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sábado, outubro 31, 2009

ALMA AGONIADA



ALMA AGONIADA
De: Ysolda Cabral


O que quer a minha alma...
Paro, reflito e pressinto que,
Ela não quer nada.

Talvez parar de sonhar,
E partir pra longe de mim,
Mesmo sem saber pra onde ir.

O que quer a minha alma...
Parar de alguma forma,
Para de fato existir...
Sem tanto resistir.

Ah! Que alma mais complicada,
Não se aquieta e nem se acalma!
Por que ficar assim,
Se tudo um dia chega ao fim?

sexta-feira, outubro 23, 2009

POR DO SOL




POR DO SOL
De: Ysolda Cabral



Suavemente vou levando a vida
Sem ira
Suavemente vou inventando a lira
Sem rima
Suavemente vou sentindo a dor
Do amor
Suavemente vou contando as horas
Sem medo
O dia já vai morrer
Não ligo
Outro dia irá nascer
Lhe espero.


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Publicado no Recanto das Letras em 23/10/2009
Código do texto: T1883171


quinta-feira, outubro 22, 2009

O LÁPIS VERMELHO E BRANCO


O LÁPIS VERMELHO E BRANCO
De: Ysolda Cabral


Comentei na crônica “COMPRO UMA MOTO E UMA REDE?” que, havia tirado notas baixas nas últimas provas da faculdade. Pois muito bem; cheguei hoje na sala de aula, justamente no momento em que a professora de Comunicação e Expressão, com elegância e a autoridade que a competência lhe permite, dava uma lição de moral na turma, por conta de alguns alunos terem reclamado da maneira como ela havia formulado um dos quesitos da última prova, o qual envolvia comunicação visual em torno de um certo lápis vermelho e branco.

Fiquei a matutar do que ela estava falando. Seria da outra turma ou será que tivemos provas diferenciadas? Mesmo assim não fazia sentido uma vez que, foi uma prova para dois alunos.

Naquela noite eu não estava bem e quando a professora disse que o exame seria em dupla, fui logo dizendo para Iracema que não seria de grande ajuda. Só que a Iracema estava pior que eu.

De qualquer forma respondemos as duas questões, que envolvia uma impaciente e gozadora “Mafalda” em um Shopping Center qualquer e outra que envolvia o presidente de um determinado país e um produto de limpeza conhecido.

Não havia nenhum lápis nos quadros de comunicação visual em nossa “bendita” prova.

Sem entender nada percebi que, a professora não falava mais no lápis e sim dos nossos quesitos e dentro daquilo que explanava havíamos respondido corretamente.

Então porque diabos tiramos nota cinco? O correto não seria 10?! Resolvi deixar pra lá. Porém, estava muito encafifada com a história do lápis vermelho e branco.

Quando ela concluiu a “bronca”, delicadamente, lhe perguntei sobre o lápis.

Foi neste instante que descobrimos – eu e Iracema - que a prova constava de quatro questões e não duas.

Eu nunca mais faço prova com Iracema. (Rsrs)

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Publicado no Recanto das Letras em 23/10/2009
Código do texto: T1882048

COMPRO UMA MOTO E UMA REDE?


COMPRO UMA MOTO E UMA REDE?

De: Ysolda Cabral



Andava meio dispersa, triste, inquieta, desencantada, sem ânimo pra nada. Minha amiga e colega de trabalho, a Tê Lima, dizia: “seu caso é grave e é melhor se cuidar.” Então pensei: será que “pirei” de vez e preciso de psiquiatra ou é só cansaço? Então me lembrei de pessoas que, resolvem procurar ajuda de psiquiatra e terminam doidas mesmo e/ou dependentes de remédios. Outras que enlouquecem os psicólogos. E, ainda, as que recorrem a padres, pastores, curandeiros, macumbeiros, cartomantes; enfim...


Como nenhuma dessas possibilidades me atrai, resolvi não me preocupar com nada, não fazer nada e me deixar em “câmara lenta”.


Fiquei tão lenta, tão lenta, que parecia mais a lesminha “Lúcia Já Vou Indo.”


Quando ia caminhar, caminhava quase parando. Quando ia nadar, nadava tão devagar que ora o mar me levava, ora o mar me jogava na areia como se estivesse a me punir por tanta indiferença, ou querendo me acordar. Ora ia pra faculdade, ora não ia. E foi aí que o “bicho” pegou pra valer...


