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sábado, maio 31, 2008

EU E ELA




EU E ELA
De: Ysolda Cabral



No escuro da noite
Que começa a clarear
O SILÊNCIO fica cúmplice
Lembrando o da minha meninice
Quando me escondia
Para ninguém me chatear...


As idéias se confundem
Paro até de respirar
Igual quando pensava ser feliz
Só por lhe AMAR...


O TEMPO passou
Como se fosse um amante
Que ama, faz sonhar
E logo vai embora
Deixando a amada
Com sentimento de culpa
Só e a chorar...

Olho o Céu
Não vejo sol e nem vejo a lua
E na rua a SOLIDÃO é profunda
Será que “Ele”
Não vai voltar?

Que amante e esse
O qual vai embora
Deixando sua amada triste
Esperando uma volta
Que nunca acontecerá?


Ah! Que DESATINO tão grande
Faz a ALMA querer morrer
Para nunca mais viver?
Com certeza
Um impiedoso assassino
Disso não tenho dúvida
Esse menino...

Ela é sempre jovem
Não envelhece e não morre
E mesmo numa parceria
Tão desigual
Ela de mim não vai desistir
E eu dela...

JAMAIS!

quinta-feira, maio 29, 2008

BRILHO DE ESTRELA





BRILHO DE ESTRELA
De: Ysolda Cabral


Deus ao criar o homem
A sua Imagem
E semelhança
Não se deu conta
Que a forma usada
Foi a das estrelas...

E se deu
Não se importou
Até achou
Que muito bom ficou...

Daí deixou todos brilharem
A luz de pura magia e beleza
Afinal um bom Pai
Jamais se arrepende
Do benefício,
Que ao filho faz...

Muitos compreenderam
A grandeza do presente recebido
E com muita humildade
Retribuem a Graça
Brilhando no firmamento da Vida...

Já outros ignoram e desprezam
O maravilhoso e valioso presente
Fazendo de suas vidas
Uma vidinha mais ou menos
Triste e muito deprimente...

Por isso, caros amigos,
Vamos orar com muita fé
Por toda “Estrela”
Que não sabe de Sua Luz
E passa a vida pensando
Ser mera avestruz...




quarta-feira, maio 28, 2008

TRANSPORTE POESIA




TRANSPORTE POESIA
De: Ysolda Cabral

Viajo no Transporte Poesia
Todos os dias
Viagens curtas, longas, alegres, tristes
Ruins, boas e até mesmo enfadonhas...

Em dias de sol
Em dias de chuva
Em dias cheios ou vazios
Sempre nele estou
Confesso até que em demasia...

No Transporte Poesia
Não há poltrona
Bilhete reservado
Destino determinado
Parada regulamentada
Não tem hora para sair
Muito menos pra voltar...

Sua velocidade é controlada
Pelo amor daqueles que amam viajar
Num transporte diferente
Imprevisível e irregular...

O condutor tem que ser habilitado
Para o transporte conduzir
Não precisa muita maestria
Basta não ter lógica e nem razão
A habilidade fica restrita as coisas do coração...

E o passageiro precisa ser
Consciente do risco que vai correr
Quando um transporte desses escolher
Posto que, como todo transporte
Muito risco pode haver
O menor de todos eles:

É sua parada perder.


segunda-feira, maio 26, 2008

QUE FIO É ESSE?




QUE FIO É ESSE?
De: Ysolda Cabral


De volta do “Mundo da Lua”
Piso em solo firme
Achando que só pode ser
O Planeta Terra...

Sinto-me trôpega
Estado muito comum
Em astronauta
De outra época...

Dispo-me da roupa de viagem
Procuro um traje a rigor
Para encarar
A grandiosa festa...

A cautela me avisa:
Vá com calma, essa menina
Acabas de chegar
Convém primeiro descansar...

Sem dispor de tempo para perder
Não escuto o sábio conselho
E me apresso
Querendo contra o tempo correr...

Olho para um lado
E também para o outro
Nada se mexe, nem de leve
Será que voltei a “ESTACA ZERO”?

Despida em terra incerta
Não sentindo fome, sede e nem frio
Cabeça confusa e tonta
Constato assustada
Que; estou no “FIO”...

