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sexta-feira, agosto 29, 2008

MALVADO TEMPO



MALVADO TEMPO
De: Ysolda Cabral


Você sabe o que é uma saudade
Que dói no peito e enche seus olhos d’agua
Uma água salgada vinda das profundezas
Do mar que há dentro de você
E que não serve para absolutamente nada?

Ensopa de sal sua pele curtida,
Não pelo sol,
Mas pelo tempo perdido
Que deixou sua vida sofrida
Porém nada resignada...

Pois é!
Uma saudade assim
É difícil conter,
Por mais força que você possa ter.
Ela vem de dentro para fora
E arrebenta com você...

Não quer saber a dor que causa.
Vem como uma onda descomunal e brava.
E quando constata a inutilidade, pára!
Como se verificasse a sua devassa.

Que coisa inútil e medonha!
A dor é tanta que paralisa você
E o malvado Tempo vai embora
Levando todo encanto e esperança
Daquilo que um dia poderia ser...

quinta-feira, agosto 28, 2008

AINDA ME ENCONTRO



AINDA ME ENCONTRO
De: Ysolda Cabral


O vazio deixado da inutilidade do tempo
Fez de um lindo sonho um verdadeiro pesadelo
E os momentos vividos no hipotético da alma
Foram facilmente esquecidos e desfeitos
Num simples e inacreditável ato.


Conclui-se que as palavras
Foram jogadas ao vento
Por terem sido ditas sem contexto
Impossibilitando os caminhos
Que poderiam ter sido tomados
Mudando radicalmente o texto.

O desencanto sempre toma conta do imaginário
Quando ele parece lindo e perfeito
Contudo, pune de maneira severa quem acredita nele
Tirando toda possibilidade de se ter um pouco de êxito


Ah, vida louca e desencontrada!
Quando deixará de judiar da gente?
Quando será que oportunidade nos dará
Pra que vivamos tudo aquilo
Que a gente quer e sente?


terça-feira, agosto 26, 2008

CHAMA DO AMOR



CHAMA DO AMOR
De: Ysolda Cabral


Com a chama do amor
Sobrevivo
Calo o grito
Sufoco a dor

Com a chama do amor
Fico leve
Sou alegre
Mesmo que de maneira breve

Com a chama do amor
Amanheço
Anoiteço
Envelheço

Sem a chama do amor
Não existe poema
Não existe canção
Pára o meu coração

Sem a chama do amor
Não sei quem sou
Não sei onde estou
Não sei para onde vou

Sem a chama do amor
Desapareço
Entristeço
Morro de solidão e de dor

ESTOU INDÓCIL


ESTOU INDÓCIL
De: Ysolda Cabral

Neste momento me sinto triste
Então brinco, rio, conto piada
Coloco a máscara
Fico bem engraçada...

Com ela estou garantida
Todos adoram e dão risada
Toco o dia com muita garra
Não sou de largar nada...

Contudo estou cansada
Cuido de todos
E esqueço de mim
Sou assim...

Preciso lembrar que existo
Não em outro lugar
Neste mesmo, será?
Alguma coisa tem que mudar...

Estou indócil
Quando estou assim
Para sair por aí é muito fácil
Coloco o pé no caminho
E... Ai! O que será de mim?

segunda-feira, agosto 25, 2008

EU E ELA




EU E ELA
De: Ysolda Cabral


Vivíamos em perfeita harmonia
Entre nós era tudo uma verdadeira maravilha
Fazíamos exatamente o que queríamos
E ninguém interferia

Comunhão perfeita de vontades
Sensibilidade à flor da pele
Isso me deixava muito leve
E pronta para enfrentar o que viesse

Não sei quando começou
O conflito da querência
E veio o desconforto
A perturbar o meu sono
Foi a primeira conseqüência

Ah! Que situação inusitada e irritante
Eu e minha companhia e se enfrentar todo dia!

De repente ficamos em lados opostos
Numa verdadeira agonia
Eu digo que a culpa é dela
E ela naturalmente calada
Entendo que consente
Contudo, sei que mente

E agora o que fazer
Se não a quero por perto?
Mandá-la embora
É impossível e não consigo
Afinal, o que de fato
Está acontecendo comigo?

quinta-feira, agosto 21, 2008

SENTINDO A FALTA DE CECÍLIA





SENTINDO FALTA DE CECÍLIA
De: Ysolda Cabral



Cecília é a colega de trabalho e a “caroneira” mais “folgada” (sentido de espaçosa messsmo) que já conheci em toda minha vida. Pense numa mocinha complicada!!!! Contudo, é engraçada, espirituosa e nos faz rir muito durante a tarde, isto quando está de bom humor. Quando não está, agüente o “ fungado” dela!! Ô rinite insuportável!!! E, tudo coisa da cabeça dela.