Chegou à época de provas e eu me esborrachei direitinho. Nunca havia tirado notas tão baixas! Decidi deixar o curso. Para tanto, precisava imprimir o boleto de pagamento da taxa para o respectivo trancamento da matrícula. Na primeira tentativa, o site estava fora do ar. Tentei novamente mais tarde e o computador deu problema. Deixei pra mais tarde ainda e quando fui finalmente imprimir o dito cujo, a tinta da impressora acabou. Resolvi permanecer na faculdade. Imprimir o boleto estava muito complicado...


Tomei um banho frio, me arrumei, “ taquei” até um batom vermelhão, bem bonito e fui pra aula. - E, tinha outro jeito?!


Quando cheguei lá fui direto pra sala e me sentei na mesma cadeira de todo dia, aonde a Iracema – a Melzinha do Décinho - não me dá sossego nem para ler as cartinhas que seu esposo regularmente me envia por ela. Cartas com mensagens maravilhosas. Ele escreve super bem! Inclusive, estou tentando convencê-lo a criar uma conta no Recanto das Letras. Portanto, guarde esse nome “DÉCIO FERREIRA”.


Voltando à minha condição de “Lúcia Já Vou indo”; lá estou eu sentada aguardando o professor – não sabia nem de que matéria – quando Laura chegou até mim e falou: ô Ysolda que bobeira é essa de querer deixar o curso e tal? Que desânimo é esse?!!!


– Laura, (18 anos), é uma colega linda e muito inteligente (motoqueira de primeira) que me quer muito bem - e eu a ela. Olhei para ela e lhe respondi me sentindo a última das criaturas:


- As provas acabaram comigo, só tirei nota baixa!


Que vergonha, viu!!!


Ela então, incrédula com o que acabara de ouvir, falou: não entendo essa sua postura! Você está estudando num momento privilegiado de sua vida; tem tudo definido; relativamente estabilizado, livro publicado e vendendo; pode muito bem se dá ao luxo de estudar por que quer e está reclamando de notas baixas!!

Veja eu, veja! Estudo noite e dia as matérias da faculdade e também pra concurso. Você há de convir que preciso ter um trabalho legal, ter minha casa, um filho ou filha – com marido ou não – e tudo depende dos meus estudos! Não posso tirar notas baixas e nem posso perder tempo. Viu a diferença, sentiu o peso, a responsabilidade?!


E continuou; eu se fosse você estaria tranqüila e calma. Comprava uma rede, colocava no meu quarto pra estudar me balançando; comprava também uma moto, para vir pra faculdade sem me estressar com engarrafamento e pronto.


- E acrescentou: ô menina, deixa de besteira!!!


E, foi embora balançando a cabeça e me deixando com uma dúvida cruel:


Será que devo comprar mesmo uma moto e uma rede...?


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Publicado no Recanto das Letras em 22/10/2009

Código do texto: T1881230


quarta-feira, outubro 21, 2009

SALVE-SE QUEM PUDER



SALVE-SE QUEM PUDER

De: Ysolda Cabral




Da solidão da multidão

Do silêncio dos estádios vazios

Dos jogos que se multiplicam

Fora dos muros de proteção


Salve-se quem puder


Das ladainhas em procissão

Nas belas ladeiras de Olinda

Ou nas de Salvador da Bahia

Ou em qualquer vão da Sé


Salve-se quem puder


Do acalanto sem canto

Do afago do faz de conta

Do desencanto dos santos

Rosário de homem e mulher


Salve-se quem puder


Do leito profundo dos mares

Aonde descansa os mártires

Vales a vista em baixa maré


Salve-se quem puder


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Publicado no Recanto das Letras em 21/10/2009

Código do texto: T1879123

terça-feira, outubro 20, 2009

DIA DO POETA



DIA DO POETA
De: Ysolda Cabral


Hei! Pessoal,

Descobri agora que hoje é o dia dos poetas.
Paro e penso: qual o dia que não é?
Ora, se amanhece bonito,
O poeta vibra e logo com o dia compõe versos lindos!

Se amanhece feio, chuvoso, frio ou simplesmente mais ou menos,
O poeta corre e "pinta" o dia aproveitando suas cores indiferentes,
E logo faz dele um dia lindo, especial e diferente!

Se fica triste ou alegre, compõe poesias com sentimento intenso ou leve,
Fazendo da poesia sua mais forte aliada na comemoração,
Na depressão, na contemplação da própria absolvição...!