Do FIM ou do COMEÇO?


domingo, maio 25, 2008

NO MUNDO DA LUA



NO MUNDO DA LUA
De: Ysolda Cabral



Senti minha hortelã muito triste e solitária
Sem ar, sem brilho e sem quase nada
Folhas mortas pendentes
Outras há pouco nascidas e já sem vida...

Seu verde meio cinza
De poeira e falta d’agua lhe deixaram cansada
E, foi difícil sobreviver ao abandono de sua dona
Que andava com a cabeça no "Mundo a Lua"
Sem chão e quase nua...

Oh! Mundo doce enganador
Mágico e deslumbrante
Fascinante e arrasador...
E todos os "antes" vividos
Transpareceram ávidos ...

No semblante da coitada suplicante
Que termina na mais profunda dor...
A dor do engano
Do desencanto
Do trágico cômico
Dilacerado no peito
Deixando-o desfeito...

Hortelã e sua dona
Agonizantes
Tristes
Solidárias
Separadas
Apaziguadas
Num jardim
Sem adubo
Sem cor...

O que fazer
Meu senhor?

Adubar o jardim
Esperar a chuva vir
Quando tudo há de florir?

Sabemos que a vida se renova
Num vai e vem às vezes sem volta
Independente da hora
Podendo ser AGORA...

sábado, maio 24, 2008

ALMA DE POETA



ALMA DE POETA
De: Ysolda Cabral



Alma de poeta
Não é uma alma qualquer
É uma alma que sofre
Mesmo quando ama
E quando amada ela é.


Amigo poeta
Nem sei o que lhe dizer
Pois minha alma também sofre
Por não entender
Que agonia é essa
Que tanto faz doer...

E não entendendo nada
Com vontade e sem razão, cria regras,
Abdicando do desejo sem vacilação
Para viver de efêmeras quimeras
Mesmo que não tivesse corpo
Onde batesse um coração.


Ah! Meu amigo poeta
Que alma é essa que não sabe
Ter integridade e harmonia
Se, na sua loucura ou sabedoria,
Tudo está relacionado
Ao amor legítimo que sente?!

Quem, em sã consciência,
Uma alma dessas almejaria?
Um louco qualquer
Um vagabundo
Em qual mundo?
E que mundo uma alma assim
Condenaria?


quinta-feira, maio 22, 2008

SOU SOL





SOU SOL
De: Ysolda Cabral

Já fui dia
Já fui noite
Já fui tempo
Já fui até o vento...

Nunca igual
É fato consumado
É real
Não tem jeito...

Fui flor
Fui chuva
Sou de Lua

Hoje sou Sol
Sol que ilumina
Aquece sem queimar
Enxuga lágrimas e lamentos
Mostra caminho perdido na poeira
Que eu mesma não vejo...

- Almejo
Almejar não é proibido
Nem tem que ser cumprido
Pois não é palavra dada
de rei ou de rainha
Também não estou falando
De histórias de Carochinha...

E não sendo uma quimera
Quem me dera nunca decepcionar
E nem parar de iluminar
Qualquer destino
Mesmo que seja de um menino velho
Ou de um velho menino ...

Dou realce
Às cores, aos mares
Alívio às dores
Torno tudo mais bonito
Mesmo sendo sozinho...

E como sou Sol
Com alma de poeta
Que mesmo amando
E amada sendo
Vive sofrendo pra valer
E nada ninguém pode fazer

Vou lhe dizer:

Sou e estou Sol
Só por um segundo
Amanhã serei
Um triste moribundo
O qual ficará para sempre mudo...

OU NÃO?!


segunda-feira, maio 19, 2008

NOVAMENTE ASSIM,ASSIM




NOVAMENTE ASSIM, ASSIM...
De: Ysolda Cabral


Ontem fui Flor...
Hoje sou Chuva
Não forte
Pois não quero matar
Desabrigar, devastar, destruir...
Quero renovar
Colorir a plantação
Seja de flores, de frutos
Enfim, do que estiver
Pelo ar e pelo chão
Quero renovar as águas do riacho,
Do rio, do mar e de onde mais precisar
Sou Chuva que trás frio e aconchego
Que convida para um chocolate quente
Um macio cobertor, num fofo e velho sofá...
Um bom livro para ler
- O Mundo de Sofia, O Profeta, Mergulho na Paz,
Mutação, Sidarta, A Insustentável Leveza do Ser,
ou, Um Cordel Encantado – Quem vai lá saber?!
Chuva que sirva para aprender alguma coisa
Antes de me tornar dia ou noite
Ou simplesmente nada ser
Sou Chuva hoje, até não mais poder...
Pois sou e estou só
Esperança e Poesia
Na alma, na razão
E no sentido de ser e de estar
Para poder assimilar o existir...
Quem sabe assim a Vida volte para mim?
É que hoje, especialmente hoje,
Estou, novamente
Assim, assim...

