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terça-feira, abril 28, 2009

VIDA DE ILUSÃO


VIDA DE ILUSÃO
De: Ysolda Cabral


Seguindo por incertos caminhos
Envolta num frio que vem da alma
Dum inverno severo que me devasta
Sigo...

Sem previsão de tempo bom
Lamentando o despreparo
Para enfrentar a invernada
Fico sem noção de chegada
Estou ilhada...

O “Tum... Tum...” do “Tambor Encantado”
Agora “Tic... Tac...” de bomba-relógio
Ninguém se importa ou nota a diferença
Não ligo e continuo a caminhada
Ou de vez paro...

No horizonte há um nítido clarão
É a bússola que precisava
Para concluir a caminhada
De uma vida inútil de ilusão...

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segunda-feira, abril 27, 2009

"DONO DO CÉU"


DONO DO CÉU
De: Ysolda Cabral


Através da música,
Fico em estado de graça,
Redimida de pecado,
E, com minha alma apaziguada.

Através da música,
Entro num mundo de magia,
Onde toda possibilidade é viável,
E faz palpável a poesia.

Através da música,
Seja no dedilhar do violão,
Do piano, ou de uma harpa,
Sinto que estou no seu coração.

E é assim e não ao léu,
Que através da música,
Dar-te-ei um beijo agora,
Só pra te fazer "dono do céu."

**********

Publicada tb no Recanto das Letras.

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sábado, abril 25, 2009

TUA LUZ


TUA LUZ
De: Ysolda Cabral


Há muita luz em minha volta,
Estou viva ou morta?

Verde-azul marinho,
A seda da minha roupa,
Querendo me desnudar...

Espuma branca e espumante,
Do champanhe daquela noite,
Que não houve...

Talvez sim... Talvez não sei...

Imagino o mar refletido,
No negro do teu olhar...
O que há?

Surpreendentemente belo,
É o nosso elo separado,
Pelo eco do grito contido,
No infinito de nós...
Hoje outros.
*********
Plublicada tb no Recanto das Letras

PALAVRAS AO VENTO


PALAVRAS AO VENTO
De: Ysolda Cabral


Admiração
Beleza
Bobagem, besteira
Questão de simbologia e cultura

Dúvida
Diária
Doença
Demência
Declaração jogada ao vento

Ação, sim e não...

Exclamação
Tem relevância não

Inquietação
Percepção
Sensação
Solidão
Saudade...

Eis aí a questão!


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Publicada tb no Recanto das Letras

sexta-feira, abril 24, 2009

ÚLTIMO - QUALQUER COISA


ÚLTIMO - QUALQUER COISA
De: Ysolda Cabral


Se você me pedir para compor um poema,
Eu componho de qual quer maneira,
Com rima, sem rima, com versos livres,
Enfim, do jeito que você queira ou indique.

E se quiser alegre ou triste,
Religioso, muito amoroso,
Apaixonado, alucinado ou sensual,
- Se for casual - Encaro.
E você vai achar muito legal.

Se ainda quiser um poema,
Um faz de conta colossal,
Componho até o contrário,
De ponta cabeça
- é de cabeça pra baixo -
E você vai achar o máximo.

Agora ignorar o que lhe digo...?!
É uma afronta... Uma indignidade...
Até falta de caridade!
- Nada de lágrima e nem sorriso...
Me faz lhe assegurar que:

Poemas... Sonetos... Poesias...
- Afinal o que é isso? –
Não! Nem precisa responder.
Não componho mais pra você!
.
(Rsrs)
.
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Publicado tb Recanto das Letras.
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quinta-feira, abril 23, 2009

SUA LETRA


SUA LETRA
De: Ysolda Cabral


Seu sorriso quando solto
É cristalino... É lindo...
Um sorriso de menino!
Ele consegue me tirar fácil,
Do meu "mundo labirinto."
.
Sua voz me aquece e me acalma,
Mesmo se estivesse no Alasca...!
Me envolve e me embala;
Então... Não cala...
Diz somente “oi”, mas fala!
.
Ela é pra mim que nem doce,
Uma bala de morango,
Um pote de cereja,
Ou um pedaço de bolo...
.
É que surte efeito de acalanto,
Sua voz na minha alma.
.
Suas mãos...
Seu toque...
Tão suave...
Me pega e me abraça...
Estou com saudade...
.
Já a sua letra,
Me desaponta,
Me desnorteia de tão perfeita...
Não consigo quase lê-la!
.

É que sou ignorante,
Não entendo de obra de arte,
- Você sabe -
Mas me corrija se eu estiver errada,
Ela sabe escrever amo você,
E estou com saudades?
.
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Publicado no Recanto das Letras
em 23/04/2009Código do texto: T1555568

PENSANDO EM VOCÊ




PENSANDO EM VOCÊ
De: Ysolda Cabral



Não deixa que me perca de você.
Não deixa que o vento leve o pensamento livre, se ligue!
Não deixa que o tempo passe se perdendo de mim.
Não deixa que o coração descompasse, marque o passo, dê compasso, o
realce...
Não deixa que o sorriso perca a cor, o brilho, o calor, o aconchego...
Chegue mais, aliás, use branco, azul, verde ou lilás...
Quero-lhe mais, sem ais!
Não deixa que a lágrima seja de tristeza, a esmo...
- Tudo tem jeito!
Não deixa que a saudade mine, sinalize o sentimento, deixe-o verde.
Não deixa a hortelã, perder a cor, perder o cheiro, o viço, o vigor...
- Regue na medida exata!
Não deixa os dias ficarem iguais, artificiais, descartáveis e irreais.
Não deixa os sonhos se tornarem pesadelos, elos perdidos no gelo...
Não deixa o mar escurecer, entristecer, pedir socorro por mim e por você...
Não deixa que o por do sol indiferente seja.
Não deixa que as manhãs anoiteçam...
Não deixa o beijo para o beija-flor...
- Me beija! É tua vez, lembra?
Não deixa o luar só para os outros, sejamos nós e não outros!
Não deixa o amor deixar de acontecer, florescer...
Briga, luta, estamos vivos...
Vamos morrer, todos vão... Sãos ou não...
Mas, até lá...
- Que tal me amar, como amo você?!