O poeta não é maior e nem menor;
Nem melhor e nem pior;
Rimando ou simplesmente combinando palavras e sentimentos,
É apenas um ser humano que transborda só amor,
Mesmo quando se mostra camuflado,
Revoltado, triste e emane desamor.

Amo todos eles.
E um pouco deles também sou.

Parabéns a todos os poetas!
Seres bem especiais.

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Publicado no Recanto das Letras em 20/10/2009
Código do texto: T1876685

NO AZUL CLARO DO CÉU




NO AZUL CLARO DO CÉU
De: Ysolda Cabral


Hoje o Sol se modificou
Cansou do seu calor
E precisando de frescor,
Suavizou

A lua pertinho lhe sorriu
E muito contente ficou

As estrelas escondidas pelo dia
Resolveram comemorar
E em círculo começaram a bailar

Contudo em total silêncio
Para não os perturbar

E assim o Sol e a Lua
Ficaram a namorar
No azul claro do Céu
Sobre as água claras do mar.

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Publicado no Recanto das Letras em 20/10/2009
Código do texto: T1876417

domingo, outubro 18, 2009

APENAS UM BEIJO



APENAS UM BEIJO
De: Ysolda Cabral


Ela recebe seu beijo
Com ou sem reflexão
Apenas por sentir
Do seu sentimento
A inexplicável imensidão

Do amanhecer ao entardecer
O seu beijo entontece
Como carícia pura do amor
Que jamais anoitece

Senti-lo é a convicção
Daquilo que se faz presente
Em todas as horas da vida
Com infinita precisão.

Da lucidez insana
Da realidade que profana
Da morbidez que inflama
Mas que não cabe punição.


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Publicado no Recanto das Letras em 18/10/2009Código do texto: T1873833

sexta-feira, outubro 16, 2009

POESIAS ILUSTRADAS - PRESENTES DE AMIGOS








ABANDONADA PELOS AMIGOS



ABANDONADA PELOS AMIGOS
De: Ysolda Cabral


Todo o dia vou almoçar num restaurante perto de onde trabalho. Sempre ando pelas mesmas ruas, pelas mesmas calçadas, atravesso os mesmos semáforos e cruzo com as mesmas pessoas. Entretanto, nunca nos falamos!

Coisas de cidade grande...?

Na minha cidadezinha, bastava ver uma vez uma pessoa e já nos tornávamos grandes amigos. Lembro uma ocasião em que, estávamos num restaurante na belíssima Florianópolis e encontramos um casal de Caruaru, o qual mal conhecíamos e o encontro foi uma festa. Parecia até que éramos amigos de longas datas. Também encontramos alguns recifenses que moravam a poucas quadras de nós, os quais fizeram de conta que não nos conhecia.

Pensando essas bobagens, saí para almoçar disposta a esclarecer minhas dúvidas. Resolvi que, iria cumprimentar todos que por mim passassem e que eu lembrasse já ter visto.

Ora, se na internet é tão fácil fazer amizade, porque não com as pessoas que cruzam o nosso caminho todo dia, ao vivo e a cores? E lá foi eu cheia de boas intenções, com vontade de fazer um milhão de amigos.

Passei pelo primeiro, pelo segundo... No terceiro, uma moça elegante e bonita, com uma cara que me pareceu ter visto inúmeras vezes e lhe sorri com meu sorriso mais bonito. Ela me olhou estranho, de soslaio, balançou a cabeça e seguiu seu caminho, achando talvez que eu fosse louca ou a tivesse confundido, o que era imperdoável, pela sua reação. Fiquei meio desanimada, talvez eu tivesse exagerado no sorriso...

Continuei minha caminhada até o Restaurante, encontrando muitas pessoas conhecidas, contudo não quis mais me arriscar.

Almocei me sentindo abandonada pelos amigos.

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Publicado no Recanto das Letras em 16/10/2009
Código do texto: T1869890

DIFÍCIL DE CONTENTAR



DIFÍCIL DE CONTENTAR

De: Ysolda Cabral



Deveríamos mandar no coração,

Para que ele batesse no compasso que,

A gente quisesse e determinasse,

Assim não nos causaria confusão.


Nada de “Tum Tum” acelerado,

Visível a qualquer pessoa no arfar do peito,

Deixando a gente com cara de bobo,

Envergonhado e contrafeito.