sábado, maio 17, 2008

APENAS FLOR




APENAS FLOR
De: Ysolda Cabral


Hoje sou apenas Flor
Uma Flor qualquer
Nascida em qualquer lugar
Não tenho nome
Não tenho cor
Mas tenho beleza
Sou delicada e bem faceira
Meus espinhos são feitos
De goma elástica
Para não machucar
Apenas jogar longe
Quem de mim se aproximar
Meu perfume se espalha
Por todos os lugares
E se você fechar os olhos,
Respirar bem fundo
Sentirá minha fragrância
E ficará a mercê dela
Por que hoje sou Flor
Flor que não serve para nada
Só para homenagear
O AMOR.



quarta-feira, maio 14, 2008

MENTE SÃ




MENTE SÃ
De: Ysolda Cabral


Com o olhar atravessando a imagem
E um sorriso que não afasta mal olhado
Vou buscando um jeito de prosseguir
Mesmo sabendo que o caminho não é fácil...


Nele está tudo silencioso e parado
Nem minha música preferida
Escuto tocar
Resolvo parar também
E deixar a vida andar ...


O que será que há?
Não sei se estou dormindo ou acordada
Ou será que estou em transe de mágica
Efeito do pesadelo do qual acabo de chegar?


Tudo está hipnoticamente estático
Menos o meu pensamento
Que não pára de atormentar
O que restará quando tudo isto passar?


Um novo dia se aproxima
Trazendo chuva ou sol forte
A esperança voltará
Ou trará novamente a morte?


De qualquer sorte
Vou correndo para o mar
De água fria ou quente
Entrarei nele e só sairei
Quando tiver sã novamente...

domingo, maio 11, 2008

EU E O SOLDADINHO





EU E O SOLDADINHO
De: Ysolda Cabral




Um dia muito triste tive
Esforcei-me para que fosse um dia qualquer
Até toquei o meu violão e cantei uma canção
Muito suavemente para acalmar meu coração...


Como a música é sempre mágica e faz milagre
Confiei-lhe todas as minhas emoções
E fiquei foi muito decepcionada
Pois não aconteceu absolutamente nada...


A tristeza aumentou
O violão desafinou
Minha voz sumiu
E eu fiquei a olhar o vazio...
- Que frio!!!!

De repente, um Soldadinho
Pousa na minha perna
Com suas asas pequenas e belas
E sinto seu carinho...

Logo vem um beija-flor
Pára, olha para mim e para ele
Como se quisesse dizer
O que fazes com minha flor?


Não obtendo resposta
Vai embora
Do mesmo jeito que chegou...

Fiquei ali a refletir
Eu e o meu pequeno
E frágil companheiro
Sobre o amor verdadeiro...


Como ele nem se mexia
Fiquei em agonia
Precisava me levantar
E do canto não saia...


Não queria perder a sua companhia
E fiquei um logo tempo a esperar
Pelo o quê, eu não sabia
Creio que só queria
Na tarde do meu dia
Um pouquinho de alegria...



sábado, maio 10, 2008

JUÍZO FINAL




JUÍZO FINAL
De: Ysolda Cabral



Sou teimosa por natureza
Faz parte da mistura que resultou
Nesta pessoa aqui...
Que é uma beleza!!!
E quando for “medida e pesada”
No Juízo final,
A teimosia será o peso principal.

E, se, depois de julgada,
O veredicto não sair a meu favor
Ah! Vou, com ou sem consentimento,
Fazer uma réplica
Com veemente protesto.
Afinal, está no meu direito!
E, com todo o potencial,
Do meu peso principal,
Farei tudo do meu jeito!

Enlouquecerei qualquer tribunal
Derrubarei qualquer tese, argumento e prova
Que me condene
E com certeza mudarei
A sentença no final...