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Publicada tb no Recanto das Letras


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quarta-feira, abril 22, 2009

QUE SENTENÇA O JUÍZ ME DARIA?



QUE SENTENÇA O JUÍZ ME DARIA?
De: Ysolda Cabral


Apesar da noite mal dormida, amanheci bem disposta e com vontade de comemorar o dia do meu aniversário – se bem que a “festa” foi ontem, 21/04, por conta do feriado a exemplo do que acontece todos os anos - e resolvi ir tomar o “coca-café” da manhã com papai. (Coca-zero para mim e café para ele, claro).

Chovia forte, sobre a capital pernambucana, e, isso me fez desejar ir andando para sentir a chuva em meu rosto, lembrando o tempo de menina... Contudo, isso seria impossível, pois ainda não estou totalmente recuperada da torção no tornozelo.

Quando cheguei, papai me recebeu com a alegria de sempre, me “tascou” aquele abraço que, de tão apertado, tira o fôlego e dá raiva em todos nós seus filhos. (Rsrs) Levou-me para o melhor lugar da casa – a cozinha – aonde costumávamos conversar com mamãe.

Enquanto Nalva assava o nosso pãozinho, papai se desculpava por não ter vindo aqui em casa ontem. Nem escutou quando lhe disse que não havia tido festa e que o meu aniversário não era dia 21 e sim 22 - hoje. - E ele escutava?!

Fiquei a observá-lo com orgulho, carinho e admiração pelo homem simples, integro e inteligente; quando ele observou, dando risada, que quem gostava de festa era meu avô, seu pai. E contou que, certa ocasião, quando ainda era menino, vovô foi convidado para uma festa na cidadezinha que moravam.

Zé Lamour, um dos homens mais ricos da localidade, também havia sido convidado e, não sei por que cargas d’agua resolveu ir à festa levando, no bolso da calça, a quantia de vinte contos de réis – para a época, uma verdadeira fortuna!

Muita comida e principalmente muita bebida fez a festa se prolongar por horas a fio. No dia seguinte, Zé Lamour deu por falta dos seus vinte contos de réis e transtornado entrou com uma Ação contra o dono da festa, visando o ressarcimento de seu dinheiro.

O caso foi a júri popular e o tribunal naquele dia ficou repleto. O advogado de defesa argumentou que seu cliente não poderia ser responsabilizado pelo “desaparecimento” do dinheiro uma vez que, ficara tão bêbedo quanto o autor da Ação e demais convidados.

O juiz, perguntou quem não havia bebido na festa e o advogado respondeu que o único a não beber tinha sido o meu avô, pois este nunca bebera em sua vida.

O juiz, mais que depressa, ordenou que fossem chamá-lo. Quando vovô chegou, logo lhe perguntou como havia sido possível o dinheiro do Sr. Zé Lamour ter “desaparecido” em plena festa.

Meu avô então respondeu:

- Excelência, aonde há bebida, tudo é possível.

O Juiz pensou, pensou e resolveu determinar que, os "bebuns" da festa, todos presentes no Tribunal, dividissem o respectivo valor e ressarcissem ao Sr. Zé Lamour,imediatamente, sob pena de irem para o "xilindró”. E, assim, deu por encerrada a Audiência.

Despedi-me do meu pai e no caminho de volta para casa, cometi o delito de roubar flores de um jardim para me presentear. - Afinal, hoje não é meu aniversário!

- Que sentença o tal Juiz me daria...? (Rsrs)


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Publicada também no Recanto das Letras

terça-feira, abril 21, 2009

“MULHER ELETROCARDIOGRAMA”


"MULHER ELETROCARDIOGRAMA
De: Ysolda Cabral


Já ouvi “adjetivarem” a mulher de todas as maneiras, mas “mulher eletrocardiograma foi à primeira vez.

Estávamos, eu e Iracema, na lanchonete da faculdade aguardando o início da segunda prova da noite, quando um de nossos colegas se aproximou, sentou e quietinho ficou perdido em pensamentos.

Ora passava a mão nos cabelos, ora no rosto como se a enxugar um suor inexistente, uma lágrima que estivesse prestes a cair, uma mágoa...

Não me contive e lhe perguntei se podia ajudar de alguma forma e ele então respirou fundo e para minha surpresa disparou:

- Ysolda, como posso amar uma mulher eletrocardiograma?! Uma hora ela está de um jeito e um segundo depois, de outro...! - Sabe aquela maquininha do eletro?! - Ela é os ponteiros... Ô mulher doida, meu Deus!

Imagine você que na semana passada, ao deixá-la em seu local de trabalho, éramos todo amor... Ela até me colocou um pouco de seu perfume para que eu a sentisse perto de mim o dia inteiro!!!! - Como se fosse preciso!

Eu penso nela o dia inteiro desde que a conheci!! Faço tudo por ela!! Nunca lhe deixei faltar nada, nadinha messssmo, Ysolda!!! E agora ela não quer saber nem que eu existo?!!!!! - Que amor é esse que ela sente por mim?!!!!

- Eu já imaginando o “quanto” a esposa do meu amigo gostava dele, lhe pedi que fosse direto ao ponto, até porque já estava quase na hora da prova começar e ele estava muito transtornado.

