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sábado, maio 30, 2009

SOL POENTE




SOL POENTE
de: Ysolda Cabral


Sonhando
Talvez dormindo
De um sono profundo
Acordo...

Ao meu redor
Um mundo estranho
Desconhecido
Vazio...

Na jardineira da janela
Uma avoante,
De dorso branco, repousa...

Ela sou eu
Ou eu sou ela?

Levanto-me trôpega
Ela voa pra longe...

Seu rastro de luz mistura-se
Aos raios do sol poente
Que caem sobre mim simplesmente...
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Publicada tb no Recanto das Letras

sexta-feira, maio 29, 2009

TERRA DO NUNCA




TERRA DO NUNCA
De: Ysolda Cabral


Verde, amarelo...
Azul, lilás...
Vinho tinto...
Cálice!

Barro ou cristal?

Mágoas,
Feridas,
Sol e Luas...

Cure-se!
Inunde-se...

O planeta
De mais branco,
De menos ais...

Vermelho no sangue,
Dentro de veias
Poéticas e todas... Serem iguais!

Com colméia,
Mar sem onda
Com Botos e Sereias...

Terra do Nunca Mais.

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Publicado no Recanto das Letras em 29/05/2009
Código do texto: T1621451


http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/1621451


quinta-feira, maio 28, 2009

SOPRO AO VENTO





SOPRO AO VENTO
De: Ysolda Cabral


Vento forte,
Por favor não seja áspero!

Não machuque o rosto do meu amado,
Quando ele caminhar apressado.

Vento forte,
Não seja bobo!

Pode lhe contar todos os meus segredos,
Sem nenhum receio...

Vento forte,
Não seja impiedoso!

Fale tudo o que quiser,
Só não lhe conte coisas tristes
E liste:

Por onde andei e com quem falei;
O que senti e que pensei;
O que vivi e ainda vivo...

E, se morri...
O amor que sinto,
Veio comigo.


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Publicada tb no Recanto das Letras


http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1619224


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quarta-feira, maio 27, 2009

TEMPO



TEMPO
De: Ysolda Cabral

Tempo...
Em determinado momento,
É irrelevante
E elimina o medo.

Entender esse intervalo
É utopia do querer
Entretanto, me responda:
Como estão os seus cabelos?

Longos, curtos
Um pesadelo...!

Cheios, crespos,
Lisos ou encaracolados
Um aconchego...!

Se, por um acaso, grisalhos...
Ai, que lindos!

Quero eles,
Quero beijos,
Estou com saudade...
Tenho medo...

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Publicada no Recanto das Letras



terça-feira, maio 26, 2009

BRINCANDO COM TEU NOME


BRINCANDO COM TEU NOME
De: Ysolda Cabral


Gosto tanto do teu nome
Que com ele vivo a brincar
Como brincava de boneca
Quando criança a sonhar...

Vestia minha boneca de trapos
Só pra vê se ela ficava feia
Quanto mais eu caprichava
Mais ela me deslumbrava
E me deixava do mundo alheia...

Assim também é com teu nome
Quando estou em horas vagas
O escrevo com e sem graça
E fico ali bem largada...

Uso negrito na “Arial”
Caneta Bic, lápis grafite
E em qualquer papel
Ele sempre fica chique...

Chique na rima e sem apelação
Pois escrevi teu nome até com giz
Também com o carvão e coloquei pontuação
Foi aí então que, fiquei literalmente sem chão.


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PS. Tema sugerido. (Rsrs)


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Publicada tb no Recanto das Letras



segunda-feira, maio 25, 2009

BOM DIA



BOM DIA
De: Ysolda Cabral


Psiu... Silêncio!
É necessário silenciar
Para que ele nos traga os sons...

Dos passarinhos
Dos acordes do violino
Da água pura e cristalina
Da doce risada da menina

Psiu... Silêncio!
É necessário silenciar
Para que ele nos traga a graça...

De não nos sentirmos sozinhos
De voltarmos a sonhar e ter planos
De acordarmos sem saudade
De quando havia mais fraternidade

Psiu...Silêncio!
É necessário silenciar
Para que haja mais harmonia
Mais compreensão, esperança e alegria
Em cada santo e abençoado dia.

