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quinta-feira, dezembro 31, 2009

PRESSÁGIO




PRESSÁGIO
De: Ysolda Cabral


O sorriso enxuga a lágrima
A vontade diz para o sentimento
Ser esquecido, diluído ou triturado

Jogado em lugar desconhecido
Pra nunca mais ser encontrado
Isto feito, tudo haverá de ter um jeito

A flor continuará bonita e perfumada
A lua continuará no Céu encantando
Os verdadeiramente apaixonados

Não haverá muita alegria
Todavia a tristeza será banida
E o sofrimento será esquecido

A vida seguirá um curso
De forma mais definida

No próximo ano
Não haverá sonho
Nem pesadelo

Os enganos serão esquecidos
O sono será apenas descanso
Para um acordar com sentido.

Feliz 2010!


Publicado no Recanto das Letras em 31/12/2009
Código do texto: T2005096

TIM...TIM!!!




TIM...TIM !!!
De: Ysolda Cabral



Finalmente o ano de 2009 chega ao final!

Milhões de graças!!!

- Que ano mais complicado!

Estou tão contente com a perspectiva de um ano novo melhor que, não caibo em mim... As roupas estão todas apertadas! (Rsrs)

Ate as de lika, stretch, cotton... Que saudade do ban-lon, da helanca, do conforto da pantalona Saint-tropez, da calça Lee... - Não, não sou velha, jamais serei. Sou saudosa das coisas boas, duráveis e confortáveis. Não gosto de coisas descartáveis.

Desejo um ano de 2010 livre do pesadelo da vaidade doentia das pessoas, da mentira, da falsidade, da violência, da competição idiota e desleal, da falta de caridade, humanidade, bondade... - Livre da inveja, do mal olhado, da falta de Deus.

Desejo um ano de 2010 com o “globo” arrefecido, se possível como no começo.

Ah, o começo deve ter sido tudo tão lindo!

Ar puro, tudo verdinho, água livre de todas as impurezas. Os pássaros, os animais, a mulher, o homem... O amor verdadeiro com a sintonia do deslumbramento para o desdobramento da vida...

Ah, a Vida! O presente mais perfeito e mais bonito.

Feliz Ano Novo!

TIM... TIM...


Publicado no Recanto das Letras em 30/12/2009
Código do texto: T2002765

QUE TRAIÇÃO !!!








QUE TRAIÇÃO!
De: Ysolda Cabral


A tristeza é imensa... É tremenda...
O sorriso é sempre o mais bonito, não contido!
Caprichado na cara de pateta que não faço.

O peito é enorme...
Mesmo assim já não cabe a decepção, a amargura
E explode em lágrimas que não aliviam,
Mais parece punição...

O período é de contrição, reflexão...
Balanço de vida, alma sofrida e sem esperança,
Te maltrata, se vinga e teu Anjo não vacila,
Te abandona em completa solidão.

Que ingratidão...!
Amava e cuidava do meu “Anjo” com toda devoção.
Agora, quando mais preciso me abandona,
Me deixa solta, em desalinho, entregue a minha própria sorte
Sem remorso ou arrependimento.
Que traição!!!!


Publicado no Recanto das Letras em 29/12/2009
Código do texto: T2001553

PARA NÃO PERDER ARQUIVOS







PARA NÃO PERDER ARQUIVOS
De: Ysolda Cabral


Do nada retrato a cena sempre por um acaso.
Com ela retratada analiso e acho tudo tão engraçado!

Bobagem espalhada, por vezes, causa um dano danado,
E, como nunca me engano melhor deixar este item de lado.

Se tiro fotos, componho uma canção...
Acabo recebendo de “presente” um vírus;
E lá se vão todos os meus registros!

A essas alturas convém:

Voltar à velha Kodak, a boa e eficiente máquina IBM;
Papel ofício, lápis grafite, caneta bic, carbono, uma caixa de clips.

Sempre é útil uma borracha, um corretor líquido, uma fita adesiva,
Um grampeador, um perfurador e pastas “AZ” de “A” a “Y”.