Então contou que, naquele dia do perfume e tal, chegando a seu trabalho, uns dez minutos depois, ligou para ela cheinho de saudades, querendo manter o clima pelo mesmo até a noite, e, qual não foi sua surpresa, ela o tratou com uma frieza tão desconcertante que, desta feita, ele não agüentou e sucumbiu de desanimo e de uma profunda tristeza.

Para esquecer a revolta resolveu ir beber com os amigos no final da tarde, coisa que não fazia há muito tempo, até porque é de formação evangélica.

Ao voltar pra casa, um veículo avançando o sinal foi em cima dele e acabou com seu carro. Felizmente ninguém ficou ferido e o prejuízo, só dele.

A perícia foi chamada e quando chegou foi com o bafômetro, repórteres e cinegrafistas de televisão a tiracolos.

O motorista sóbrio, porém o causador do “estrago”, acompanhado de duas jovens “senhoras”, foi tranquilamente liberado. Já o nosso amigo, apesar de ter se submetido ao bafômetro com presteza, foi levado para a delegacia mais próxima.

Em sua casa a esposa o aguardava assistindo o jornal local, quando na tela da TV, ele apareceu com a boca no bafômetro, obviamente muito pouco a vontade e perto dele, de costas, as duas jovens “senhoras”.

A chamada da manchete dizia: “ESTUDANTE DE DIREITO, ALCOOLIZADO, EM COMPANHIA DE DUAS GAROTAS DE PROGRAMA, CAUSA ACIDENTE DE TRÂNSITO E ENGARRAFAMENTO EM HORÁRIO DE PIQUE.”

- Pronto, deu-se a desgraça!

Chegando à delegacia ligou pra, “jararaca” – eu quis dizer esposa – ela, ao atender ao telefone aos gritos, lhe disse para fazer bom proveito das novas “companhias”, da nova “moradia” e que fossem todos para os quintos dos infernos. E, ainda acrescentou que, ele nem pensasse voltar pra casa, pois lá não haveria mais lugar pra ele.

E, assim, há mais de uma semana, nosso amigo está sem mulher, sem casa, a pé e totalmente desmoralizado.

- É mole?!

Fiquei a refletir se eu deveria dizer a ele o que eu realmente pensava da “mulher eletrocardiograma” dele e do amor que ela dizia lhe devotar...

- Ô mulher devota meu Deus!!!! (Rsrs)
.
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Publicada também no Recanto das Letras

segunda-feira, abril 20, 2009

SOPRO DA ALMA



SOPRO DA ALMA
De: Ysolda Cabral


Vivo me perdendo de mim...
De forma sem nexo,
E, não é só no léxico...

Deve existir um caminho,
Para que, com coragem, desbravasse,
E lá enfim, talvez me encontrasse...

Enquanto vivo a sorrir, a chorar,
A cantar e a sonhar,
Sem acordar ou dormir;
A vida passa por mim.,,

Implora pra lhe colorir,
Mesmo que numa tela avessa,
Como se fosse uma remessa, apenas...
E eu sem perceber... Que tristeza!

Ah! Se ela me desse
Uma tela macia e branca,
Onde eu jogasse todas as cores,
Da eterna criança que há em mim...!

De pincel usaria os meus cabelos.
Para secar,
Nem o Tempo e nem o Vento,
Somente um sopro,
Vindo da minha alma pura e casta...

E estaria pronta para ser exposta,
Numa casa sem teto,
Sem parede e sem porta,
Eliminando toda a Natureza morta,
Que há neste momento a minha volta.
.
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domingo, abril 19, 2009

CONVITE À LU GENOVEZ



CONVITE À LU GENOVEZ
De: Ysolda Cabral



Ah, minha linda Lu Genovez,
Fica assim não!
O poema – Terra que Acaricia - é só abobrinha,
Da minha louca cabecinha.

Vamos caminhar na praia
Sem lua, sem sonhos e sem fantasia?

Seremos apenas duas amigas,
Muito unidas e companheiras
Na praia a caminhar sem hora pra voltar...

Ah, vamos dar ponta-pé na onda,
Fazer de conta que somos Sereias,
Rainhas ou princesas?

E, se algum “peixe/sapo” aparecer,
Vamos ter muita cautela,
Pois tubarão, pode até ser,
Mas pode não ser...


Ah! E então,
Aceitas meu convite?

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O poema acima, foi inspirado no comentário, abaixo, deixado na minha página do Recanto das Letras, relativo a poesia " Terra que Acaricia" .
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" 19/04/2009 18h51 - Lu Genovez
Ai, lindeza, não me deixa melancólica, mais do que eu já estou!!! rs Beijooo."
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Lu Genovez - Minha amiga e uma das mais belas e talentosas poetisas do Recanto das Letras.
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Um beijo minha Lu,
Amo tu, viste!

TERRA QUE ACARICIA



A TERRA QUE ACARICIA
De: Ysolda Cabral

Sempre constato,
O que o dia de Domingo faz comigo...
.
Cá estou, novamente,
Triste de entontecer...
.
Uma saudade tremenda de mamãe,
Dos sonhos que juntas sonhamos,
E dividimos na cumplicidade,
Pouco comum, que há entre mãe e filha.
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Ah, nem sei por que esses pensamentos
Me vêem a mente em dias assim!!!
Domingo e próximo do meu aniversário?!
É um tormento, uma indignidade,
Um constrangimento...
E enorme perda de tempo!
.
Na minha idade,
Não posso me dar
Um luxo desses não,
Tão pouco nobre!
Filosofar, questionar o desconhecido,
Que talvez nem exista?
.
O que me leva toda tarde de Domingo,
A escrever tanta asneira e bobagem?
Mas que droga é essa de vida,
Que não faz a gente parar de sonhar?
.
Que vida é essa, a qual nos transforma
E transtorna por fora,
Tentando nos deixar por dentro
Feios, amargos e chatos?
.
- Comigo tem disso não!
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Vou tirar a *bota,
Arrumar-me bem bonita,
E com os pés firmes no chão,
Para sentir a carícia da terra...
Vou sair por aí para caminhar,
E sem hora pra retornar...
.
- Você duvida?!