Coração não pode ter vontade própria,

Isso vale para o meu e para o seu também.

- E não pense em contestar!

.

O meu coração parece querer seu próprio peito!

Sempre a bater de qualquer jeito,

Manifestando desejos tão difíceis de contentar...


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Publicado no Recanto das Letras em 16/10/2009

Código do texto: T1869364

quinta-feira, outubro 15, 2009

AMOR JAMAIS FINDO


AMOR JAMAIS FINDO
De: Ysolda Cabral


No Tempo,
Desaparecidos...

Sem laços,
Atados sem nós,
Colados, calados...

O incerto indo, vindo,
Tudo sempre lindo...

No contexto,
O sofrido contido.

Gritos silenciosos,
Distorcidos, sentidos...

Sucumbidos no vácuo ,
Do intrínseco dito.

No peito o feito inteiro,
Fincado pelo sentimento,
Nascido e jamais findo.

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Publicado no Recanto das Letras em 16/10/2009
Código do texto: T1868807

SIL CASTILHO - POETISA RECANTISTA

YSOLDA... MINHA MÃE DE CORAÇÃO

Minha "mamys" é uma rainha,
diz que eu sou sua princesa...
Me conquistou por sua alma pura,
e esse coração de rara beleza...

Coisas maravilhosas acontecem,
seja no mundo real ou virtual,
ganhei uma mãe de coração...
Poetisa e ser humano sem igual!

Adoro receber seu carinho...
Ser princesa da mais nobre rainha!
Adoro cada comentáriozinho...
Cada visita no meu cantinho.

Existem pessoas que são presentes,
são como dádivas dos céus.
Entram nas nossas vidas por acaso,
e se tornam um pedacinho de nós...

Palavras não dão conta de expressar
todo meu apreço e admiração...
Amor de mãe e filha não se mede,
só quem sabe é nosso coração!
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Amo você minha mamys... rsrs
Sil Castilho

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Publicado no Recanto das Letras em 23/10/2009
Código do texto: T1883368
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SIL CASTILHO - POETISA RECANTISTA
De: Ysolda Cabral


Menina-moça, poetisa linda,
Sensível, delicada que nem rosa,
De sentimento puro,
Num mundo muitas vezes vil.

Sua essência me chega ao coração,
Seu perfume, de fragrância suave e leve,
Faz-me pronta para, se, a Vida lhe ferir,
Virar “bicho” e não responder por mim.

O amor, em suas várias faces e versões,
É mesmo um sentimento poderoso,
Posto que, nem conheço essa menina,
Mas gosto dela como se fosse minha.

Quando, nos recadinho que lhe deixo,
Chamando-a de princesa ou minha linda,
Na mesma hora, com alegria singela,
Manifesta sua autentica satisfação.

Sinto-me feliz quando, ela, a Sil Castilho,
Minha filha virtual do coração,
Com intimidade dos que amam de verdade,
Vem nesta minha página e bagunça pra valer.

Seu intuito?
Apenas me dizer:
“Oi, mamys, estou aqui por que
Amo você e estava com saudades.”

Sabe, também amo você de verdade.

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Publicado no Recanto das Letras em 14/10/2009
Código do texto: T1866027

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Página da Sil Castilho no Recanto das Letras : http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1610699


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quarta-feira, outubro 14, 2009

NA CARA DA VIDA

Presente Cyla Dalma

NA CARA DA VIDA
De: Ysolda Cabral


Não sentir saudade,
Não sentir revolta,
Não sentir tristeza,
E nem indignação?

Acalmar, desvendar;
Apaziguar, Arrefecer?!

Que droga de vida é essa que se afasta
Sem a gente saber nem o porquê?!

Ô vida doida meu Deus!
Dada a encontro e desencontro;
Lamento; sofrimento; tormento...

Maltratando acovarda, aniquila,
E pouco a pouco nos mata.

- Pra nada?!

Comigo tem mais isso não!
Já decidi: dar-lhe-ei um pontapé,
Bem no meio da cara.

- E vida tem cara?
Epa, epa, epa, epa...
Espera aí!!
E se a cara for a minha?

Ah! Então está explicada
A razão de, há muito tempo,
Ter quebrado a minha cara.


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Publicado no Recanto das Letras em 14/10/2009
Código do texto: T1865796

terça-feira, outubro 13, 2009

SOU CRIANÇA


SOU CRIANÇA
De: Ysolda Cabral


Por birra,
Por implicância,
Por teimosia,
Ou por sabedoria;
Hoje continuo criança.