Munida de tudo isso garanto um arquivo seguro,
Limpo de todos os “bichos”, com índice e assino.

Palavra de uma ex secretária executiva.
Ufa, já tinha até me esquecido! (risos)

Publicado no Recanto das Letras em 29/12/2009
Código do texto: T2001015

sexta-feira, dezembro 25, 2009

NOITE DE NATAL



NOITE DE NATAL
De: Ysolda Cabral


No espaço da solidão
Minha alma está em Paz
Na linda noite de Natal

Da varanda vejo o Céu
Repleto de estrelas
Faço uma oração
E agradeço de todo coração

Sinto a brisa que vem do mar
Se achegar devagarzinho
Fazer-me um carinho
E sapeca seguir seu caminho

Respiro fundo e percebo
Todo o amor que há em mim
Uma lágrima... Um sorriso...

Sou assim.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

DEZEMBRO 2009




NOTÍCIAS EM TEMPOS NATALINOS




Bebê de seis meses cai dos braços do pai por acidente do sétimo andar
A bala perdida achou o filho da família que era feliz
Motorista invade calçada, atropela seis crianças e mata
Nas favelas, o comércio do crime prospera
Avião com 150 a bordo se parte em dois após pouso forçado
Meia de “desgovernado” bate carteira
Comandante passeia
O povo esperneia, se desnorteia e não adianta cara feia
Há uns com sede, outros morrendo afogados
Tudo de ponta cabeça e você diz vou bem obrigado?!

Natal...

O pé de acácia está florido, bem no meio do “palco”
O cacto nasceu no asfalto
O dia está lindo com pessoas sorrindo, indo e vindo
Alguns dormindo, outros acordados, correndo, andando, trabalhando, amando
Você sente ternura, esquece as intrigas, as mentiras, os desencontros
Volta a ter esperança
É a Vida se renovando.



Feliz Natal para você e os seus.

Ysolda Cabral
**********

terça-feira, dezembro 22, 2009

O CACHO DE ACÁCIA


O CACHO DE ACÁCIA
De: Ysolda Cabral



Pende o cacho de acácia,
Na manhã confusa e solitária.

Tão lindo e desamparado!
Temo que seja espatifado.

Penso em colhê-lo.
Sua altura inacessível,
Me manda esquecer,
Deixá-lo...

Colo desamparado,
Jarro e mãos vazias,
Sonho acabado.

Publicado no Recanto das Letras em 21/12/2009
Código do texto: T1989017

sábado, dezembro 19, 2009

AFERIÇÃO POÉTICA IV







AFERIÇÃO POÉTICA IV
DE: LUGANO & YSOLDA


SONETO EM AGRURAS

Como quem canta dores... Eu canto.
- São versos tristes e amargurados -
É como fosse um canto amaldiçoado,
De angústia; Tristezas; E desencanto.

Nasce dentro de mim... E em pranto,
Faço-o, à luz de versos, confessado.
É como algo em mim... - Agoniado -
Que busco encontrar e não encontro.

Mas assim, inda assim, vou cantando
Tentando achar em mim, procurando
O que eu não sei ao certo em buscar.

Mas que é preciso seguir buscando,
Tentando, dentro de mim...Tentando
Tentando definitivamente encontrar.

Lugano

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SONETO EM INTERAÇÃO



Enquanto o poeta canta dores... Choro.
Seus versos cantados são amargurados
Que mais parecem meus... Então lhe rogo:
- Ah! Por Deus, não me exponha deste modo.

Trago tristeza, desencanto e eu canto,
Pois há em mim um amor desesperado,
Que deve ser urgentemente liquidado,
Nem que pra isso tenha que morrer de fato.

Contudo sonho e às vezes confesso;
O desejo de ser flor e sem espinho,
Pra perfumar a alma do meu amado.

E, com franqueza de quem não sabe mentir,
Jurando por tudo e sem medo de ir:
Prefiro sofrer a nunca ter amado.