Bom dia!
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Publicada tb no Recanto das Letras

sábado, maio 23, 2009

PUETALÓIDE & YSOLDA CABRAL - DUETO


"Aferição Poética"
Puetalóide & Ysolda Cabral

SONETO DE AFEIÇÃO

Porque teimas, oh musa, em negar
Esse amor q'eu sinto, e lhes mereço.
Que dedilho em versos, lhe endereço.
E que você finge não acreditar?

Porque teimas, oh musa, ignorar?
- Negar tanto afeto, tanto apreço -
Tanto amor em versos q'eu ofereço.
Porque teimas, musa, em desprezar?

Se assim procedes... - Se me negas -
Esse amor que outrora foi em medas
Pode um dia, quem sabe, declinar.

E ao desprezo de tí..., Por abandono
Ir aos poucos fluindo, se decompondo.
Ou, em mágoas e prantos... Acabar.

Puetalóide

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Poema Em Aceitação


A musa não nega o que sentes
E muito se faz envaidecida.
Sabe perfeitamente que não mentes
Apenas... Retribuir... É impedida.

Os versos endereçados são chegados
Ao acorde de sublime melodia.
Como não poderia acreditar
Em tanto encantamento e magia?

Teu amor oferecido
Recebo com carinho e devoção.
És meu poeta preferido.
- Enterneces meu coração -

Jamais a musa abandona o poeta
Porém o contrário sempre é certo.
Não contradigas o que te digo
Posto aqui, pra ti, eu não minto.

Ysolda Cabral
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Puetalóide
Publicado no Recanto das Letras em 22/05/2009
Código do texto: T1608872

http://recantodasletras.uol.com.br/duetos/1608872

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Obrigada, querido amigo e poeta amado, pela oportunidade de compor com você este belíssimo Dueto. - Senti-me honrada.



FILOSOFIA "YSOLDIANA" III




FILOSOFIA "YSOLDIANA" III



Quando me sinto atrapalhada sorrio muito
E logo me sinto recompensada.

Quando me sinto envergonhada,
Dou gargalha escancarada.

Quando me sinto negligenciada,
Sorrio conformada.

Se me acho feia, faço careta.
Logo me acho uma princesa.

Se do nada fico triste,
Componho uma canção.

Gosto até de aquecer meu coração,
Dando risada.

Vezes há que a lágrima,
Mistura-se com o sorriso.

E quando leio aquele aviso:
“Sorria!! Você está sendo filmado...”

Choro de rir.
É tão engraçado!
Faça o mesmo.
É um "barato"!

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Publicada tb no Recanto das Letras

sexta-feira, maio 22, 2009

ELE DISSE NÃO




ELE DISSE NÃO
De: Ysolda Cabral


Para matar a saudade que sinto,
Recorri as nossas cartas,
Esquecendo que foram rasgadas,
E chorei aniquilada.

Apelei para seus presentes,
Guardados no velho baú,
Hoje peça de decoração da sala.
E nada...!

Tentei afastar o pensamento,
Pensando em épocas bem diferentes,
E o pensamento de vontade própria,
Pra você sempre volta.

Fico prostrada e bem quietinha,
Pra vê se acalmo a minha saudade,
Pedindo ao meu coração,
Que pare de sentir emoção.

É mesmo que nada!

E para me deixar definitivamente calada,
Ele me ameaça com uma forte
E poderosa pancada...

Então eu lhe digo com convicção,
Muita coragem e decisão:
- vá em frente e acabe logo com isso.
E ele me responde NÃO!

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Publicada no tb no Recanto das Letras.

quinta-feira, maio 21, 2009

UM ITALIANO MUITO MACHO





UM ITALIANO MUITO MACHO
De: Ysolda Cabral



Cris - a da crônica “Minha Primeira Vez” – minha amiga, comadre e uma das pessoas mais inteligentes e engraçadas que conheço, resolveu casar com um italiano, bonito, sério e muito “macho”, segundo ele próprio assegurava.

De presente de casamento ganharam um vídeo cassete.

Nessa época eu e Benjamin estávamos noivos e logo após o retorno da lua de mel, a Cris nos convidou para uma sessão de cinema em seu apartamento. Os preparativos foram muitos para que a noite fosse perfeita. Afinal, éramos os primeiros a ser recebidos por eles.