Brincando sem parar,
Mas se preciso for brigo e abomino
Quem de mim se aproximar,
Se tiver o intuito de me azucrinar.

Hoje posso tudo...
Sou criança!

E se alguém achar ruim,
Duvidar ou reclamar;
Vou fazer careta,
E faço até outras besteiras...

É bom não provocar!

Estou cheia de ser adulta
Ô coisinha chata, me Deus!
Não acho graça nenhuma.

Portanto está decidido.
E que ninguém fale comigo,
Se não for pra concordar.

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Publicado no Recanto das Letras em 13/10/2009
Código do texto: T1863811

segunda-feira, outubro 12, 2009

NUVEM DE SONHO








NUVEM DE SONHO
De: Ysolda Cabral


Sou criança
Sou esperança
Sou ilusão de ótica
Na contra mão

Não sou lógica
Estou em órbita
Brinco de roda
E bicho papão

Giro, giro e me atiro
Sem direção
È que hoje estou pião

Vou parar
Na nuvem de sonho
Que inexplicavelmente ganhei
No dia que lhe encontrei
Lembra não?

sexta-feira, outubro 09, 2009

DISCO DE VINIL - PARTE II




DISCO DE VINIL - PARTE II
De: Ysolda Cabral


Ô Tristão de Alegrette,
Você quer saber a verdade,
Sobre os meus devaneios de menina?

Pois muito bem:
Das tardes de sábados,
Que papai não deixava,
A gente ir ao baile,
Vou lhe contar sem rodeio:

Depois de muita reclamação,
Sem sucesso e/ou compreensão,
Ficávamos em casa e nos consolávamos,
Com os discos e a vitrola,
E também o violão.

Das trilhas sonoras dos filmes, ouvíamos todas.
Do O Bom, o Mal e o Feio a 007;
Do Mestre com Carinho a Romeu e Julieta;
Do Tristan e Isolde a Noviça Rebelde;
Do Dio Como Ti Amo ao Morro dos Ventos Uivantes;
Do Juventude Transviada a Pantera Cor de Rosa,
E de tantos outros filmes que não me lembro agora.

Vinis que nos fazia desejar,
Que o tempo passasse logo,
E nos trouxesse um lindo moço,
Para com ele namorar.

E se você quiser maiores detalhes,
Procurarei no meu diário,
Vez que a memória é falha,
E com muito gosto,
Posso ainda lhe contar.

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Publicado no Recanto das Letras em 09/10/2009
Código do texto: T1857810

DUETO - DIRETO DO RL PARA CÁ

PALHAÇOS
Euripedes & Ysolda Cabral


O PALHAÇO EM SUA SALA

No silêncio dos aplausos,
Sorrindo com tristeza,
Suporta a dor e o cansaço.

Sua cara pintada de risada,
Esconde o que há na sua alma,
Aparentemente feliz e muita calma.

Do lugar não consegue mais sair.
E assim permanece no picadeiro,
- sala de estar de sua casa -
Sem ter pra onde ir.

Ysolda Cabral


EU PALHAÇO

As vezes
Muitas vezes atualmente
Me sinto assim
Riso pintado na cara
Indignação pintada por dentro!

Aqueles que passam
Que me vêm assim
Pensam que estou rindo
E riem para mim
Ou riem de mim!

Euripedes Barbosa Ribeiro

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Interação que se tornou dueto. - Adorei!!!



O PALHAÇO EM SUA SALA




O PALHAÇO EM SUA SALA
De: Ysolda Cabral


No silêncio dos aplausos,
Sorrindo com tristeza,
Suporta a dor e o cansaço.

Sua cara pintada de risada,
Esconde o que há na sua alma,
Aparentemente feliz e muita calma.

Do lugar não consegue mais sair.
E assim permanece no picadeiro,
- sala de estar de sua casa -
Sem ter pra onde ir.


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Publicado no Recanto das Letras em 09/10/2009
Código do texto: T1856578

quinta-feira, outubro 08, 2009

DISCO DE VINIL



DISCO DE VINIL
De: Ysolda Cabral


O disco de vinil,
Foi arranhado!
Não sentes dó?!

Alguém se descuidou...
Ou endoidou?!