Ysolda Cabral


Publicado no Recanto das Letras em 19/12/2009
Código do texto: T1986096

quinta-feira, dezembro 17, 2009

OLHANDO PARA O CÉU


OLHANDO PARA O CÉU
De: Ysolda Cabral


A saudade ainda existe,
O amor é quase palpável,
A certeza de que somos um
É incontestável.

Chovendo ou fazendo sol,
O dia está mais bonito,
Com cores bem definidas.

Nos jardins as flores,
Estão mais perfumadas,
E, eu me sinto mais bonita.

A noite olho para o Céu,
Vejo o brilho do seu olhar,
Em todas as estrelas...

Sorrio e durmo tranqüila.


Publicado no Recanto das Letras em 17/12/2009
Código do texto: T1982756

APENAS RESTOS




APENAS RESTOS
De: Ysolda Cabral


No frasco, restos de perfume...
Essência.

No diário, restos da rosa...
Significativas marcas.

Na pele pálida...
Restos de beleza clássica.

Na terra...
Restos mortais.

Na alma, amor sem saudade...
Vida!


Publicado no Recanto das Letras em 16/12/2009
Código do texto: T1981016PERGUNTAR OFENDE?

PERGUNTAR OFENDE?


PERGUNTAR OFENDE?
Ysolda Cabral


Considerando o período (Natal, Ano Novo, Vida Nova) quando estamos imbuídos dos mais nobres e relevantes sentimentos de fraternidade, caridade cristã, humanidade... Repletos de amor pelo próximo e preocupados com o futuro sob todos os aspectos; fico a pensar:

Quando os meninos sairão das ruas?
Quando os idosos serão tratados com respeito e dignidade?
Quando a discriminação será extinta?
Quando as diferenças serão superadas?
Quando a fome será aplacada?
Quando deixaremos de ver tanta gente desempregada?
Quando haverá moradia e boas escolas para todos?
Quando a educação será generalizada?
Quando a medicina será de fácil acesso?
Quando a paz reinará entre os povos?
Quando a alegria será legítima?
Quando o amor deixará de ser confundido?
Quando o mal será dizimado?
Quando será que a Terra voltará a ser Paraíso?

Quando o homem entender que não é o próprio Deus?

Que todos tenham um Natal de consciência tranqüila.



Publicado no Recanto das Letras em 14/12/2009
Código do texto: T1977691

domingo, dezembro 13, 2009

FELIZ NATAL



Feliz Natal e um Ano Novo repleto de Paz.

Até a volta!

sexta-feira, dezembro 11, 2009

BAILANDO NO INFINITO



BAILANDO NO INFINITO
De: Ysolda Cabral


Bandeiras brancas
Balançam no azul do Céu
Livres e soltas
De uma sexta-feira qualquer...

Fixo o olhar
São as janelas de vidro do edifício
Que banhadas pelos raios de Sol
Levam-me até o infinito...

Bailo sem pressa
O ritmo quem dita
São as brancas nuvens
Que pairam no ar... Tão lindas!

Relaxo, corrijo o espírito
E digo-lhe: aquieta-te!
Ainda estamos aqui.


Publicado no Recanto das Letras em 11/12/2009
Código do texto: T1972265

quarta-feira, dezembro 09, 2009

SENTIMENTO

SENTIMENTO
DE YSOLDA CABRAL


Há metamorfose em tudo.
Entristeço... Enluto...
Na essência não mudo.

Contudo...
A indiferença magoa,
A transformação não é única.
Nunca!

A cada minuto uma perda,
Que você perceba.
Não! Deixa... Esqueça...

Não desapareça...
Não me perca...

Na incerteza sonho...
E se de você esqueço;
Simplesmente morro.


Publicado no Recanto das Letras em 09/12/2009
Código do texto: T1968483

domingo, dezembro 06, 2009

UM QUÊ DE MISTÉRIO



UM QUÊ DE MISTÉRIO
De: Ysolda Cabral


A música é triste e melancólica
O som do violino chora
O piano não consola

O TIC TAC do tempo é impiedoso
A espera é angustiante
E há no ar um quê de mistério

O medo ronda, espreita, alucina
E no fundo da alma há esperança
Que se lança, mas não adianta

Cai por terra vencida
E chora silenciosa
Pelo adiantado da hora.

