na terra,
A sete, ou quatro palmos de chão,
Esteja sepultado o seu peito.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

ATÉ BREVE MAMÃE




MARIA DILÇA LIRA CABRAL
* 19/08/1933 + 1
4/01/2008

Nosso Rouxinol se calou,
Às 18:h25, da última 2ª feira.
Na hora choveu...
Ela adorava a chuva.
Calou-se aos poucos e bem suavemente.
Mesmo com muita dor e sofrimento,
Não se lamentou nem por um momento.

Seu canto não será mais ouvido.
Contudo, em nossa lembrança,
Jamais será esquecido...
Nem seu canto,
Nem seus sábios ensinamentos.

Com o olhar nos dizia
Tudo o que queria,
O que sentia,
E até nos repreendia.
Não precisávamos falar nada para ela
Pois ela sabia tudo da gente.
Enganar-lhe?
Seria impossível!

De beleza genuína e sempre natural.
Seu perfume era bom demais de cheirar,
Lembrava o perfume
Da mais bela e perfumada rosa,
Do mais perfeito roseiral.

E mesmo em seu leito de morte,
Aonde parecia apenas dormir e sonhar ...
Seu perfume chegou a atrair todos os pássaros do local
Que dele queriam sentir e também desfrutar.

Nosso Rouxinol...
Era a mãe mais perfeita,
A mãe mais querida,
A mãe mais bonita,
A mãe mais amiga,
A mãe mais compreensiva,
A mãe mais paciente,
A mãe preferida...
De nós, seus filhos,
Yara, Ysolda, Íris, Ilo e Inára...

Que hoje choram de saudade.
Mas, no coração, de cada um de nós,
O alívio da certeza de que, AGORA,
Ela está completamente em PAZ.

Até breve mamãe.
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Missa de sétimo dia : Igreja da Pracinha de Boa Viagem
Dia: 22.01.2008 ( 3a. feira )
Hora: 19:00

domingo, janeiro 06, 2008

NUM SÓ ATO




NUM SÓ ATO
De: Ysolda Cabral

Sem a arte de escrever em verso
Para compor uma perfeita poesia,
É impossível escrever quatorze versos
Para compor um soneto.
Mesmo assim registro meus momentos
Mesmo que lhe pareça sem nexo.

Assim, vou vivendo minha vida
Que, com certeza,
Não é uma vida mais ou menos.
É tão cheia de altos e baixos
Que me deixa atordoada
Fazendo-me crer ser uma farsa
Sem nenhuma demagogia.

Com algumas e insignificantes realizações,
Com muitos desenganos e decepções,
Mais tristeza que alegria,
Muito sofrimento e nostalgia...
Duvidando, até da fé...
Continuo com esperança no novo dia.

A lembrança;
Já um tanto cansada
De não lutar por nada,
É ingrata!

Saio para não pensar
E vou até o mar.
Sinto cheiro de xixi,
Perfume barato, cerveja
E muito bêbedo safado,
Sem nenhuma classe ou poesia,
Cantando garotas fáceis e tolas.
- Que loucas!

Resolvo voltar para casa.
Deparo-me, no semáforo,
Com meninos famintos e drogados.
Morro de medo!
E me envergonho do fato,
De acelerar o passo,
Para não vê tanta miséria...
Num só ato.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

DESPEDIDA DO ORKUT





Queridos amigos Orkutianos,


Acabei de excluir minha conta do Orkut. Tentei enviar uma mensagem de despedida para todos vocês. Infelizmente, não consegui. O tempo que passamos juntos foi muito bom e jamais vou esquecer. Entretanto, o fato de ter saído do referido site não significa que perderemos o contato. Os verdadeiros e sinceros amigos saberão como entrar em contato comigo.

Deixo, por aqui, um carinhoso abraço de agradecimento, para cada um de vocês, meus quase 350 amigos os quais, me enviaram mais de trinta e quatro mil recados. Estes, ficarão guardados no meu coração e na minha memória para todo o sempre.

Minha página no Orkut foi linda demais para ser esquecida. Nela, não havia maldade e nem interesse de ordem alguma. Apenas amizade pura e simples. Recebia belos e sábios textos, poesias maravilhosas que me inspiravam a escrever “combinações frasais”, pensando ser poesia.

Foi um tempo magnífico e, como tudo um dia chega ao fim, hoje, me despeço de todos vocês com tristeza e muita saudade.

Ysolda Cabral