“O Tema de Lara” se calou,
“A Primeira Noite de um Homem”,
Acendeu “O Candelabro Italiano”
E a sua tristeza não amenizou.

“O Campeão” perdeu o desafio,
E foi embora da “Faixa de Gaza,”
Numa triste “Carruagem de Fogo”
E foi assim que voltou pra casa.

De navio partiu “Yentl”,
Sonhado com seu amor,
E “Um Estranho no Ninho”
No seu leito colocou.

No “País das Maravilhas,”
Alice se enganou.
Hoje vive chorando,
Lembrando do que não morreu,
Mas há muito já passou.

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Publicado no Recanto das Letras em 08/10/2009
Código do texto: T1855465

quarta-feira, outubro 07, 2009

EU E O GATO

EU E O GATO
De: Ysolda Cabral


Nunca fui uma pessoa insegura, medrosa ou supersticiosa. Contudo, ando meio cabreira, meio triste, desiludida e cabisbaixa. Acho que as coisas não andam lá muito boas pro meu lado não. Preciso prestar mais atenção e tomar algumas providências.

Mandar me rezar, talvez fosse uma boa solução. O fato é que sempre que estou saindo de casa, dou de cara com um gato preto que me espreita, sem nenhuma cerimônia e me acompanha até me ver fora de seu alcance.

Às vezes fico pensando se a cisma é minha ou se é dele. Recomendo-me cautela, prestar mais atenção à minha volta...

Por precaução, deixei de passar por baixo de escadas, usar pérolas (elas sempre me causam confusão) Tenho bastante cuidado pra não deixar a roupa pelo avesso, nem minha bolsa no chão... Enfim coisas bem básicas! Mesmo assim não estou tendo tranqüilidade.

Pior é o que está acontecendo com a minha amiga Sônia...

Sem notícias dela há um tempão, resolvi lhe telefonar. Depois de várias tentativas, finalmente, consegui que ela retornasse a ligação. Sua justificativa me deu um susto danado.

Disse que, por recomendação do “seu horóscopo”, há três dias não saia de casa e nem falava com ninguém.

Cruz credo, o que será que diz o meu?

Lê-lo ou não lê-lo é questão.

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Publicado no Recanto das Letras em 07/10/2009
Código do texto: T1853317

NO ACONCHEGO DA ALMA




NO ACONCHEGO DA ALMA
De: Ysolda Cabral


Teu aniversário se aproxima,
Que dia mais extraordinário!
Nesse dia vou te proporcionar,
Um amanhecer diferenciado.

Tipo assim;
Um generoso café da manhã,
Com frutas frescas e doces,
Colhidas, por mim, no pomar.

Vou te servir com flores,
Na cama e na boca,
Pra você não se cansar.

Depois te faço um carinho,
Durmo contigo um pouquinho,
E volto pro aconchego da tua alma,
Que é o lugar onde fui tatuada.


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Publicado no Recanto das Letras em 07/10/2009
Código do texto: T1853213
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O meu livro " Apenas Ysolda" está na
VII Bienal Internacional do Livro, até dia 12/10/09
Local: Centro de Convenções - Olinda - PE.

ALVARÁ DE SOLTURA




ALVARÁ DE SOLTURA
De: Ysolda Cabral


Há tanto pra saber,
Há tanto pra aprender,
Há tanta coisa inacabada,
Desencontrada, atrapalhada
E ainda tão desejada!

Há tanto projeto em andamento,
Há tanto sentimento – dentro -
Contido, sofrido, preso e castigado
Precisando de um “Alvará” imediato!

Há esquecimento - lento –
Há tanto sonho não vivido,
Não imaginado, não pretendido
Vindo ... Indo... Lindo... Querido
Precisando ser realizado!

Há tanto amor desperdiçado!
Há tanta solidão no peito
– nunca imaginado -
Que humildemente lhe peço:

Tenha paciência comigo,
Quando me entristeço,
E me chateio contigo.

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Publicado no Recanto das Letras em 07/10/2009
Código do texto: T1852836

terça-feira, outubro 06, 2009

EU EM VOCÊ




EU EM VOCÊ
De: Ysolda Cabral


Assumidamente obtusa
É aquela pessoa
Que vive de utopia.

Obstrusa?!
Mas, porém, contudo e/ou, todavia;
Lógica.

Os opostos se atraem,
E se encontram fazendo acontecer.