**********
* Bota de imobilização

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Publicada tb no Recanto das Letras

APENAS UMA CARTA



Recife, 18 de abril de 2009.

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Poetas e Escritores do Recanto,
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Tenho certeza absoluta que não estou “Assim... Assim” quem está é o HOJE. Ele que amanheceu triste, nublado, capenga e meio manco. Já havia notado que algo estava errado, pois nem o cheiro da madrugada lhe enterneceu ou lhe animou. Até tentei alegrá-lo cantando que nem passarinho, uma vez que eles sumiram dos pés de manga do prédio vizinho. E o sol ficou nas nuvens a dormir escondidinho, sem nenhuma vontade de levantar... E, assim, o HOJE passou o dia. O seu desanimo acabou me contagiando e tudo que tentei fazer não consegui e/ou não prestou.
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Precisava dormir bastante... Dormi e acordei num instante. Fui dar uma geral na casa e na primeira tentativa desisti vencida. Resolvi ir pra cozinha e cozinhar besteira tipo, brigadeiro, suflê e sorvete... Desisti com a perspectiva de comer tudo sozinha, e, com o pé ainda imobilizado, limitando meu avanço nos espaços, cozinhar ficaria bem complicado.
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Melhor seria ir ler, assistir TV ou a um DVD; escrever alguma abobrinha... Acordar minha filha, com um monte de beijinho, ou, deixá-la dormir para não se chatear com o HOJE insuportável.
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Então resolvi nada fazer e deixá-lo se esbaldar em sua chatice do jeito que quisesse. E não é que deu certo?!
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Terminei dormindo no silêncio de uma tarde quase fria. Acordei a pouco, nova em folha. Quando chego aqui encontro uma carta extraordinária a mim endereçada do nosso, Puetalóide!!! ( VIDE ABAIXO )
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Que coisa mais danada de boa!!!!Ah, como é bom ter amigos tão inteligentes, preparados, sábios, filósofos, poetas, escritores, todos tão nobres e generosos!!!Amo cada um de vocês de um jeito muito especial.

Com carinho e respeito sou,

Apenas Ysolda

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PS. Quis escrever uma carta rimada e bonita.
Não sei se consegui. Entretanto, o sentimento é legítimo.

Publicado no Recanto das Letras em 18/04/2009Código do texto: T1546512

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À YSOLDA CABRAL
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Há pessoas que são únicas... Exclusivas.
E porque não dizer... Específicas.
- No seu amar... no seu querer... no seu sentir -
Que nos devotam carinho... em cada gesto... em cada atitude... em cada palavra. E que, embora saibamos que como elas existam tantas outras, complicado se faz encontrar uma sequer quando nos sentimos necessitados. E para que nada possa nos parecer paradoxal, Deus, na sua infinita sabedoria, bondade e amor, nos presenteou com Ysolda... Pra que nunca viéssemos a nos sentir sozinhos, desprovidos e/ou órfãos de afeto e carinho.
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E assim é Ysolda... Ysolda Cabral...!!!
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Esse ser iluminado... Esse anjo de Luz... Esse sentir maravilhoso.Essa poetisa do recanto das letras. Essa mulher linda e encantadora... e que através de seus versos, de suas palavras, repito... nos conforta em carinho e afeição. E que as vezes, de tão bondosa, torna-se meio que exagerada...
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Senão vejamos:
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- Que história é essa poetisa, que eu ando triste ou choramingando pelos cantos?- E que eu sou Poeta... E componho versos lindos e deslumbrantes?
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- Você hein...!!!
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E ela é mesmo exagerada... ha ha ha ha ha (rs).
Pois num é que ela me dedicou um poema... na sua página... no seu blogger - Apenas Ysolda - e que tem como título o meu pseudônimo... Puetalóide.
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- Ah Ysolda... Iluminada e maravilhosa Ysolda...!!!
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Mas tudo isso é mesmo muito bom. E me faz sentir orgulhoso... merecedor do carinho de todos.E quem num quer ser merecedor de tanto afeto, de tanto carinho?
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- Obrigado Ysolda...!!!
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Por você existir, e me querer tanto bem. Por você exceder-se em carinhos... Ser essa pessoa maravilhosa que todos nós do recanto das letras amamos e adoramos. E obrigado, principalmente, por você ser você. E pela certeza que nos concede de que assim continuará sendo.
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Acredite amiga... Esse cara que você diz que é poeta... e que escreve aquelas coisas que você teima em dizer que é poesia... e que você ainda exagera dizendo ser ele o seu poeta preferido... lhe adora muito, lhe adora por demais... e lhe quer muito bem. E haverá de querer por muito mais tempo... até quando a vida existir.
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Eu não tenho... eu não encontro palavras pra te dizer da minha gratidão, do meu orgulho... e mais uma vez repito... de todo o bem q'eu sinto por você...
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Puetalóide

Publicado no Recanto das Letras em 18/04/2009Código do texto: T1546307
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Lindo demais, né?! hahahahaha
Muito bom ter amigos assim!

sexta-feira, abril 17, 2009

VIRANDO "O BICHO"


VIRANDO “O BICHO”
De: Ysolda Cabral


Ora, se viemos das placas tectônicas,
De bonobos evoluímos,
E hoje homens eretos estamos...

- É bom ter cuidado comigo!

Uma espécie única,
De um lado biológico e de instinto;
E do outro, simbólico e cultural,
Está provado e é real!
Então...

