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quarta-feira, outubro 14, 2009

NA CARA DA VIDA

Presente Cyla Dalma

NA CARA DA VIDA
De: Ysolda Cabral


Não sentir saudade,
Não sentir revolta,
Não sentir tristeza,
E nem indignação?

Acalmar, desvendar;
Apaziguar, Arrefecer?!

Que droga de vida é essa que se afasta
Sem a gente saber nem o porquê?!

Ô vida doida meu Deus!
Dada a encontro e desencontro;
Lamento; sofrimento; tormento...

Maltratando acovarda, aniquila,
E pouco a pouco nos mata.

- Pra nada?!

Comigo tem mais isso não!
Já decidi: dar-lhe-ei um pontapé,
Bem no meio da cara.

- E vida tem cara?
Epa, epa, epa, epa...
Espera aí!!
E se a cara for a minha?

Ah! Então está explicada
A razão de, há muito tempo,
Ter quebrado a minha cara.


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Publicado no Recanto das Letras em 14/10/2009
Código do texto: T1865796