Outro dia lhe disse: pára com isso Cecília, você nem está gripada! Que coisa chata!!! Ela espiou para mim, com uma cara de poucos amigos e falou: “oxe Ysoldinha, é a poeira desses processos que tenho que analisar...” - Analisar, ela sempre usa essa palavra e outras pessoas também em nossa divisão, eu acho o máximo! Já disse à minha chefe para me dar algo para também “analisar”. Infelizmente ainda não cheguei nesse patamar de competência. Mas, enfim, um dia quem sabe... Se não for com analista, ta valendo!!!

Outro dia foi ao médico e voltou decepcionadíssima dizendo que nunca mais ia a médico algum. Perguntamos a razão e ela respondeu: “ele me perguntou o que eu tinha!!!! Ora, eu fui lá para ele me dizer o que eu tinha... O médico não é ele?!!!!!! – Coisas de Cecília...
Como “caroneira”, já me deu vontade de lhe torcer o pescoço, até agora ela deu sorte (Rsrs). Sempre me faz esperar, mesmo sabendo que a paciência não é uma de minhas virtudes. E o que é pior; vem arengando com os motoristas barbeiros como se fosse ela a condutora do veículo. Xinga, diz palavrões, fica às vezes sem fôlego de tanta raiva. – Eu posso com uma coisa dessas?!
No trânsito sou tranqüila, mas ela se exaspera e aí eu me divirto e esqueço tudo o resto e fico até torcendo para aparecer mais “barbeiro”, quem sabe não aprende com ela?
Outro dia quase arranjou uma confusão danada com as “garotas de vida difícil” que trabalham numa avenida localizada a uns 200m de sua residência. Eu a deixava nessa avenida pensando que ela fosse direto para casa. Ledo engano! – Ela ficava na calçada, esperando o irmão vir lhe buscar por medo de assaltos. O fato é que, as "trabalhadoras" do local começaram a achar que estavam sendo vítimas de uma discreta concorrência. A coisa só não pegou, porque mais que depressa passei a lhe deixar praticamente na porta de casa. Ah! Cecília é mesmo extraordinária!
Agora, que está realmente doente e de licença médica, sinto falta de sua companhia apesar de que da última vez que veio comigo, me fez esperar tanto que eu quase fui embora sem ela. Até já fiz isso uma vez e não adiantou de nada.
Ah! Minha amiga querida, volte logo. Entretanto, se me fizer esperar novamente, cuidado: poderá voltar ligeiro para o hospital! Sou tão boazinha...

quarta-feira, agosto 20, 2008

SOU PESADELO



SOU PESADELO
De: Ysolda Cabral


Acho que sou diferente
Da maioria de toda gente
Eu afirmo e sou honesta
Não há controvérsia

Destituída de inveja
Vaidade e ambição
Sou mesmo uma coisa séria
E adoro andar na contramão

Se alguém diz:
Não vá por aí que não convém
É exatamente por aonde vou
E sempre me dou bem

Não adianta me analisar
Pois as conclusões que chegar
Vai querer modificar
Por nelas não acreditar

Tristes dissabores Isso lhe trará
Por que se for de boa índole
Se retratar é o mínimo
Que você irá fazer esse menino

Eu vou perdoar
Pois não guardo mágoa
E nem rancor
Eu sou mesmo um amor

Mamãe dizia: é sem-vergonhice!
- coisas de mãe -
Eu lhe respondia: ô mamãe, deixe disso!

Mesmo assim
Pouca gente gosta de mim
É que sempre falo a verdade
Na cara e sem rodeio
Tornando a vida das pessoas
Um verdadeiro pesadelo.

terça-feira, agosto 19, 2008

MINHA CARA



Minha Cara
De: Ysolda Cabral

Pincel, tinta e tela
Olhando bem o trabalho
Constato que no retrato
É mesmo a minha cara

Nela vejo o amor
Que o pintor sente pela arte
Caso contrário não conseguiria
Fazer-me tão bela
Como estou nessa tela

Tantas flores...
Tantas uvas...
Numa linda efusão de cores
Fixando bem o olhar
Sinto até o cheiro e o gosto

Fico a refletir;
Um dia fui assim...
E hoje - que chegou tão rápido –
Concluo que,
Ah! Estou é muito melhor
Do que estava aí. (Rsrs)

sábado, agosto 16, 2008

SAIBA QUE



SAIBA QUE

De: Ysolda Cabral


No transporte poesia

Viajava sem objetivo

Com coragem e sem destino

Entregue simplesmente a sorte

Mundos excêntricos e apáticos

De beleza estranha e indefinida

Por mim passavam

E não me diziam nada

Sem energias claras

E revestidos de especial ímã

Prendiam-me pelos sentidos

Com inteligência única

Deixando-me totalmente nua

Ah! Apenas queria viajar

Sem nenhuma agonia

Pois "ser uma estrela cadente

Cheia de luz

A respingar amor

Na escuridão do nada"

De que me serviria?