- É bom ter cuidado comigo!

Somos seres abertos,
Para ir ou voltar.
E, em sendo assim...

- É bom ter cuidado comigo!

Diga-me que está com saudades,
Que sou a "Lucy” de sua vida,
E não se atreva a esquecer do meu aniversário
- Vinte e dois do quatro –
Você poderá se tornar o “elo perdido.”
E quem avisa, é amigo...!
Portanto...

- É bom ter cuidado comigo!

Diga que sem mim,
Sua vida é impossível,
Fica sem beleza e alegria...
Caso contrário,
Muito cuidado comigo,
Pois eu posso perfeitamente
Virar "O bicho!”

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Hahahahaha

E aja besteirol!!!

quarta-feira, abril 15, 2009

PUETALÓIDE




PUETALÓIDE
De: Ysolda Cabral


Será que sua tristeza,
É uma tristeza tão violenta e crucial,
Donde uma simples mente,
- Que não mente,
Não possa lhe desejar Paz?

Uma Paz assim...
Meio “debi”... Apenas;
E nada mais...?!

Para mim o poeta enlouqueceu...
- Que bobo!!!

Mas qual poeta não ficaria louco,
Se o amor de sua vida fosse embora,
Em vida...
Pra nunca mais...?!

Hoje, em prantos... Talvez chore,
Nos quatro cantos do Recanto,
Causando revolta e desencanto...

Faz isso não Poeta nobre,
Tuas poesias, sonetos ou “poemitos”
Não podem entristecer!

Mesmo que nos encante e fascine...
Imploramos, com toda a humildade:
Volta a compor os poemas encantados,
De rimas elegantemente exuberantes,
Os quais tão bem sabes fazer...!



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Puetalóide um dos mais brilhantes poetas do Recanto das Letras.

PRA VIDA INTEIRA



PRA VIDA INTEIRA
De: Ysolda Cabral


Finalmente compreendi,
O motivo de ser assim;
É que não sou daqui!

Sou do espaço sideral,
Vim pra cá feito cometa.
Na chegada quase, quase,
Fui extinta do planeta...

Chorei só um pouquinho,
Mas logo me vi sorrindo,
E limpando a poeira das estrelas,
Fui procurar um cantinho.

De repente você me apareceu,
E me dedicou um poema,
E eu pensei cá comigo:
Vou te amar pra vida inteira.


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Pé imobilizado novamente
Numa tarde de 4a feira
- Mas que droga!
E agora, como vou fazer a prova?
Acho que prefiro voltar para o meu Planeta! (Rsrs)


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A GUERRA DO FOGO X EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE


BREVE RESENHA SOBRE O FILME
“A GUERRA DO FOGO X EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE “

POR: YSOLDA CABRAL




Uma vez constatada a nossa origem comum, segundo a Teoria do cientista inglês, geólogo naturalista Charles Darwin, a Antropologia se perguntava por que e como somos diferentes dos demais animais. Além disso, ao reconhecer todos os seres humanos como membros da mesma humanidade, a ciência do humano se perguntava o porquê da diferença de comportamento entre os grupos humanos. A resposta foi colocada de maneira bem simples e clara: a responsável pela diferença é a cultura. Somente nós temos a capacidade de simbolizar e, portanto evoluir. Essa distinção radical entre cultura e natureza, entre humanos e demais animais, manteve a visão de nossa superioridade sobre todos os animais.

No filme “A Guerra do Fogo” essa afirmação é colocada de forma nítida e clara quando alguns membros de um determinado grupo são “convidados” a viajarem em busca do fogo, cuja chama deixaram apagar.

O pequeno grupo é logo liderado por um dos membros, nitidamente mais ponderado, curioso e corajoso.

Ao longo do percurso, encontra um grupo menos evoluído de canibais e em outro; um mais evoluído.

Com esses últimos, tem contato pela primeira vez com o sorriso e o humor, advindo de uma pedrada involuntária na cabeça. Dá-se então a descoberta da alegria mesmo na dor de uma pedra na cabeça. (?)( Rsrs)

Conhece o artesanato, amplia seu conhecimento na culinária. Tem contato com a vaidade; higiene pessoal, etc.

Dormir sob proteção de uma “casa”; comer e beber em recipientes e, claro, aprender a fazer o fogo. Ponto primordial para acontecer à evolução sob todos os aspectos da vida. - Neste sentido, fica bem evidente no filme a relevância da comunicação através de gritos, gestos, símbolos e ação para a nossa evolução.

E para que ela – a vida - tenha continuidade com beleza e magia realçada, o filme mostra através de seu líder, o amor entre o “semelhante diferente”, quando faz o líder do pequeno grupo se apaixonar pela nativa daquela comunidade mais evoluída e com ela aprende a correta forma de se relacionar sexualmente, a amar e a respeitar seu semelhante e por que não dizer; dele cuidar?

E, o resultado é que volta da viagem trazendo consigo o conhecimento de como fazer o fogo, sua amada e enormes aprendizados.

O filme deixa clara a importância do sentimento – amor – pela vida e pelo igual, mesmo que ele seja diferente. O hominídeo quase, bonobo do filme, nos comove e impressiona quando sob a luz de uma linda Lua Cheia, junto à sua amada, aguarda a chegada do primeiro filho.