E nesse encontro desencontrado,
Desencantado,
Atrapalhado,
Pouco apaziguado,
Impenetrável,
O óbvio é incontestável:

Você está em mim,
E eu em você.
Simples assim.


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Publicado no Recanto das Letras em 06/10/2009
Código do texto: T1851079

segunda-feira, outubro 05, 2009

VERSOS DE TRAVESSEIRO


VERSOS DE TRAVESSEIRO
De: Ysolda Cabral


Poeta intenso e verdadeiro,
Tua poesia é tão bela e tão autêntica,
Que no travesseiro dos teus versos,
Assanhasses os meus cabelos...

Os anseios já esquecidos,
Dentro do peito, adormecidos,
Acordaram alegremente,
Sentindo um perfume esquecido...

De fragrância leve e primaveril,
Advinda de um inquieto coração,
Trouxe-me o convite pra levantar,
E sair por aí sem direção...

Agora te pergunto meu amigo:
O que faço pra aceitar esse convite,
Se a hora passada foi atropelada
E a vida pra mim é apenas recordação?

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Versos inspirados no Livro
" Das emoções frágeis e efêmeras"
de Antônio Henrique Vilela
e Lúcio Alves de Barros.

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Que maravilhosa obra!

Parabéns, aos autores.

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Publicado no Recanto das Letras em 05/10/2009
Código do texto: T1849784

OUTRO MUNDO




OUTRO MUNDO
De: Ysolda Cabral


Um dia vou embora pra bem longe!
De lá não terás notícias minhas,
Nem sentirás o meu carinho,
Trilharás outros caminhos...

O do esquecimento,
O do não me queira mal,
O do ser real e natural.

Vou embora pra outro mundo...
Onde lá não existe pesadelo,
E a tristeza é sentimento nulo.

Só assim ficarei quite,
Deste mundo de melindre,
Definitivamente separada,
Desta vida de saudade.

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Publicado no Recanto das Letras em 05/10/2009
Código do texto: T1848815

domingo, outubro 04, 2009

O VIAJANTE


O VIAJANTE
De: Ysolda Cabral

(Refrão)

Viajante me leva
Aonde você for
Que de dia te dou água
De noite dou amor

Viajante me leva...

Viajante minha estrada
É somente solidão
Tristeza, mágoa e dor
Isso tem uma porção

Viajante me leva...

Minha estrada tem dálias
E tem jasmins
Eu te levo nos braços
Se você disser que sim

Viajante me leva...

Porém se você me leva
Nas asas do destino
Eu roubo uma estrela
Dos olhos de um menino
Te darei um rumo certo
No pó, no pé e no tino

Viajante me leva...

Viajante eu te suplico
Por Deus que aqui não fico
Viajante aonde você for
Ah! Eu também vou...

Viajante me leva
Aonde você for
Que de dia te dou água
De noite dou amor

Viajante me leva...

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Canção composta para Peça Teatral do maravilhoso conterrâneo, Vital Santos, (anos 70) Ô saudade desse tempo!
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VII BIENAL DO LIVRO INTERNACIONAL DE PE




Por motivo de saúde não estarei presente na Bienal.

sexta-feira, outubro 02, 2009

SOU TSUNAMI

SOU TSUNAMI


Estou ausente, ainda aqui!
E assim vou...
Pra onde, eu não sei!
Deixo-me perceber nalguma música,
No cântico dos pássaros,
No perfume de minha filha,
Na sua beleza ainda de menina,
Na pureza e frescor de seu meigo coração.
Por ela sou canção,
Sou também um Tsunami,
Sem nenhuma vacilação!

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O meu livro " Apenas Poesia" estará na 7ª Bienal do
Livro Internacional de Pernambuco, a se realizar no
período de 02 a 12.10.2009, no Centro de Convenções.

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Estarei lá no dia 04/10/09 (domingo)
Das 17 às 19h.


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quinta-feira, outubro 01, 2009

NÃO SORRIA, É SÉRIO!



NÃO SORRIA, É SÉRIO!
De: Ysolda Cabral


Sinto...
É devaneio...
Já nem estou aqui!
Pisando na leveza do ar,
Flutuo no desconhecido...
Não sorria; é sério!
Estou ciente...
Estou silente...
Estou ausente...
De mim.
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O livro " Apenas Poesia" estará
na 7ª Bienal do Livro Internacional de PE
Local: Centro de Convenções - Olinda/PE
Perído: 02 a 12.10.2009