Viajar por amor

Em caminhos desconhecidos

Sinuosos e difíceis de enxergar

É um desafio que só faz crescer

E, independente de onde nos levar

Podemos até chorar

Mas nunca nos arrepender...

quinta-feira, agosto 14, 2008

OS VENTOS DE AGOSTO




OS VENTOS DE AGOSTO
De: Ysolda Cabral



Neste exato momento
Uma tristeza enorme invade minha alma
Ela é tão poderosa que deixa
Meu raciocínio e meus movimentos lentos
Lentos como os acordes do “rascunhomusical”
Que escuto agora...

Não sei bem de onde veio tanta tristeza
Teria sido junto com “Os Ventos de Agosto"?
- Que desgosto!


Para piorar o meu estado, hoje é domingo
E domingo para mim é dia torto, morto
Nem devia existir na contagem do tempo
Mesmo que prejudicasse o contraponto
Perfeito que agora ouço
O qual inexplicavelmente ecoa...


Além do mais é dia dos pais
E papai sem mamãe não é a mesma coisa
Até o violão e o bandolim
Não soaram e nem soarão mais...


Quem quiser que ache o contrário
Mas, apesar de não ser supersticiosa
Eu detesto o mês de Agosto!


********

PS. Publicada no Recanto das Letras
no último domingo dia 10/08/08

sábado, agosto 09, 2008

ACORDA



ACORDA
De: Ysolda Cabral



Se você ama verdadeiramente
E esse amor é importante pra você
Lute por ele com "unhas e dentes"...

O que lhe impede?

Não pense duas vezes.
Deixe o orgulho e o propósito de lado,
Qualquer outra dificuldade
E vá atrás do ser amado.

Acorde!
A hora é esta!
O que espera?

Se você sabe que o sentimento
É correspondido em sua totalidade,
Nada impede você de correr atrás,
Vencendo qualquer dificuldade.

Por que não vai?

Apenas o desamor,
Poderia lhe impedir.
Se não é este o caso,
Pare de fugir
E levante já daí!

Por que sofrer assim?

Você sabe que nas coisas do amor
Falamos muitas vezes coisas
Que machucam e magoam...
Você já falou, lembra?
Tantas vezes!

Hei! Acorda!

Por que jogas fora
Um amor tão grande assim?

quinta-feira, agosto 07, 2008

SEM PENSAR EM NADA




SEM PENSAR EM NADA
DE: Ysolda Cabral



Hoje queria realmente voltar no tempo
E deixar muita coisa ser levada pelo vento
Pois o objetivo não seria viver tudo novamente
E sim viver de maneira diferente...

Queria estar perdidamente apaixonada
E sem pensar em absolutamente nada
Ousar e sem nenhuma culpa ou reflexão
Deixar-me levar pelo coração...

Queria ter você completamente meu
Apaixonado e a mim tão dedicado
Que em retribuição não seria mais eu
Eu seria puro amor
Para ser eternamente seu...

E quando você me despisse o longo
Que em seus braços suavemente valsara
Estaria pronta e pura para lhe receber
Sem pudor e sem censura
Contudo, plena de amor e de ternura...

Ah! Como queria o tempo de volta
E tudo novamente diferente viver
Enamorada no coração e na alma
Só para você entender
O quanto ainda amo você...
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A belíssima poetisa Bety Viotto, filha da cidade de Jundiaí-SP, enviou o poema acima para ser lido no programa de uma rádio de sua cidade natal.
Hoje, 08/08/2008 ela me diz:

Ysolda... o Locutor da Rádio Judiaí acabou de ler o seu poema..14:15...Foi lindo!Ele disse que Elisabete enviou um poema da amiga Ysolda Cabral...Muito lindo! eu fiquei arrepiada. Depois colocou uma canção mais linda ainda para completar o momento de amor do programa,"De Papo Pro Ar" com Milton Maravilha, das 12:30 ás 15:00 horas..Se puder entre no site para ver se consegue ouvir qd puder tá? Beijos querida.
O site da respectiva rádio é: http://www.radiojundiai.com.br/
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Fiquei muito feliz e honrada.
Obrigada, amiga querida.
Ysolda Cabral