Será por isso que digo :

CHAMA DE AMOR

Com a chama do amor
Sobrevivo
Calo o grito
Sufoco a dor
.
Com a chama do amor
Fico leve
Sou alegre
Mesmo que de maneira breve
.
Com a chama do amor
Amanheço
Anoiteço
Envelheço
.
Sem a chama do amor
Não existe poema
Não existe canção
Pára o meu coração
.
Sem a chama do amor
Não sei quem sou
Não sei onde estou
Não sei para onde vou

Sem a chama do amor
Desapareço
Entristeço
Morro de solidão e de dor ?
.
**********
P.S - Matéria do interesse da turma de Direito 2009 da FAPE.
Espero que esteja correta minha interpretação.
Publicada tb no Recanto das Letras.

terça-feira, abril 14, 2009

FILOSOFIA "YSOLDIANA"






FILOSOFIA “ YSOLDIANA”


Silencie suas mágoas, suas raivas,
Seus temores, suas dores,
Suas frustrações...
Ninguém quer saber não!

Está precisando de cuidados?
Ora, se você não se cuidar,
Vai morrer de um infarto imediato...!!

Está se sentindo feia (o)
Que besteira!!!
Eu estou e nem ligo!
Culpo o espelho.

Agora se você não é amada (o)

A coisa é séria,
Mas...
Ame-se e se baste.
É fácil!

Nossa como estou filosófica...!

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Tenha um bom dia e até um dia.
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PS. O “ Ysoldiana” é do Puetalóide
- Ô amigo sábio!!!! (Rsrs)

segunda-feira, abril 13, 2009

AUSENTE DE MIM




AUSENTE DE MIM
De: Ysolda Cabral


Sabe aquele teu poema...?

Nunca deverias ter composto
Ele era de uma tristeza tão vasta
Que me deixou no vazio do nada

Sabe aquele teu poema...?

Deixou-me com medo de dormir
E fiquei a ter pesadelos acordada

Sabe aquele teu poema...?

Tirou-me a fome e a sede
Até minha hortelã perdeu o cheiro, a cor e a graça
Será que merecíamos tanta desgraça?

Sabe aquele teu poema...?

Tão belo e tão ausente de mim...!


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domingo, abril 12, 2009

HARMONIOSA PAZ



HARMONIOSA PAZ
De: Ysolda Cabral



Sabe meu Amigo,
Sempre “arengo” com Você!

Faço assim por que sei que Me ama pra valer,
E, também sei que, Você sabe disto e muito mais.

Sabe até o que tento Lhe esconder...!!
E, isso eu já acho até demais.

Mas, Você é mesmo um grande amigo.
O melhor de todos e é Quem sempre está comigo,
Até mesmo quando não Lhe quero por perto,
Por entender que não é muito propício.

Às vezes fico a refletir por que a paciência,
A benevolência para com esta Sua filha
Tão injusta e de Você esquecida...

Por que tolera tanta ignorância, tanta estupidez...
Sem se magoar, sem revidar e/ou sem me questionar
Ou deixar-me endoidar de vez...

É...!
Eu sei e eu mesma me respondo:
É por que Você me fez!

Evidentemente está na cara que,
Prevaleço-me disto!
- Quanta insensatez!

Entretanto, o fato é inconteste.
Neste instante confesso-Lhe,
Com toda sinceridade e lucidez.
Cujo intento é me fazer redimir e perdoar.
Afinal já chega de querer Lhe enganar.

- Se mereço perdão; não sei...

Você sabe que brinco muito com o dia de Domingo,
E só Você sabe até onde isso é verdade.
Porém o Domingo de hoje é diferenciado,
É Domingo de Páscoa e dito:

Todos os corações devem ficar
Na mais completa e harmoniosa PAZ.
E, que reine sobre todos nós mais humildade,
Mais fraternidade e mais generosidade.
Posto que, mau nenhum faz.

**********

Feliz Domingo de Páscoa!


Publicado no Recanto das Letras
Em 12/04/2009Código do texto: T1535086

sábado, abril 11, 2009

O HOMEM IDEAL





O HOMEM IDEAL
De: Ysolda Cabral


Pra conquistar o coração
De uma mulher de verdade,
O homem ideal não precisa ser rico,
Nem moço e nem bonito.

Basta ser inteligente e sensível,
Educado e generoso de fato.
Um pouco poeta para o caso,
De um encontro por acaso...

Ter cheiro do campo,
O frescor das águas dos rios,
Dos lagos ou dos mares,
Dos quatro cantos da vida...

O humor de uma criança,
De sorriso franco e encantador,
Sem receio de nada.

Pra conquistar o coração
De uma mulher de verdade,
O homem ideal precisa ter caráter.
Ser honesto e delicado,
Sem ser afeminado.

Mandar-lhe flores e trevos da sorte,
Declarações de amor em forma de poesia,
Sonetos ou do jeito que tiver vontade.

Saber dançar uma música suave,
Segurando-a com delicadeza e elegância,
Dizendo-lhe baixinho ao ouvido
O quão está bonita,
Naquele vestido horroroso.

E ser sincero ao falar,
Afinal o que importa se o vestido é feio ou bonito,
Novo ou velho, de gaze de seda,
Ou, simples chita?

Para conquistar o coração
De uma mulher de verdade
O homem ideal precisa ter paciência,
Saber ouvir besteira,
Lê-la nas entrelinhas...

E fazê-la dormir em seus braços
Segura, tranquila e calma,
Depois de muito carinho.
**********

Em pleno sábado a tarde... (Rsrs)

CUPIDO X PANDORA


CUPIDO X PANDORA
De: Ysolda Cabral


O que esperar de um filho
De Penúria e de Poros?
A união da fome e da astucia,
Da miséria e da engenhosidade;
Só podia dá ele! – Eros, o Cupido.

Com flecha certeira,
Mira o coração da gente,
Fazendo dele alvo por puro capricho,
E irresponsável brincadeira.

Enquanto isso no Monte Olimpo,
Bem ao Sul da Macedônia,
Zeus irado se levanta,
E indignado repreende o peralta.
Nem percebe que está atrasado!