Pois depois de tudo isso,
Quem vai me querer por perto?
Mesmo que este perto seja no Céu ou no Inferno
Vão é me mandar de volta ligeirinho pra Terra
Aí, sim! Serei apenas, TEIMOSIA ...

- QUE ALEGRIA!!!


quinta-feira, maio 08, 2008

TEMPO DOBRADO




TEMPO DOBRADO
De: Ysolda Cabral


Quando em devaneio você se perde
Fica difícil ao caminho retornar
Não se preocupe e nem se desespere
Aproveite e se entregue
Isto é normal...Acontece!

A realidade às vezes é tão dura
O que custa você se perder um pouco
Mesmo que esse pouco seja meio louco?
Entretanto, é prudente considerar
Se a quimera vale a pena se entregar...

A entrega às vezes lhe sucumbe
Deixa-lhe tão dependente
Que você perde o rumo e o prumo
Bom mesmo é não sonhar
E viver cada momento como único...

Único e eterno
Vivido ternamente
No seu espaço cético
Fazendo seu infinito
Deixar de ser relativo.

Assim você se basta
E tudo que lhe rodeia é místico
E a beleza das coisas
Torna-se sua maior aliada
Deixando tudo de antes, para depois
Modificado por um tempo lindo
Que foi vivido e que passa a ser dois.


terça-feira, maio 06, 2008

ENTARDECEU




ENTARDECEU
De: Ysolda Cabral

Quem disse que na vida não há morte?
E quem garante que na morte não há vida?
A primeira é fácil de saber
Já na outra, quem vai querer?

Ressuscitar da morte na vida
Já é uma constante
E muito interessante
Já na morte...
Creio que só Jesus!
Se houve outro
Vá, me conte!

Sei a história de Lázaro
Entretanto foi obra do Cristo
E não mérito do distinto
Logo, não conta.

Viemos de onde?
Da terra
Do céu
Do mar...

Alguma razão nos trouxe
Para aqui estar
Mesmo que por pouco
E, isso é muito louco...

E se eu não fosse eu
Seria qualquer Um?
E este Um saberia que sou Eu?

Acho que estou divagando
Ou será que estou delirando?
Sinto que não sou mais eu
É que entardeceu
Afinal o que aconteceu ?

sábado, maio 03, 2008

MERGULHO EM VOCÊ




MERGULHO EM VOCÊ
De: Ysolda Cabral


Tenho você aos meus pés
E você é quem me domina
E me fascina ...
E me tem de maneira absoluta
E definitiva...

A impressão que tenho
É que estou a lhe olhar
Até quando você quiser
E deixar...

Sei que somos ligados
De alguma forma perfeita
Talvez no encanto ou no mistério
De nossas profundezas
Dentro ou fora do planisfério...

Não sei...

Sei que, quando perto de você estou
Algo de mágico acontece
Minha alma, como se saísse de mim,
Fica a flutuar sobre você
Sem medo algum de cair...

Sabendo como estou segura
Sinto nossas energias serem únicas
Mando embora toda a amargura
E me encho de amor e de ternura

Sem medo ou vacilação
Mergulho fundo em você
Deixo-me possuir
De corpo, alma e coração...

Quando saio de você
Estou pronta, novamente,
Para a vida conduzir
Sem muito reclamar
Ou ter que colorir.



sexta-feira, maio 02, 2008

IMUNIZADA





IMUNIZADA
De: Ysolda Cabral

Vou parar de esperar
Por uma coisa que jamais virá
Cansei de sonhar e só ter pesadelos
Que serviram para me deixar só,
Com medos...

Agora está decidido
Não vou mais pretender
O futuro nunca me pertenceu
Não vou dar à mínima
Nem para o meu mais profundo EU

Cansei de me confundir
Iludir, pensar e cogitar
Que algo realmente grande
Haveria de vir

Assimilarei coisas reais
E quem achar ruim
Saia de perto de mim
Porém, sem sorrir...

Pois falo de coisa séria
Coisas que vêem de dentro
Que estão no meu coração
E ninguém tem noção
De como elas são...

Não ache isso ou àquilo
Agora quem acha sou EU
Um basta, darei
E não mais sofrerei
É que hoje
Finalmente me imunizei.