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sábado, dezembro 19, 2009

AFERIÇÃO POÉTICA IV







AFERIÇÃO POÉTICA IV
DE: LUGANO & YSOLDA


SONETO EM AGRURAS

Como quem canta dores... Eu canto.
- São versos tristes e amargurados -
É como fosse um canto amaldiçoado,
De angústia; Tristezas; E desencanto.

Nasce dentro de mim... E em pranto,
Faço-o, à luz de versos, confessado.
É como algo em mim... - Agoniado -
Que busco encontrar e não encontro.

Mas assim, inda assim, vou cantando
Tentando achar em mim, procurando
O que eu não sei ao certo em buscar.

Mas que é preciso seguir buscando,
Tentando, dentro de mim...Tentando
Tentando definitivamente encontrar.

Lugano

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SONETO EM INTERAÇÃO



Enquanto o poeta canta dores... Choro.
Seus versos cantados são amargurados
Que mais parecem meus... Então lhe rogo:
- Ah! Por Deus, não me exponha deste modo.

Trago tristeza, desencanto e eu canto,
Pois há em mim um amor desesperado,
Que deve ser urgentemente liquidado,
Nem que pra isso tenha que morrer de fato.

Contudo sonho e às vezes confesso;
O desejo de ser flor e sem espinho,
Pra perfumar a alma do meu amado.

E, com franqueza de quem não sabe mentir,
Jurando por tudo e sem medo de ir:
Prefiro sofrer a nunca ter amado.


Ysolda Cabral


Publicado no Recanto das Letras em 19/12/2009
Código do texto: T1986096