Eros acertou até Páris!
- E não é que o príncipe caiu!!
Escolheu Afrodite entre todas as deusas,
E elas enciumadas conspiraram contra,
Levando-o a raptar a bela grega Helena,
Mulher de Menelau.

Desde então a Paz entre os humanos,
Não aconteceu mais.
E, por dedução,
No Olimpo também não.

Tomara que os deuses nos mandem novamente Pandora,
Contente de ser apenas bela e sem curiosidade,
Para recolher as desgraças, as doenças, as pestes,
As guerras e, sobretudo, a morte deixadas aqui
Por conta de deusas ciumentas e as brincadeiras
De um deus brincalhão e peralta.

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Publicada no Recanto das Letras
E aja Mitologia, Filosofia e Sofias (Rsrs)

sexta-feira, abril 10, 2009

CHEIRO DO MAR


CHEIRO DO MAR
De: Ysolda Cabral


Vir ao Mar depois dele ter,
Cedido seu “Leito de Águas Claras”,
Para mais uma noite de amor,
Entre o Sol e a Lua Cheia,
Sem lhe agradecer pela vida,
Causa-me perplexidade e dor.

A maioria dos banhistas passa pra lá e pra cá...
Sequer, lhe dirigem um olhar!
Para se refrescarem usam suas águas.
Quando saem, se expõem ao Sol
Fazendo dele simples toalha...

Ora, se o amor em tudo está...
Não haveria má interpretação,
Nessa teoria e que agora a razão
Obriga-me a refletir e duvidar...?!

Se tudo está em seu devido lugar,
Por que pensamentos assim,
Pairam dentro da minha cabeça?!

Sou brasileira e não grega!
Por que estou a conjecturar,
Sobre Mitologia ou Filosofia...?

Vou terminar num hospício qualquer dia,
Sem janelas, cercada de tristeza,
E sem nenhuma fantasia.

Sabe de uma coisa: vou mergulhar!
Não só para me refrescar,
Confessar e/ou energizar...
.
Vou, principalmente, agradecer,
E sentir o cheiro do amor,
Que o mais belo casal no Mar deixou.

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Publicada tb no Recanto das Letras

quinta-feira, abril 09, 2009

LEITO DE ÁGUAS CLARAS

LEITO DE ÁGUAS CLARAS
De: Ysolda Cabral


Quando o Sol deitar,
A Lua mais bela que nunca chegará.
Cheia de uma imensa saudade,
Pronta para amar.

O Mar com prazer,
O seu leito doará.
Não há o que temer,
Pode acreditar!

E nas águas quentes se banha,
Preparando-se para a noite de amor.
Sem pressa repõe as energias,
Que a vida lhe tirou.

Então, quando ela chegar,
Estará pronto para sorrir e amar.
Depois dormirão juntos,
E um novo amanhecer ressurgirá.

E é assim,
Do amor entre o Sol e a Lua,
Que a vida se renova,
No leito de águas claras do
Mar.

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Uma Páscoa de Renovação e Paz para você.

segunda-feira, abril 06, 2009

MINHA VIDA NUM SEGUNDO


MINHA VIDA NUM SEGUNDO
De: Ysolda Cabral


Vejo hoje o Mar em listras horizontais,
Serenas e guardando em segredo
Suas ondas verticais...

Agora sobre o Rio,
O qual hoje é espelho,
Sinto que o dia Promete muitos ais...

Tanta notícia ruim,
Tanta tristeza no ar,
Tanta falta de fé!
Sinto uma dor terrível
Até...

Continuar a caminhada,
Cada vez mais complicada,
É bastante difícil.
Tem que ser estimulada!

Mas logo encontro estímulo,
No amor que sinto e coloco
Nos versos que componho.
Fazendo a minha vida
Valer cada segundo.

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Publicado no Recanto das Letras em 06/04/2009Código do texto: T1525521

domingo, abril 05, 2009

MEU MUNDO LABIRINTO

MEU MUNDO LABIRINTO
De: Ysolda Cabral


Ai! Domingo de novo?!
Vou ter um troço!
Segurem-me firme e forte,
Senão vou cair...

Cair no labirinto de mim,
E de lá não vou mais sair,
Nem com reza forte.
Ficar por lá será melhor,
Do que ficar aqui.

Aqui só tenho trabalho,
Estudo e pouca coisa útil,
Para me interessar ou divertir...

Por lá tenho mágico balão,
Espaçonave, submarino,
Tobogã, barquinho de papel,
Varinha de condão...

Casinha de boneca,
Coelhinho da páscoa,
E até Papai Noel...

Vezes há, quando chego por lá,
Resolvo ser Sininho, Ariel a sereia;
Branca de Neve, em noite de lua cheia,
Sem bruxas, maçãs envenenadas ou anões.
Por lá sou sem senões...

Posso até ser Cinderela,
Jamais Gata Borralheira,
De borralho estou cheia!

Eu quero sonho de goiabada,
Quero um domingo sem mágoa,
Quero passear na praia,
Do “oceano” puro e mágico,
Do meu “Mundo Labirinto”.

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Publicada tb no Recanto das Letras

sábado, abril 04, 2009

"TUDO COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES"



“TUDO COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES”
De: Ysolda Cabral


A CONSCIÊNCIA do meu mundo exterior e interior é vasta
Com percepção muito destacada e aguçada
Perscruta com rapidez e facilidade o meu PRÉ-CONSCIENTE
Para saber se há algo diferente
E ele mais que depressa me informa
Que, realmente minha vida sem você não é nada.

No INCONSCIENTE os conjuntos imperscrutáveis
Obrigam-se a ficarem bem quietos
Por simples medo de minha censura interna
E assim eles permanecem quietos.