Ela caprichou na arrumação da sala de projeção, com almofadões novos, lindos e confortáveis pelo chão, rodeados de várias bandejas com salgadinhos, docinhos e balde de gelo - pra minha coca e pro whisky deles - e assim deu-se inicio a sessão.

A meia luz nos acomodamos para assistir o primeiro filme. Pretendíamos assistir pelo menos dois. O vídeo mal foi ligado, começou a dar problema.

Roberto falou: “esse vídeo requer muita energia. Melhor desligar o abajur, Cris.”

O abajur foi desligado e no escurinho do cinema, ela, toda animada, falou: agora vai! - E nada!

- Desliga o ventilador! Ele ordenou.
O ventilador foi desligado. - E nada!

- Desliga a geladeira e o mais que tiver ligado! - E nada!

No segundo andar, um visinho metido a engraçado, o qual da janela todo o drama acompanhava, gritou: esse filme vai ou não vai começar?

O italiano se levantou mais quente que chaleira fervente, correu pra janela e falando, também, com as mãos, redargüiu com ímpeto: “vai começar se você desligar metade da energia que você está a desperdiçar seu exagerado!

E o visinho prontamente desligou todas as luzes de seu apartamento.

E assim o prédio foi ficando todo no escuro, as bandejas vazias, o gelo derretido, o bigode de Roberto em fúria, a gente a morrer de rir e eu a achar que ele era mesmo muito macho. Fazer o prédio inteiro ficar no escuro! É mole?!

Até que dois anos depois, pelo circuito fechado de TV, vi o “muito macho” desmaiar na sala de parto, por ocasião da chegada da minha belíssima afilhada. (Rsrs)


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Publicada no Recanto das Letras

VERMELHO NO ASFALTO


VERMELHO NO ALFALTO
De: Ysolda Cabral



Dentro de uma sonolência relaxada,
Respiro suavemente a brisa úmida,
Deixada pela chuva da noite passada.

O perfume que sinto ou imagino,
Não é de terra molhada.
É do asfalto refrescado e limpo,
Por onde carros apressados passam...

- Em uma só direção!

Apressado ou quase parado,
Vejo um homem confuso e atrapalhado,
Fora da calçada e na contramão.

De repente,
Um grito me acorda!

E, no branco do dia,
No preto do asfalto,
Mais uma cor existia...

- Que sobressalto!



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Publicada tb no Recanto das Letras

quarta-feira, maio 20, 2009

AMOR DESMEDIDO


AMOR DESMEDIDO
De: Ysolda Cabral


Nunca te deixei,
Inconscientemente.

Nunca entendi teu amor - que sei meu -
Sumariamente.

Carinho e contentamento,
Te dou em versos, sem rimas.
Efetivamente!

Doces palavras de afeição,
Trazem felicidade, certamente!

Ser racional ou irracional;
Destemida ou comedida;
Impulsiva ou feminina...

No mundo dos sentidos,
SOU AMOR.

Amor desmedido,
Sim senhor!
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Publicada tb no Recanto das Letras

terça-feira, maio 19, 2009

CARÊNCIA



CARÊNCIA
De: Ysolda Cabral


Suspirando de saudade,
De um amor nada efémero e empírico,
Exclusivamente no sentido filosófico,
Entreguei-me a devaneio declarado.

O botão de rosa laranja pálido,
Estático, esquálido,
A minha frente no jarro,
Parece um quadro.

- Que triste!

Sem vida e sem perfume,
Sem alegria e sem perspectiva...

O jarro eu destruo.
E os meus sonhos?

- Você existe?!
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Publicada tb no Recanto das Letras

segunda-feira, maio 18, 2009

CARA DE PAPANGÚ



CARA DE PAPANGÚ
De: Ysolda Cabral


Hoje estou com cara pálida
Olheiras e cheia de não me toques

Pra levantar meu astral
Apelei para o batom vermelho
Que me deixou um papangú
De bloco de Carnaval

Para completar a maquiagem
Um leve contorno nos olhos
Um retoque nas sobrancelhas
E no pescoço um lenço sem broche

Busto pronto e colorido
Esqueci da parte de baixo
Carente de saia rodada e nova
Vesti uma calça comprida

Já a caminho do trabalho
Achando-me jeitosa e bonita
Um piedoso assovio
Leva-me de volta pra casa

Retirando toda maquiagem
E aliviada da máscara
Fico pronta para encarar a vida
De cara lavada e limpa...