**********

Publicado no Recanto das Letras em 06/12/2009
Código do texto: T1964115

HIPNOSE DA VIDA




HIPNOSE DA VIDA
De: Ysolda Cabral



O “Senhor dos Anéis”
Coronéis... Cordéis...
Sem réis...

Conto de fada,
Conta a Carochinha.
Branca é a neve,
Cinderela só aos Domingos.
Contos perdidos!

Chapeuzinho Vermelho,
O Gato de Botas,
O Gigante de Sete Legras,
João e Maria...
Quem diria!

Brincam de roda as meninas,
Belinda...
Nos céus as bexigas.
Que lindas!

E eu ainda aqui,
Sob a hipnose da vida.


Publicado no Recanto das Letras em 06/12/2009
Código do texto: T1963655

sábado, dezembro 05, 2009

QUE PENA




QUE PENA
De: Ysolda Cabral


Se não existe saudade
Nada valeu ou vingou

Não é desamor
Não é dissabor

Se não existe saudade
Nada significou

Não é indiferença
Não é maledicência

Se não existe saudade
Não foi amor de verdade

Que pena...


Publicado no Recanto das Letras em 05/12/2009

Código do texto: T1961542

quinta-feira, dezembro 03, 2009

A REVANCHE




A REVANCHE
De: Ysolda Cabral


A cara do Tempo de frente,
É de poucos amigos:
Nublada, pesada e contida,
Pra não soltar sua ira...

Ainda...

Olhando de perfil,
A cara do Tempo me diz,
Ter chegado o momento de mudar,
Sob pena de tudo acabar...

Sem Vida.

Não queria a Cara do Tempo,
Sem o frescor das plantações,
Sem o azul e o branco do Céu,
Sem o verde transparente do mar...

Ah! Saudades do Mar...

Queria a poeira das estrelas,
Visível pelos raios de sol,
Ou em noites de lua cheia...

Casas sem paredes e sem telhas...

Não queria o pó da poeira,
Revolta da terra nua e em chagas,
A bailar sobre a mesa...

Areia...

A Cara do Tempo não nega,
E por mais que se segure,
Um dia ela nos pega...

E a revanche acontece.
*********

Publicado no Recanto das Letras em 03/12/2009
Código do texto: T1958013

quarta-feira, dezembro 02, 2009

IMUNE A MALDADE


IMUNE A MALDADE
De: Ysolda Cabral


Com a sensação de asfixia,
Um aperto enorme no peito,
Achando que nada tem jeito,
Busco aquela força e me ergo.

Respiro fundo, sinto o mundo,
Solto o ar devagar até me acalmar,
Livro-me dos maus pensamentos,
E logo me sinto leve a caminhar.

Na deriva desse momento,
Elevei o pensamento,
E me livrei do tormento.

Agora, imune a toda maldade,
Tenho certeza de que finalmente,
Sou senhora de minha vontade.


**********
Publicado no Recanto das Letras em 02/12/2009
Código do texto: T1956168

terça-feira, dezembro 01, 2009

NÃO CONTO




NÃO CONTO
De: Ysolda Cabral


Sem direção
Sem atenção
Sem consideração
A vida me leva na contramão

Com insistência
Com prepotência
Com insolência
A vida não é brincadeira

Preste atenção
A vida me esquece
Mas eu não me esqueço dela não

Vou seguir sempre o caminho
Escolhido pelo meu destino
Nas curvas e nos precipícios
Paro um pouquinho, finco o pé
Deixo minha marca e sigo com fé

Não me entrego ao desencanto
A desilusão me dá ânimo
Sempre mato o desengano
E os sonhos eu não conto.


Publicado no Recanto das Letras em 01/12/2009
Código do texto: T1954360