Revoltados o ID, o EGO e o meu SUPEREGO
Inflamam-se e reclamam implacáveis
O ID então se manifesta e me passa na cara:
Teu prazer é meu maior mérito
Mesmo que o teu INCONSCIENTE não revele

O EGO, todo apaziguador,
Gaba-se por ser o “dono” do equilíbrio e da realidade,
Diz para as energias se acalmarem e resfriarem
Pois as exigências da realidade
Imploram ao SUPEREGO que anule a percepção,
A memória, os sentimentos e os pensamentos de você
Sem retornar ao “Complexo de Édipo”.

E assim a luta dentro e fora continua
Visando o conhecimento de nós
Nós de ontem ou “nós outros” de hoje e de longe
Cuja incógnita, “a luz do meu sentimento”
Já não mais reluz como dantes.
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É no que dá estudar Psicologia Jurídica num sábado a noite. (Rsrs)

COMIGO LÁ VOU EU


COMIGO LÁ VOU EU
De: Ysolda Cabral


Agora é mesmo pra valer:
Sou eu comigo.
E comigo lá vou eu...
Sem destino e na peleja,
Independente do que aconteça...

- Ou será que não?
Talvez sim... Talvez não sei...

Eu me digo vá por ali,
Sem sair daqui e nem de mim.
O meu eu é teimoso e complicado,
Vive me dando trabalho!

- Ou será que não?
Talvez sim... Talvez não sei...

Ele exige pouco dos outros,
E muito da sem noção daquela que há em mim...
Cansada, hoje triste e tão desencantada!

Ou será que não?
Talvez sim... Talvez não sei...

Quanto encanto encantado,
Havia ontem no meu parco imaginário,
Um dia involuntariamente criado!

Ou será que não?
Talvez sim... Talvez não sei...

Das coisas que vejo duvido.
Das coisas que sinto me demito!
Para que amar um amor inventado,
Se antes mesmo de existir
Está morto e enterrado?

Ou será que não?
Talvez sim... Talvez não sei...

sexta-feira, abril 03, 2009

DENTRO DE NÓS


DENTRO DE NÓS
De: Ysolda Cabral


Ouvir a sua voz,
O seu sorriso de bom dia...

Saber...
Por sentir,
Sem ver,
Que você está em mim,
E eu em você...

É mais que bom;
É bom demais!

Estarmos juntos,
Assim em nós...
Faz-nos repletos de alegria,
Para viver o que vier com o dia...

Assim tudo fica mais fácil,
Mais bonito,
E com brilho especial.

Quando a noite cai,
Para trazer um novo dia,
Tentamos lembrar o que dissemos...

E, nem eu e nem você,
Se lembra mais...

O que importa...?
Estamos desde sempre,
Bem aqui, dentro de nós.
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Publicada tb no Recanto das Letras

SEM SAÍDA


SEM SAÍDA
De: Ysolda Cabral


Ah! Você me enlouquece.
Deixa-me sem jeito e sem solução,
Para viver sem você no meu coração.

É um amor adoidado,
Desarticulado, fora até de estação;
Despropositado que enche a minha alma,
De luz e de emoção,
Sem me dar outra opção.

Pensar em você aumenta o amor.
Também a dor da saudade,
E é uma dor tão danada,
Que me deixa desnorteada...

Já tentei arrancar você de mim,
Cheguei a ordenar ao meu coração,
E também a minha alma.
Foi simplesmente em vão!

Eles não me deram ouvidos,
Aconchegaram ainda mais você em mim,
E você todo feliz e satisfeito,
De lá de dentro me manda um recado,
Que diz assim:

- Minha amada,
Nunca esqueça; aqui fui tatuado.
Aceite com tranquilidade este fato,
E cuide de mim, sempre lembrando,
Que não há como sair mais daqui.
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Publicada tb no Recanto das Letras

quinta-feira, abril 02, 2009

PÁSSARO OU AVIÃO?


PÁSSARO OU AVIÃO?
De: Ysolda Cabral


Certa de que o mundo ia acabar,
Levantei-me depressa e corri para o mar.
Saí de casa em disparada,
Correndo rua a fora, sem me preocupar.

Corria e conjecturava por que o mundo ia acabar...
Afinal estava tudo tão bonito e certinho no lugar?!
Foi quando passei por um menino e esse começou a gritar:
Corra não “madrinha” você vai cair e se arrebentar!

- O “madrinha” foi terrível, melhor seria “tia”,
Você há de convir e comigo concordar, mas...

Não lhe dei ouvidos, pois tinha pressa de chegar.
Atravessei a rua sem olhar.
Quando senti uma força estanha para o alto me jogar.
Aproveitando o improviso, senti-me um pássaro
E mais que depressa cheguei no mar.

Estava sobre ele a plainar suavemente para lá e para cá,
E comecei a me exibir como se o dia não fosse o dia do mundo acabar.
Talvez fosse o dia do pássaro – não lembrei se havia esse dia –
Contudo, o “Dia da Aviação” existia...
Então, me senti um “avião’, uma tremenda e perfeita máquina,
Parte da “Esquadrilha da Fumaça” em dia de comemoração.

Subi bem alto, bem alto, muito alto mesmo!
E de lá de cima, - acho até que muito além do Céu -
Depois de desenhar para você um coração,
Dei uma cambalhota perfeita – estava leve que nem grão -
E sem pensar em mais nada, muito menos se seria pássaro ou avião,
Mergulhei em queda livre, leve, solta e maravilhosamente linda,
E, fui parar, literalmente, de cara no chão.

Agora estou aqui triste por não ser pássaro e nem avião
De cara quebrada e de moral arrasada
Tentando descobrir o que me matará primeiro:
Será o “Sonho” ou o “Pesadelo”?

Aja coração!

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Publicada tb no Recanto das Letras