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Publicado no Recanto das Letras em 18/05/2009
Código do texto: T1601244

domingo, maio 17, 2009

ALMA RETIRANTE


ALMA RETIRANTE
De: Ysolda Cabral



Como noite de agouro no sertão,
Cai à tarde do domingo,
Num peito que é triste solidão.

Com calma, com muita calma,
Respiro fundo e sinto minha alma,
Como a se arrumar pra longa viagem,
Igual a retirante em tempos de estiagem.

Ficamos assustadas
- Eu e a minha pobre alma -
Então lhe peço gentilmente,
Que pare de se avexar.

Rogo-lhe que se sente.
Ela humilde...
Reluta um pouco... Contudo,
Aceita meu convite com gosto.

Em troca lhe prometo
- ela sabe que cumpro -
A lhe ajudar a por tudo no lugar...

E é assim que termina o domingo,
Minha alma a conversar comigo,
Em minha sala de estar...


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Publicada tb no Recanto das Letras.
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39114



quarta-feira, maio 13, 2009

FALANDO EM CHEIRO ...






FALANDO EM CHEIRO ...


Minhas Mãos...


Cansadas, doloridas e vazias,
afagam a "Hortelã Cheirosa"
da jardineira da janela,
repleta de verde, perfume e de magia.

Estarão em busca
de mais suavidade e energia...?!


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Estarei ausente por uns dias,
Para repor as energias... :) :)

Ysolda Cabral

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Publicado no Recanto das Letras
em 13/05/2009Código do texto: T1591469

SEU CHEIRO





SEU CHEIRO
De: Ysolda Cabral


Ah! Em plena madrugada,
Sonolenta, com saudade e muita cansada,
Mesmo assim vou deixar a minha mente,
- A pedido de Maysa -
Buscar para mim o seu cheiro novamente.

Não será fácil conciliar o sono depois disso,
Entretanto valerá a pena,
Acredito!
Assim, terei você novamente aqui comigo...

Se eu chorar, não vou me importar.
Pois será de felicidade em relembrar,
Cada minuto que estive com você.

Seu cheiro de colônia e de cigarro,
Faziam-me enlouquecer...
E, por mais que eu quisesse,
Até hoje, não consegui esquecer!

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PS. Composta, a convite de Maysa,
para participar de sua Ciranda no RL. Hoje, com umas pequenas alterações. :)
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Vai para o Recanto tb.


terça-feira, maio 12, 2009

FILOSOFIA "YSOLDIANA" II


FILOSOFIA YSOLDIANA II

Se você está triste,
- Não fique!
Use sua criatividade e inteligência e mande a tristeza embora.
Se você se sente abandonada,
- Não sinta!
Agradeça e respire aliviada.
Ele nem lhe merecia!
Se você tem mágoa,
- Não tenha!
Esqueça, anule, apague, de-le-te,
E seja moderna, exata e não precipitada.
Se você não tem um verdadeiro amigo,
- Não ligue!
Lembre-se dos virtuais,
Verdadeiros e fenomenais!
- Quem precisa de mais?
Se você não tem um amor,
Ora, é fácil, fácil: I N V E N T E!!!
Há coisa melhor que um “amor inventado”?!
O poeta dizia que era tudo de bom,
Eu comprovo e assino em baixo.
- Dê graças!!!
O dia amanheceu lindo!
E nunca se esqueça de estar por você apaixonada.
- É o máximo!
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segunda-feira, maio 11, 2009

VOCÊ SABE


VOCÊ SABE
De: Ysolda Cabral


Ah! Você é surpreendente!
Quando preciso de você,
De alguma forma você sente...

E se achega de mansinho,
Como menino travesso,
Faz-me um ligeiro carinho,
E me toca a alma com zelo.

Então esqueço a solidão,
O sofrimento e a saudade,
E, transbordando de emoção,
Volto no tempo.

Lá encontro você igualzinho
Ao de hoje e ao de sempre.
Abraço você bem apertado,
E lhe digo baixinho:
Amo você adoidado.
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Publicada tb no Recanto das Letras.
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sexta-feira, maio 08, 2009

HELENA QUE NÃO É DE TRÓIA




HELENA QUE NÃO É DE TRÓIA
De: Ysolda Cabral



Pipoca branca, preta de chocolate,
Pipoca de flocos rosa, azul e amarela
E coca-cola zero e não diet,
É o lanche da tarde...

Pipoca doce, salgada,
Crocante, chocante,
Quentinha e gostosa...

Sob o céu de cinza escuro,
Com diadema de arco-íris claro,
Eu compro...

A alma está leve,
O amor nela transborda, inunda
Alcança até o outro lado do mundo...

Da vida, do infinito,
Do amor que sinto
E neste momento esbanjo.

E a Helena, que não é de Tróia,
Não apóia e indignada fica,
Até se irrita na fria tarde,
Deste final de dia...

- E quem liga?!


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Helena uma linda Assessora do Crea-PE.
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Publicado no Recanto das Letras em 08/05/2009
Código do texto: T1583091

quinta-feira, maio 07, 2009

NOITE ESTRELADA





NOITE ESTRELADA
De: Ysolda Cabral



Que o vento leve a pena
Vez que dela não preciso mais
Deixe apenas uma brisa leve
Para que ela leve meus ais

Que a chuva seja breve
Porém antes que se vá
Regue todas as plantas
Deixando-as frescas e belas

Que as rosas desabrochem
As margaridas, as orquídeas também
E que as violetas e os jasmins
Se misturem bem

Contanto que não confundam
Os beija-flores e nem as borboletas
E nem em nós as suas cores

E que o dia fique ainda mais bonito
A noite muita mais estrelada
Para aguardar com calma
O dia da nossa chegada.

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Publicada tb no Recanto das Letras


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quarta-feira, maio 06, 2009

SOL MAIOR


SOL MAIOR

De: Ysolda Cabral



Queria estar com você

Jogando conversa fora

Ou cantando uma canção

Suave e apaixonada


No violão o sol maior

Em ritmo compassado

Acompanhando a minha voz

Soltando todas as amarras


E nesse momento então

Roubaria um beijo seu

E faria você pensar que foi você

Quem roubou um beijo meu


Se você percebesse a minha peraltice

Eu me sentiria amada com sua risada

E lhe deixaria também roubar

Meu coração e minha alma


Mas isso não seria possível

Posto que, desde que existo

Tudo em mim sempre foi seu

Você não percebeu?

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Publicada tb no Recanto das Letras


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terça-feira, maio 05, 2009

OLHO DO VENTO





OLHO DO VENTO
De: Ysolda Cabral


No implacável rodopiar do Tempo,
Que só serve para confundir e enganar,
Não encontro você nas voltas que o mundo dá...

O Vento não é bom conselheiro,
Sempre querendo me contar,
Dos lugares que você sem mim andou,
Só para me vê entristecer e chorar.

E assim, chorando e sorrindo vou,
No meu triste e solitário caminhar,
Pensando na menina que fui um dia,
E na razão dela insistir de em mim ficar.

Então me lembro do amor que sinto,
E o que fazer para dele me livrar,
E logo sentimentos contraditórios,
Resolvem me assaltar...

Levando-me até onde você está.
Para bem juntinho, falando baixinho,
E com muito carinho, lhe perguntar:
- Afinal, quando você vai voltar?

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Publicada tb no Recanto das Letras

segunda-feira, maio 04, 2009

MEU GAROTO

MEU GAROTO
De: Ysolda Cabral



Quando eu era apenas uma garota meus amigos eram bem mais velhos que eu. Hoje que estou um pouquinho “adulta” meus melhores amigos são adolescentes. Será porque sou mãe de uma adolescente, ou será porque sou diferente da maioria das mães?

O que sei é que a garotada me curte pra valer e a recíproca é verdadeira. Logo, tudo fica certo e a amizade flui sem artimanhas. Como sou muito sincera – minha cunhada diz que minha sinceridade chega a chocar - a garotada não acha assim e gosta, respeita e acata, ou não, minhas colocações.

Minha filha diz que tem muitos amigos graças a mim e que sou sua melhor amiga. Acho isso fantástico!

Pois muito bem, na faculdade não tem sido diferente, o pessoal “adulto” não quer saber muito de mim, exceto a Cema (Iracema) que é um poema de amiga. Já o pessoal jovem, está sempre por perto.

- E eu não “aliso” não!

Outro dia dei uma bronca danada na Ângela por jogar o papel de bom-bom no chão. Ela mais que depressa apanhou, jogou na lixeira e aprendeu a lição.

Entretanto, o MM que é o meu “calo” e não sai de perto de mim, não consigo disciplinar. É o mais trabalhoso de todos. Canso de lhe dar bronca, mas não tem jeito não. Fica perturbando todo mundo e hoje ele se superou.

Estávamos tendo aula de Economia, ministrada pelo competentíssimo e paciente professor Justo, quando alguém o interrompeu com uma pergunta, cuja resposta estava relacionada com o assunto a seguir. O professor pediu para ter calma, pois ele iria por parte e chegaria lá.

MM então me sai com essa:

“Ele é parente do Jack estripador. Nunca vi ninguém gostar tanto de “parte” assim! Devia ter ficado lá pelas bandas de Londres e não por aqui com essa estória de “banda cambial”, oxeeee!

Eu, braba, mandei que ficasse quieto e prestasse atenção na aula. Ele todo magoado falou baixinho: porque ela não admite que maior que eu só a girafa?!

Muito bem, Márcio Muniz, você é mesmo um grande garoto. Até mais que a maior girafa lá das “bandas da África, viu!

Sacou? Caiu a ficha?

Ô Ronaldo, explica pra ele. (Rsrs)

E haja besteirol!!!!
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domingo, maio 03, 2009

SOU DE FINO TRATO



SOU DE FINO TRATO
De: Ysolda Cabral


Hei! Vem aqui
Bem pertinho de mim
Quero te contar um segredo
E ninguém pode ouvir
Olho grande existe, viste?

- Cruz credo!

Vem! Deixa de ser bobo
Esquece que hoje é domingo
Tua vez de fazer o almoço
E vem comigo

- Chega aqui!

Qual a razão de fugires?
Preferes ficar aí parado,
De avental e cheirando a alho?

Larga a panela!
Sou muito melhor que a Paella
Quanto ao Vinho, pois que traga
Em duas elegantes taças

- Claro que faço questão!

Sou de fino trato
Você sabe!
Disso não abro mão.

- Hei! Vem aqui
Não demora não...


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sexta-feira, maio 01, 2009

PERNAS PRO AR QUE NINGUÉM É DE FERRO



PERNAS PRO AR QUE NINGUÉM É DE FERRO


De: Ysolda Cabral




De uns tempos pra cá minhas prioridades são outras e bem distantes daquelas de quando escrevi a crônica “Adoro Ser Dona de Casa.”

Hoje ao acordar às 06 h, a exemplo de todos os dias, logo lembrei que hoje se comemora o “Dia do Trabalho”. Então, corri de volta pra cama e resolvi:


- Não vou fazer absolutamente nada. Afinal quem trabalha mais senão a dona de casa?!


Pode o mundo cair, mas hoje vou pensar só em mim. Só levanto quando estiver cheia de estar na cama. Entretanto, logo cansei.


Levantei-me e ao constatar a casa virada num “maço de pipocas”, fechei os olhos, lhe dei língua e fui direto pra cozinha. Comi tudo que não dependia de fogão e nem de microondas e o que sujei joguei no lixo. - Ô coisa danada de boa!


A manhã está relativamente silenciosa, quase no final e eu conseguindo nada fazer. – Que legal!


E a tarde? – Bom... Vou pedir almoço, depois durmo de novo e a noite já convoquei minhas irmãs para irmos ao cinema sem filhos e sem os maridos. É que estou doida pra inaugurar minha carteira de estudante. Hahahahahaha


- É hoje!


Ai meu Deus, a casa está um caus.!


Vou dar só um jeitinho...

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Publicada tb no Recanto das Letras.